Como através do Facebook não consegui publicar este trecho todo e como penso que seja importante partilhar. Aqui fica:
"Os Anais Conimbricenses, mais próximos dos acontecimentos, a Crónica de 1419 e alguns documentos esparsos são concordes em fazer deste um período de grande crise económica e social, realçando principalmente os efeitos nos homens das consecutivas fomes e "maus anos", especialmente maus em 1193, 1202 e 1206, das pestes, entre 1193 e os finais do século, e depois em Braga em 1206, dos fenómenos naturais aberrantes, como chuvas de pedra, em 1206 e 1207, e um eclipse do Sol em 1199, ou ainda de estios demasiados frios, invernos demasiados quentes, multidões de vermes resultantes destas anomalias e até uma tempestade marítima de dimensões tão exageradas que mereceu mereceu registo, no dia 21 de Outubro de 1208. Por muito exageradas que estas descrições possam ter sido por aqueles que a passaram a escrito, não se pode negar o ambien te de agitação social que estas calamidades promoveram, e o facto de também no restante Ocidente europeu destes anos se verificarem semelhantes fenómenos."
Maria João Violante Branco, in "Sancho I", Círculo de Leitores, 2005, pág. 223
terça-feira, 2 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
É pegar ou largar...
Num tempo em que já não há paciência pa ver e ouvir aquela palavra Orçamento, ou a abreviatura "OE2011". Já para não falar de tanta e tanta reunião ao fim-de-semana, tanta gritaria e histeria. Tudo para chegar a 03 de Novembro e toda a gente se calar. Restam os casos Face Oculta, Apitos Dourados, Freeports, Casa Pias para alimentar essa máquina que se chama imprensa. E que às vezes seria preferível estar calada...
E depois, quando entrarmos em Dezembro, começa a filantropia burgueso-maçónica, com a pedincha e a hipocrisia das festinhas de Natal, que colocam os mais ingénuos a chorar... (é o tempo de nos lembrarmos das criancinhas que sofrem...)
E depois ainda querem que eu acredite num Estado Laico. Um Estado Laico que celebra uma festa religiosa...
Mas como podia eu esquecer aquela coisa da Popota, ou da Leopoldina. Uma criação de imagens sociais e identitárias de uma sociedade que procura uma identidade e que não sabe encontrar a sua própria identidade (ESTA É A VERDADEIRA CRISE...)
É um Portugal a morrer aos poucos...
Sinceramente...
VENHA O FMI e acaba-se com esta palhaçada toda!
E já agora...
Vendam este rectângulo em hasta pública. Até porque provavelmente teriam compradores, a começar pelos "nuestros hermanos", e já para não falar da nova oferta que vem do outro lado do mundo.
É pegar ou largar...
MAFALDA ARNAUTH - Lisboa/Aula Magna - Beneficiência Auchan 29/10/2010
MAFALDA ARNAUTH - Lisboa/Museu dos Bombeiros - Beneficiência Ame & Viva a Vida 30/10/2010
E depois, quando entrarmos em Dezembro, começa a filantropia burgueso-maçónica, com a pedincha e a hipocrisia das festinhas de Natal, que colocam os mais ingénuos a chorar... (é o tempo de nos lembrarmos das criancinhas que sofrem...)
E depois ainda querem que eu acredite num Estado Laico. Um Estado Laico que celebra uma festa religiosa...
Mas como podia eu esquecer aquela coisa da Popota, ou da Leopoldina. Uma criação de imagens sociais e identitárias de uma sociedade que procura uma identidade e que não sabe encontrar a sua própria identidade (ESTA É A VERDADEIRA CRISE...)
É um Portugal a morrer aos poucos...
Sinceramente...
VENHA O FMI e acaba-se com esta palhaçada toda!
E já agora...
Vendam este rectângulo em hasta pública. Até porque provavelmente teriam compradores, a começar pelos "nuestros hermanos", e já para não falar da nova oferta que vem do outro lado do mundo.
É pegar ou largar...
MAFALDA ARNAUTH - Lisboa/Aula Magna - Beneficiência Auchan 29/10/2010
MAFALDA ARNAUTH - Lisboa/Museu dos Bombeiros - Beneficiência Ame & Viva a Vida 30/10/2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Sinal do Tempo
«A China manifestou-se hoje disponível para "participar no esforço de recuperação económica e financeira" de Portugal.
A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa afirmou hoje que o país está disponível para comprar títulos do tesouro português.
"A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções", disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiras chinesa, Fu Ying, quando questionada, em Pequim, sobre a possibilidade de a China adquirir parte da dívida portuguesa.
A responsável sublinhou ainda que "a Europa tem sido sempre um dos principais mercados para o investimento das reservas da China em divisas".
"Temos vontade para participar nos esforços dos países europeus para recuperar da crise", afirmou Fu Ying, antiga embaixadora da China em Londres e responsável pelas relações com a Europa.
Referindo-se ainda a Portugal, Fu Ying manifestou-se confiante que o país conseguirá ultrapassar a crise actual.
"Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal", disse.
Fu Ying falava num encontro com os jornalistas sobre a anunciada visita do Presidente chinês, Hu Jintao, a França e a Portugal, de 4 a 7 de Novembro.
