sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jesus é Deus? Ele pertence à Santíssima Trindade?

Jesus de Nazaré é o Filho, a segunda pessoa divina, à qual nos referimos quando rezamos: «Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.» (Mt 28, 19) [243-260]

Ou Jesus era um vigarista quando Se apresentou como o "Senhor do Sábado" e deixou que fosse abordado com o título divino de "Senhor", ou Ele era realmente Deus. Provocou escândalo quando perdoou os pecados; isto era, aos olhos dos Seus coevos, um crime capital. Mediante milagres e sinais, mas especialmente através da ressurreição, os discípulos reconheceram quem era Jesus e adoraram-n' O como o Senhor. Esta é a fé da Igreja.

YOUCAT, nº 39, 2011

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma visão no inicio de 2012

A crise da Igreja é uma, a da sociedade é outra. Uma não vai sem a outra. Houve quem acusasse os cristãos de terem uma religião que não passa de um mundo ilusório: Mas não reconhecemos nós hoje outros mundos totalmente diferentes, esses sim verdadeiramente ilusórios, os mundos ilusórios dos mercados financeiros, dos meios de comunicação social, do luxo e da moda? Não temos nós de assistir penosamente ao afundamento iminente de um ilusório mundo moderno quer está a perder os seus valores? Se não veja-se um sistema bancário que destrói enormes patrimónios nacionais. Temos uma vida a alta velocidade que nos põe literalmente doentes. Há o universo da Internet, para o qual ainda não temos nenhuma resposta. Para onde vamos, na verdade? Podemos de facto fazer tudo o que conseguimos fazer?

E, olhando para o futuro: como é que a próxima geração vai resolver os problemas que lhe deixamos em herança? Tê-la-emos preparado e tornado suficientemente apta? Será que possui um fundamento que lhe dê força e segurança para poder, também ela, ultrapassar tempos tumultuosos?

A questão que se coloca é igualmente a seguinte: se a Cristandade no Ocidente perder a sua força estruturante da sociedade, quem ou o quê vai assumir o seu lugar? Uma sociedade civil que não é religiosa e que não tolera nenhuma referência a Deus na sua Constituição? Um ateísmo radical que luta de forma veemente contra os valores da cultura judaico-cristã?

É de todos os tempos a pretensão de declarar Deus morto e de se virar para o supostamente mais palpável, ainda que sejam bezerros de ouro. A Bíblia está cheia dessas histórias. Têm mais a ver com as forças da tentação do que com uma fraca capacidade de atracção da fé. Para onde caminha então uma sociedade afastada de Deus?, uma sociedade sem Deus? Não assistimos já recentemente, no séc. XX, a essa experiência no Ocidente e no Oriente? E às suas consequências terríveis: povos derrotados, chaminés, nos campos de concentração, o Gulag assassino?


in Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos (Uma conversa com Peter Seewald), Lucerna, Cascais 2010, págs. 8 e 9

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um ano...

Um ano que termina e um ano que dá agora os seus primeiros passos. Não podemos ser optimistas para 2012, mas também não podemos entrar nessa gritaria depressiva da Imprensa, quanto ao novo ano que agora começa.

2011 foi o ano em que se viu de tudo acontecer: a queda do Governo Sócrates e a política de continuidade do PSD (o que se esperava?). A pseudo-Primavera do Povos por todo o Médio Oriente, em que só serviu para a ascensão do radicalismo islâmico e para o subir a tensão dos conflitos. A queda e a morte bárbara do ditador Kadhafi (ainda conseguiram ser piores que o Sr. Kadhafi, porque não há nada que justifique a morte de um ser humano), em que só comprova que ainda há um longo caminho a fazer-se em matérias de compaixão e tolerância. Uma União Europeia que desespera e que caminha num deserto sem rota definida. Uma sociedade que lhe falta liderança e referências. Uma sociedade que sobrevive num abismo profundo, em que a verdadeira Crise está escondida (ou escondem-na?)

2012 não irá trazer nada de novo. Não fazendo futurologia e sendo realista, é um ano que é recrudescimento do que foi 2011. E para quem passa a vida a dizer que isto vai melhorar. Não se convença, bem pelo contrário.

No centro desta tempestade, que promete durar, resta-nos uma coisa: acreditar na vida, ter Fé, porque existe um caminho e temos que colocar mãos à obra para o encontrar. E em boa verdade, esse caminho já começou e tem o seu inicio em Deus. Embora tu O rejeites da tua vida Ele permanece lá, porque afinal é quem tu buscas, embora te queiram tapar os olhos, porque em boa verdade Deus incomoda... Afinal não foi para quem gosta de estar sentado à espera que tudo caia do céu que Ele veio...

josé miguel