As reservas da China em divisas, as maiores do mundo, somavam 2,65 biliões de dólares (1,92 biliões de euros) em Setembro passado, segundo o banco central chinês.»
in "Diário Económico", 28/10/2010
A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa afirmou hoje que o país está disponível para comprar títulos do tesouro português.
"A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções", disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiras chinesa, Fu Ying, quando questionada, em Pequim, sobre a possibilidade de a China adquirir parte da dívida portuguesa.
A responsável sublinhou ainda que "a Europa tem sido sempre um dos principais mercados para o investimento das reservas da China em divisas".
"Temos vontade para participar nos esforços dos países europeus para recuperar da crise", afirmou Fu Ying, antiga embaixadora da China em Londres e responsável pelas relações com a Europa.
Referindo-se ainda a Portugal, Fu Ying manifestou-se confiante que o país conseguirá ultrapassar a crise actual.
"Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal", disse.
Fu Ying falava num encontro com os jornalistas sobre a anunciada visita do Presidente chinês, Hu Jintao, a França e a Portugal, de 4 a 7 de Novembro.
As reservas da China em divisas, as maiores do mundo, somavam 2,65 biliões de dólares (1,92 biliões de euros) em Setembro passado, segundo o banco central chinês.»
in "Diário Económico", 28/10/2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Dedico...
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
José Carlos Ary dos Santos/Fernando Tordo
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
José Carlos Ary dos Santos/Fernando Tordo
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O que importa? O Bart Simpson...
Na verdade, tudo serve para desviar as atenções dos verdadeiros problemas do país e do mundo. Ontem, vi publicada, e já hoje ouvi, pela imprensa portuguesa que o Bart Simpson e o pai são católicos, segundo o Vaticano.
Um tema de "lana caprina"... que só tem um significado: a imprensa em Portugal também está pobre!
Note-se por exemplo, esta gritaria, em torno do Orçamento de Estado. Eu tenho dúvidas se os nossos políticos andam na mesma gritaria que anda a imprensa... Mas, isto falar contra a imprensa, em Portugal, é a mesma coisa que atentar contra os direitos , liberdades e garantias. Há muito tempo, como cidadão, defendo que ou se se regula a imprensa, e deixamos aquele sintoma esquerdista de que regular a imprensa é um atentado contra a liberdade de imprensa, ou então, em vez de termos um Governo, uma Assembleia da República, um Presidente da República e Tribunais... Em vez disso teremos novos órgãos de soberania, a começar pelas redacções, agências de comunicação...
Tenho consciência, que quem ler isto, vai dizer que é conspiração e que tal não é assim... Certo é, que quando se lê, se ouve e se vê determinadas notícias, ficamos a pensar... (na verdade, para quem gosta de pensar...)
No entanto, com tudo isto, à hora que escrevo, alguém já foi despedido, outros terão a receber o subsídio de desemprego, outros terão a enviar currículos e outros estarão à beira do desespero...
Mas disso não se fala. O que importa mesmo é saber se aquele gaiato amarelo, chamado Bart Simpson é católico ou não...
Um tema de "lana caprina"... que só tem um significado: a imprensa em Portugal também está pobre!
Note-se por exemplo, esta gritaria, em torno do Orçamento de Estado. Eu tenho dúvidas se os nossos políticos andam na mesma gritaria que anda a imprensa... Mas, isto falar contra a imprensa, em Portugal, é a mesma coisa que atentar contra os direitos , liberdades e garantias. Há muito tempo, como cidadão, defendo que ou se se regula a imprensa, e deixamos aquele sintoma esquerdista de que regular a imprensa é um atentado contra a liberdade de imprensa, ou então, em vez de termos um Governo, uma Assembleia da República, um Presidente da República e Tribunais... Em vez disso teremos novos órgãos de soberania, a começar pelas redacções, agências de comunicação...
Tenho consciência, que quem ler isto, vai dizer que é conspiração e que tal não é assim... Certo é, que quando se lê, se ouve e se vê determinadas notícias, ficamos a pensar... (na verdade, para quem gosta de pensar...)
No entanto, com tudo isto, à hora que escrevo, alguém já foi despedido, outros terão a receber o subsídio de desemprego, outros terão a enviar currículos e outros estarão à beira do desespero...
Mas disso não se fala. O que importa mesmo é saber se aquele gaiato amarelo, chamado Bart Simpson é católico ou não...
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Interessante!
"O Clube de Bilderberg é uma conferência anual não-oficial cuja participação é restrita a um número de 130 convidados, muitos dos quais são personalidades influentes no mundo empresarial, académico, mediático ou político. Devido ao fato das discussões entre as personalidades públicas oficiais e líderes empresariais (além de outros) não serem registradas, estes encontros anuais são alvo de muitas críticas (por passar por cima do processo democrático de discussão de temas sociais aberta e publicamente). O grupo de elite encontra-se anualmente, em segredo, em hotéis cinco estrelas reservados espalhados pelo mundo, geralmente na Europa, embora algumas vezes tenha ocorrido no Estados Unidos e Canadá. Existe um escritório em Leiden, nos Países Baixos."
in, www.wikipedia.org
in, www.wikipedia.org
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Lindo!
O quadro perfeito...
Orçamento de Estado, Crise Política, Governo, PSD, Pedro Passos Coelho e José Sócrates.
Para as misturas: PCP, BE, CDS/PP...
E ainda falta as Intersindicais, que depois das férias têm que mostrar trabalho (pelo menos até Dezembro) e justificar perante o Povo que ainda existem e servem para fazer umas greves.
A História é ciclica...
E para finalizar a apresentação da recandidatura de Cavaco Silva, por Marcelo Rebelo de Sousa na TVI.
No entanto, fala-se muito, mas da verdadeira crise ninguém fala...
E essa começa por todos nós e pela vida de cada um.
Orçamento de Estado, Crise Política, Governo, PSD, Pedro Passos Coelho e José Sócrates.
Para as misturas: PCP, BE, CDS/PP...
E ainda falta as Intersindicais, que depois das férias têm que mostrar trabalho (pelo menos até Dezembro) e justificar perante o Povo que ainda existem e servem para fazer umas greves.
A História é ciclica...
E para finalizar a apresentação da recandidatura de Cavaco Silva, por Marcelo Rebelo de Sousa na TVI.
No entanto, fala-se muito, mas da verdadeira crise ninguém fala...
E essa começa por todos nós e pela vida de cada um.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Do FMI para a NATO
O Governo luta para que o Comando da NATO em Oeiras não seja retirado dali...
Duas perguntas impõem-se:
Porque é que o Governo não quer que aquele Comando se retire dali?
E uma pergunta que me há muito tempo me desperta o espírito e que ninguém me responde:
À luz da conjuntura internacional, para que serve a NATO?
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
Duas perguntas impõem-se:
Porque é que o Governo não quer que aquele Comando se retire dali?
E uma pergunta que me há muito tempo me desperta o espírito e que ninguém me responde:
À luz da conjuntura internacional, para que serve a NATO?
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Olha quem está a acordar?
Fiquei a pensar com a notícia de que os pais estão a enviar os seus filhos para as Comissões de Protecção de Menores...
Se os pais tomam estas atitudes, então, que pessoas andam a educar a sociedade de amanhã?
E que sociedade temos no amanhã?
Espero que o colossal monstro não acorde mais cedo!
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
Se os pais tomam estas atitudes, então, que pessoas andam a educar a sociedade de amanhã?
E que sociedade temos no amanhã?
Espero que o colossal monstro não acorde mais cedo!
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Uma bugiganga para o séc. XXI
Enviaram-me isto por e-mail, achei por bem partilhar...
"De acordo com os últimos dados, mais de 20 mil portugueses já adquiriram a milagrosa pulseira que todos os estudos científicos dizem não funcionar.
Não admira. De que serve um estudo científico se a pulseira é ainda mais científica?
Um dos responsáveis pela distribuição da pulseira em Portugal revelou ao Correio da Manhã que o segredo está nos "dois hologramas quânticos embebidos numa frequência com iões negativos" que vão "estabilizar a nossa frequência".
Quando o jornal confrontou um professor de Física da Universidade de Coimbra com esta explicação, aconteceu o habitual: obviamente invejoso por nunca ter embebido hologramas em iões, o professor disse que aquele paleio pseudocientífico não fazia qualquer sentido.
Infelizmente, na comunidade científica é sempre assim: bem podem as pulseiras reluzir nas montras, com os hologramas ainda a pingar iões, que haverá sempre alguém a negar que as nossas frequências possam ser estabilizadas pelas frequências quânticas. A desfaçatez!
Dito isto, devo, no entanto, confessar que sou moderadamente cético quanto às capacidades da pulseira. Não digo que a pulseira do equilíbrio não provoque bem-estar. O que digo é que provoca mais em quem a comercializa do que em quem a usa.
Creio que, se a pulseira do equilíbrio produzisse, de facto, equilíbrio, assim que o seu proprietário a colocasse no pulso pensaria: "Espera aí, acabei de dar mais de 30 euros por uma argola de borracha. Percebo agora que não foi uma decisão particularmente equilibrada. Vou à loja tentar recuperar o dinheiro."
No entanto, é falso que a pulseira não produza qualquer efeito.
Quem a usa passa a empenhar-se numa espécie de proselitismo gratuito, informando os amigos dos benefícios de andar com coisas quânticas ao dependuro.
E é possível que a energia despendida nesta tarefa produza efeitos saudáveis, uma vez que explicar um processo fantasioso através de palavras que não se compreendem constitui um esforço notável.
Pela minha parte, começo a sentir alguns efeitos da pulseira mesmo não a tendo adquirido.
A admiração que tenho pelo fenómeno levou-me a agir de um modo que, segundo creio, não tardará em produzir melhoras na minha qualidade de vida.
O meu plano é encomendar 50 mil anilhas para pombos a dez cêntimos cada.
Depois, mergulhá-las num caldo de iões tão quânticos quanto me for possível, e vendê-las a 30 euros a unidade sob a designação de "O Anel da Temperança".
E, anualmente, renovar o stock de charlatanice quântica com novidades.
O Colar da Constância, Os Brincos da Estabilidade e A Gargantilha da Harmonia garantir-me-ão, acredito, negócio para a próxima década. Estejam atentos."
por Ricardo Araújo Pereira
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
"De acordo com os últimos dados, mais de 20 mil portugueses já adquiriram a milagrosa pulseira que todos os estudos científicos dizem não funcionar.
Não admira. De que serve um estudo científico se a pulseira é ainda mais científica?
Um dos responsáveis pela distribuição da pulseira em Portugal revelou ao Correio da Manhã que o segredo está nos "dois hologramas quânticos embebidos numa frequência com iões negativos" que vão "estabilizar a nossa frequência".
Quando o jornal confrontou um professor de Física da Universidade de Coimbra com esta explicação, aconteceu o habitual: obviamente invejoso por nunca ter embebido hologramas em iões, o professor disse que aquele paleio pseudocientífico não fazia qualquer sentido.
Infelizmente, na comunidade científica é sempre assim: bem podem as pulseiras reluzir nas montras, com os hologramas ainda a pingar iões, que haverá sempre alguém a negar que as nossas frequências possam ser estabilizadas pelas frequências quânticas. A desfaçatez!
Dito isto, devo, no entanto, confessar que sou moderadamente cético quanto às capacidades da pulseira. Não digo que a pulseira do equilíbrio não provoque bem-estar. O que digo é que provoca mais em quem a comercializa do que em quem a usa.
Creio que, se a pulseira do equilíbrio produzisse, de facto, equilíbrio, assim que o seu proprietário a colocasse no pulso pensaria: "Espera aí, acabei de dar mais de 30 euros por uma argola de borracha. Percebo agora que não foi uma decisão particularmente equilibrada. Vou à loja tentar recuperar o dinheiro."
No entanto, é falso que a pulseira não produza qualquer efeito.
Quem a usa passa a empenhar-se numa espécie de proselitismo gratuito, informando os amigos dos benefícios de andar com coisas quânticas ao dependuro.
E é possível que a energia despendida nesta tarefa produza efeitos saudáveis, uma vez que explicar um processo fantasioso através de palavras que não se compreendem constitui um esforço notável.
Pela minha parte, começo a sentir alguns efeitos da pulseira mesmo não a tendo adquirido.
A admiração que tenho pelo fenómeno levou-me a agir de um modo que, segundo creio, não tardará em produzir melhoras na minha qualidade de vida.
O meu plano é encomendar 50 mil anilhas para pombos a dez cêntimos cada.
Depois, mergulhá-las num caldo de iões tão quânticos quanto me for possível, e vendê-las a 30 euros a unidade sob a designação de "O Anel da Temperança".
E, anualmente, renovar o stock de charlatanice quântica com novidades.
O Colar da Constância, Os Brincos da Estabilidade e A Gargantilha da Harmonia garantir-me-ão, acredito, negócio para a próxima década. Estejam atentos."
por Ricardo Araújo Pereira
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Mafalda Arnauth: a fadista que não quer deixar as pessoas down
Diz que a dieta a faz sonhar com pastelarias e que não se revê no fatalismo do fado. Mas abriu uma excepção para "Fadas", o novo álbum
Mafalda Arnauth vai esta semana para Itália. Um concerto em Florença e outro em Roma começam já a provocar-lhe a normal ansiedade que antecede uma subida a palco no estrangeiro - e obriga-a a pensar o alinhamento como se fosse uma história: "Faço uma espécie de best of de carreira." Mas esta viagem tem uma surpresa - revelada com entusiasmo na primeira pessoa: "Vou cantar com Franca Mazza uma versão traduzida para italiano de ''O Mar Fala de Ti''. Tenho de levar um gravador para registar o momento, é imperdível", confessa.
"Fadas", o seu novo álbum, lançado esta semana, vai ficar em repouso até Janeiro do próximo ano, "altura em que será feito um concerto de apresentação". Enquanto o ano novo não chega, o disco, "que é uma óptima opção de prenda de Natal", fica a amadurecer. Como se de um vinho de casta se tratasse.
No ano em que assinala 15 anos de carreira, Mafalda Arnauth gravou uma compilação de tributo ao "universo das almas fadistas lusitanas". O disco "Fadas" chegou ontem às lojas e é o resultado de um percurso musical de quase dois anos. Onze faixas que marcam um regresso às origens, numa viagem que relembra "Pomba Branca" ou "Rosinha dos Limões", imortalizadas pela voz de Max, com paragem obrigatória no tema de Artur Piazzolla "Inverno Porteño".
"Este disco é uma feliz coincidência que nasceu a partir de um concerto no Castelo de S. Jorge, em 2008. Na altura gravei a base musical mas o nome só surgiu agora, depois de ter assimilado a reacção do público e de o ter deixado repousar", conta Mafalda Arnauth ao i. Na verdade, o novo disco é uma epopeia musical que conta a história das vozes incontornáveis do fado. Pode, numa primeira audição, remeter para um universo exclusivamente feminino, mas a fadista explica que esse foi só um ponto de partida: "Obviamente, Amália Rodrigues ou Beatriz da Conceição serviram de alimento e inspiração, mas depois descobri outros temas que, embora fossem cantados por mulheres, tinham letra e música pensada por homens. E não podia deixar de fora a parte da composição."
Positivista assumida, diz não se rever na temática típica da fatalidade - a mesma que é cantada no "Fadas", um álbum que conta "dores cantadas de outros tempos". No seu terceiro álbum de originais abandonou a postura sofredora e virou--se para temas mais alegres e de final feliz. "Foi uma fé de que eu ganho muito mais se acreditar nas coisas. Se não quero estar down porque é que vou imprimir isso nas pessoas? Percebi, a determinado ponto, que me estava a acomodar àquela tristeza... a melancolia pode ser um lugar muito confortável. Por isso mudei essa minha personalidade, que na verdade não me acrescentava nada". Outra coisa que mudou foram os hábitos - pessoais e profissionais. Deixou de fumar há cinco anos, mas a ressaca de nicotina fá-la sonhar, de vez em quando, com cigarros. Agora que "o desejo já sossegou", apareceu novo vício: bolos. "Fiz uma dieta séria e desde então sonho com pastelarias", confessa a fadista, que diz também já ter deixado de depender dos rituais de backstage. "Agora é só quando tenho tempo. Se puder ninguém me tira as minhas velas e o meu incenso." Põe a equipa toda a tossir, mas não faz mal, é por uma boa causa: "Quero paz e sossego antes de um espectáculo." E silêncio, claro, que é assim que se canta o fado.
in Jornal "i", 12 de Outubro de 2010, por Nelma Viana
Mafalda Arnauth vai esta semana para Itália. Um concerto em Florença e outro em Roma começam já a provocar-lhe a normal ansiedade que antecede uma subida a palco no estrangeiro - e obriga-a a pensar o alinhamento como se fosse uma história: "Faço uma espécie de best of de carreira." Mas esta viagem tem uma surpresa - revelada com entusiasmo na primeira pessoa: "Vou cantar com Franca Mazza uma versão traduzida para italiano de ''O Mar Fala de Ti''. Tenho de levar um gravador para registar o momento, é imperdível", confessa.
"Fadas", o seu novo álbum, lançado esta semana, vai ficar em repouso até Janeiro do próximo ano, "altura em que será feito um concerto de apresentação". Enquanto o ano novo não chega, o disco, "que é uma óptima opção de prenda de Natal", fica a amadurecer. Como se de um vinho de casta se tratasse.
No ano em que assinala 15 anos de carreira, Mafalda Arnauth gravou uma compilação de tributo ao "universo das almas fadistas lusitanas". O disco "Fadas" chegou ontem às lojas e é o resultado de um percurso musical de quase dois anos. Onze faixas que marcam um regresso às origens, numa viagem que relembra "Pomba Branca" ou "Rosinha dos Limões", imortalizadas pela voz de Max, com paragem obrigatória no tema de Artur Piazzolla "Inverno Porteño".
"Este disco é uma feliz coincidência que nasceu a partir de um concerto no Castelo de S. Jorge, em 2008. Na altura gravei a base musical mas o nome só surgiu agora, depois de ter assimilado a reacção do público e de o ter deixado repousar", conta Mafalda Arnauth ao i. Na verdade, o novo disco é uma epopeia musical que conta a história das vozes incontornáveis do fado. Pode, numa primeira audição, remeter para um universo exclusivamente feminino, mas a fadista explica que esse foi só um ponto de partida: "Obviamente, Amália Rodrigues ou Beatriz da Conceição serviram de alimento e inspiração, mas depois descobri outros temas que, embora fossem cantados por mulheres, tinham letra e música pensada por homens. E não podia deixar de fora a parte da composição."
Positivista assumida, diz não se rever na temática típica da fatalidade - a mesma que é cantada no "Fadas", um álbum que conta "dores cantadas de outros tempos". No seu terceiro álbum de originais abandonou a postura sofredora e virou--se para temas mais alegres e de final feliz. "Foi uma fé de que eu ganho muito mais se acreditar nas coisas. Se não quero estar down porque é que vou imprimir isso nas pessoas? Percebi, a determinado ponto, que me estava a acomodar àquela tristeza... a melancolia pode ser um lugar muito confortável. Por isso mudei essa minha personalidade, que na verdade não me acrescentava nada". Outra coisa que mudou foram os hábitos - pessoais e profissionais. Deixou de fumar há cinco anos, mas a ressaca de nicotina fá-la sonhar, de vez em quando, com cigarros. Agora que "o desejo já sossegou", apareceu novo vício: bolos. "Fiz uma dieta séria e desde então sonho com pastelarias", confessa a fadista, que diz também já ter deixado de depender dos rituais de backstage. "Agora é só quando tenho tempo. Se puder ninguém me tira as minhas velas e o meu incenso." Põe a equipa toda a tossir, mas não faz mal, é por uma boa causa: "Quero paz e sossego antes de um espectáculo." E silêncio, claro, que é assim que se canta o fado.
in Jornal "i", 12 de Outubro de 2010, por Nelma Viana
Mafalda Arnauth - Firenze/Itália, Auditorium Flog/Festival Musica dei Populi - 15/10/2010 - 21.30h
Mafalda Arnauth - Roma/Itália, Auditorium Parco della Musica/Sala Petrassi - 16/10/2010 - 21.00h
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Uma República
Volvidos dois dias depois de termos levado com imensa doutrina republicana em cima, mais umas palavras.
Na verdade, falou-se muito em Liberdade, Fraternidade e Igualdade. Três palavras, que na prática não deixam de ser palavras.
E afinal, no dia 05 de Outubro de 1910 onde estavam estas três palavras? Se alguma vez estiveram...
Porém, imaginemos que S.M. D. Carlos I tem a brilhante ideia de dissolver o governo de João Franco e formar um Governo de Republicanos e Monárquicos. Será que haveria um 05 de Outubro de 1910? Tenho dúvidas...
E volvidos 100 anos, depois daquele momento em que José Relvas proclama a República, será que o Povo Português já percebeu que não virá, que não existe (nunca existiu) nenhum D. Sebastião? E que o futuro está nas mãos do Povo e não de uns senhores que gostam de brincar à política... É que em Política, não podemos pensar em nós. Em Política, todas as nossas decisões implicam milhares de vidas! Em 1910, pensou-se nisto? Tenho dúvidas...
A República de 1910 travou uma guerra contra a Igreja. Pensou que em duas gerações acabava com os padres em Portugal. E afinal... ainda aí estão! Mais interessante de tudo é que em 1978 temos de volta o Colégio do Espírito Santo de Évora, (mais conhecido por Universidade de Évora) fundado novamente, imagine-se, às mãos de um jesuíta... Ironias da História e ironias do destino!
A República de 1910, prometeu educação. Onde está ela? Se a educação republicana é violência contra os professores, então isto está tudo errado...
A República de 1910, prometeu sufrágio universal. Foi cumprido só em 1976, e porque o país saía de uma ditadura, que a República permitiu.
A República de 1910, prometeu acabar com os títulos nobiliárquicos. De facto acabaram, mas, não só alguns nobres monárquicos, subitamente passaram a ser republicanos, como a República tratou de inventar outros títulos e condecorações.
E no meio desta rabanada de críticas, onde fica o Povo? Aquele que vive no interior do país (porque Portugal, não é Lisboa), e, que só soube que tinha sido instaurada um República em Lisboa passados uns bons e longos dias... Além de não saberem o que era essa coisa de República, mas isso não importa para aqui...
Na verdade, falou-se muito em Liberdade, Fraternidade e Igualdade. Três palavras, que na prática não deixam de ser palavras.
E afinal, no dia 05 de Outubro de 1910 onde estavam estas três palavras? Se alguma vez estiveram...
Porém, imaginemos que S.M. D. Carlos I tem a brilhante ideia de dissolver o governo de João Franco e formar um Governo de Republicanos e Monárquicos. Será que haveria um 05 de Outubro de 1910? Tenho dúvidas...
E volvidos 100 anos, depois daquele momento em que José Relvas proclama a República, será que o Povo Português já percebeu que não virá, que não existe (nunca existiu) nenhum D. Sebastião? E que o futuro está nas mãos do Povo e não de uns senhores que gostam de brincar à política... É que em Política, não podemos pensar em nós. Em Política, todas as nossas decisões implicam milhares de vidas! Em 1910, pensou-se nisto? Tenho dúvidas...
A República de 1910 travou uma guerra contra a Igreja. Pensou que em duas gerações acabava com os padres em Portugal. E afinal... ainda aí estão! Mais interessante de tudo é que em 1978 temos de volta o Colégio do Espírito Santo de Évora, (mais conhecido por Universidade de Évora) fundado novamente, imagine-se, às mãos de um jesuíta... Ironias da História e ironias do destino!
A República de 1910, prometeu educação. Onde está ela? Se a educação republicana é violência contra os professores, então isto está tudo errado...
A República de 1910, prometeu sufrágio universal. Foi cumprido só em 1976, e porque o país saía de uma ditadura, que a República permitiu.
A República de 1910, prometeu acabar com os títulos nobiliárquicos. De facto acabaram, mas, não só alguns nobres monárquicos, subitamente passaram a ser republicanos, como a República tratou de inventar outros títulos e condecorações.
E no meio desta rabanada de críticas, onde fica o Povo? Aquele que vive no interior do país (porque Portugal, não é Lisboa), e, que só soube que tinha sido instaurada um República em Lisboa passados uns bons e longos dias... Além de não saberem o que era essa coisa de República, mas isso não importa para aqui...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Em 1890...
"O Partido Republicano não é certamente de criação recente. Desde 34, desde 20, sempre em Portugal existiram republicanos e jacobinos. Foi possível porém durante muito tempo contá-los, como se diz, pelos dedos duma só mão. Eram ideólogos isolados, um pouco vaidosos do seu isolamento, vaidosos sobretudo da sua independência e isenção, e da superioridade intelectual que as suas ideias lhes davam ou lhe pareciam dar, de resto universalmente respeitados, e respeitadores eles do regímen sob que viviam e de quem por vezes aceitavam empregos."
in Eça de Queiroz, "Novos factores da Política Portuguesa", Revista de Portugal, Abril de 1890
in Eça de Queiroz, "Novos factores da Política Portuguesa", Revista de Portugal, Abril de 1890
sábado, 25 de setembro de 2010
Dois terramotos, uma situação...
Alguém ainda se lembra do caos que foi no Haiti, na Madeira, no Chile?
Já ninguém fala...
No entanto, como vivem os haitianos, os madeirenses (os que ficaram sem casas e os seus bens), os chilenos?
Todos já esquecemos...
E por cá?
É bom desviar-se a atenção com terramotos políticos fictícios. E todos sabemos que o PS e o PSD vão-se entender em matérias de Orçamento de Estado. Quero acreditar nisto... Caso contrário, fica provado que a política portuguesa é semelhante a um Jardim de Infância com direito a "birrinhas" que em nada favorecem a "situação".
E... no epicentro deste terramoto estão dois problemas sociais: pobreza crescente e desempego...
Mas é preferível a alienação...
Já ninguém fala...
No entanto, como vivem os haitianos, os madeirenses (os que ficaram sem casas e os seus bens), os chilenos?
Todos já esquecemos...
E por cá?
É bom desviar-se a atenção com terramotos políticos fictícios. E todos sabemos que o PS e o PSD vão-se entender em matérias de Orçamento de Estado. Quero acreditar nisto... Caso contrário, fica provado que a política portuguesa é semelhante a um Jardim de Infância com direito a "birrinhas" que em nada favorecem a "situação".
E... no epicentro deste terramoto estão dois problemas sociais: pobreza crescente e desempego...
Mas é preferível a alienação...
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Olha quem está para chegar
FMI - Fundo Monetário Internacional...
Está para chegar...
Uma visita útil.
Dizem que não, mas virá...
Mas alguém pensa que este país sai da "situação" sozinho???
Como nunca saiu, e a História prova-o...
Está para chegar...
Uma visita útil.
Dizem que não, mas virá...
Mas alguém pensa que este país sai da "situação" sozinho???
Como nunca saiu, e a História prova-o...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Uma viagem ainda muito longa...
Aos últimos acontecimentos na França...
Não podemos esquecer que a expulsão da etnia cigana, não é uma questão francesa. É uma questão europeia, dado que não é só na França que se tem dado expulsões de pessoas de etnia cigana.
Na verdade, esta matéria tem duas perspectivas:
Primeira: uma crise de identidade sem precedentes (e esta é a verdadeira crise)
Segunda: com esta situação fica mais que provado que se a Europa quer ter uma só cultura, uma só política, uma só economia, muito caminho terá que percorrer...
A viagem é longa...
Não podemos esquecer que a expulsão da etnia cigana, não é uma questão francesa. É uma questão europeia, dado que não é só na França que se tem dado expulsões de pessoas de etnia cigana.
Na verdade, esta matéria tem duas perspectivas:
Primeira: uma crise de identidade sem precedentes (e esta é a verdadeira crise)
Segunda: com esta situação fica mais que provado que se a Europa quer ter uma só cultura, uma só política, uma só economia, muito caminho terá que percorrer...
A viagem é longa...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Um país, uma nação...
Um tempo só para falar...
Depois da turbulência criada... Carlos Queiróz foi-se embora!
O PS e o PSD não se entendem em matéria de Orçamento de Estado. Vai-se lá saber porquê...
O PSD (recuperando outros tempos) anda com uma Revisão Constitucional que não se sabe se anda ou não...
O processo Casa Pia bem se vê o que vai dar...
E isto é um país...
Depois da turbulência criada... Carlos Queiróz foi-se embora!
O PS e o PSD não se entendem em matéria de Orçamento de Estado. Vai-se lá saber porquê...
O PSD (recuperando outros tempos) anda com uma Revisão Constitucional que não se sabe se anda ou não...
O processo Casa Pia bem se vê o que vai dar...
E isto é um país...
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Cá estamos nós outra vez...
Cá estamos nós outra vez...
Casa Pia, Lagoa, Reentrées, Orçamento de Estado, Desemprego...
Iraque, Obama, Ciganos, França, União Europeia, Alterações Climáticas/Climatéricas...
Falta a Gripe A...
Palavras-chave que irão marcar estes inicio do mês de Setembro, e em que o país, depois da anestesia das férias, volta à sua realidade. O problema é saber o tempo do efeito da anestesia...
Além disso, a capital irá voltar a ser Lisboa...
E...
Cá estamos nós outra vez...
Casa Pia, Lagoa, Reentrées, Orçamento de Estado, Desemprego...
Iraque, Obama, Ciganos, França, União Europeia, Alterações Climáticas/Climatéricas...
Falta a Gripe A...
Palavras-chave que irão marcar estes inicio do mês de Setembro, e em que o país, depois da anestesia das férias, volta à sua realidade. O problema é saber o tempo do efeito da anestesia...
Além disso, a capital irá voltar a ser Lisboa...
E...
Cá estamos nós outra vez...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
De regresso...
Sacerdotes pedófilos: um pânico moral
Sejamos claros: na origem dos pânicos morais estão condições objectivas e perigos reais; os problemas não são inventados, as suas dimensões estatísticas é que são exageradas. Numa série de interessantes estudos, Philip Jenkins mostrou que a questão dos sacerdotes pedófilos é talvez o exemplo mais típico de pânico moral; com efeito, estão aqui presentes os dois elementos característicos desta situação: um dado real de partida, e um exagero deste dado por obra de ambíguos «empresários morais».
Comecemos pelo dado real de partida. Há sacerdotes pedófilos. Alguns casos, repugnantes e perturbadores, foram alvo de condenações peremptórias, e os próprios acusados nunca se declararam inocentes. Estes casos – passados nos Estados Unidos, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras proferidas pelo Papa, bem como o pedido de perdão que dirigiu às vítimas. Mesmo que se tratasse apenas de dois casos – ou de um só –, seriam sempre demais; contudo, a partir do momento em que não basta pedir perdão – por muito nobre e oportuna que tal atitude seja –, sendo preciso evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se foram dois, ou duzentos, ou vinte mil. Como também não é irrelevante saber se os casos são mais ou menos numerosos entre os sacerdotes e os religiosos católicos do que entre outras categorias de pessoas. Os sociólogos são muitas vezes acusados de trabalhar com a frieza dos números, esquecendo que, por detrás dos números, se encontram pessoas; acontece porém que, embora insuficientes, os números são necessários, porque são o fundamento de uma análise adequada.
Para se compreender como é que, a partir de um dado tragicamente real, se passou a um estado de pânico moral, é pois necessário perguntar quantos são os sacerdotes pedófilos. Os dados mais amplos sobre esta matéria foram recolhidos nos Estados Unidos onde, em 2004, a Conferência Episcopal encomendou um estudo independente ao John Jay College de Justiça Criminal da Universidade de Nova Iorque, que não é uma universidade católica e que é unanimemente reconhecida como a mais autorizada instituição académica americana em criminologia. De acordo com este estudo, entre 1950 e 2002, 4392 sacerdotes americanos (num total de 109.000) foram acusados de manter relações sexuais com menores; destes, pouco mais de uma centena foram condenados pelos tribunais civis. O reduzido número de condenações por parte do Estado deriva de vários factores. Em alguns casos, as vítimas – efectivas ou presumidas – acusaram sacerdotes que já tinham morrido, ou cujos alegados crimes já tinham prescrito; noutros casos, a acusação e a condenação canónica não corresponde à violação de nenhuma lei civil, como acontece, por exemplo, em diversos estados americanos em que o sacerdote tenha tido relações com uma – ou mesmo com um – menor com mais de dezasseis anos que tenha consentido no acto. Mas também houve muitos casos clamorosos de sacerdotes inocentes que foram acusados, casos que se multiplicaram na década de 1990, quando alguns escritórios de advogados perceberam que podiam arrancar indemnizações milionárias na base de simples suspeitas. Os apelos à «tolerância zero» justificam-se, mas também não deve haver tolerância relativamente à calúnia de sacerdotes inocentes. Acrescento que, relativamente aos Estados Unidos, os números não mudariam de forma significativa se lhes juntássemos o período de 2002 a 2010, porque o estudo do John Jay College já fazia notar o «notável declínio» do número de casos observado no ano 2000. As novas investigações foram muito poucas, e as condenações pouquíssimas, devido às rigorosas medidas introduzidas, quer pelos bispos americanos, quer pela Santa Sé.
O estudo do John Jay College afirma, como muitas vezes se lê, que 4% dos sacerdotes americanos são «pedófilos»? Nem pensar. De acordo com o referido estudo, 78,2% das acusações que já ultrapassaram a puberdade. Ter relações sexuais com uma rapariga de dezassete anos não é certamente um acto de virtude, muito menos para um sacerdote; mas também não é um acto de pedofilia. Assim, os sacerdotes acusados de pedofilia efectiva nos Estados Unidos foram 958 em cinquenta e dois anos, ou seja, dezoito por ano; as condenações foram 54, ou seja, pouco mais de uma por ano. referem-se a menores
O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos noutros países é semelhante ao dos Estados Unidos, ainda que não exista, relativamente a nenhum país, um estudo completo como o do John Jay College. Na Irlanda, são frequentemente citados relatórios governamentais, que definem como «endémica» a presença de abusos nos colégios e orfanatos (masculinos) geridos por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que houve casos de gravíssimos abusos sexuais de menores neste país. Uma análise sistemática destes relatórios permite contudo perceber que muitas das acusações dizem respeito à utilização de meios correctivos excessivos ou violentos. O chamado Relatório Ryan, de 2009, que recorre a uma linguagem muito dura no que diz respeito à Igreja Católica, assinala, em 25.000 alunos de colégios, reformatórios e orfanatos, no período analisado, 253 acusações de abusos sexuais por parte de rapazes e 128 por parte de raparigas (e nem todas são atribuídas a sacerdotes, religiosos ou religiosas), de natureza e gravidade diversas, raramente referidas a crianças pré-púberes e que ainda mais raramente conduziram a condenações.
As polémicas das últimas semanas, relativas à Alemanha e à Áustria, expõem uma característica típica dos pânicos morais: apresentar como «novos» factos ocorridos há muitos anos ou, como em alguns casos, conhecidos parcialmente há mais trinta anos. O facto de eventos ocorridos em 1980 terem chegado à primeira página dos jornais apresentados como se tivessem acontecido ontem – e com particular insistência no que diz respeito à Bavária, a área geográfica de onde o Papa é originário –, e de deles resultarem violentas polémicas, com ataques concentrados, que todos os dias anunciam, em estilo gritante, novas «descobertas», mostra claramente que o pânico moral é promovido por «empresários morais» de forma organizada e sistemática. O caso que – de acordo com os títulos de alguns jornais – «envolve o Papa» é um caso de manual; refere-se a um episódio de abusos que teve lugar na Arquidiocese de Munique da Baviera e Freising, da qual era Arcebispo o actual Pontífice, e que remonta a 1980. O caso veio à luz em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986, estabelecendo, entre outras coisas, que a decisão de instalar o sacerdote em questão na diocese não tinha sido tomada pelo Cardeal Ratzinger, nem era sequer do seu conhecimento, circunstância que não é propriamente de estranhar numa diocese grande, com uma burocracia complexa. A verdadeira questão deve ser, pois: o que leva um jornal alemão a decidir recuperar o caso, e trazê-lo à primeira página vinte e quatro anos depois?
Uma pergunta desagradável – porque o simples facto de a colocar parece uma atitude defensiva, e também não consola as vítimas –, mas importante, é a de saber se um sacerdote católico corre, pelo facto de o ser, mais riscos de vir a ser pedófilo ou de abusar sexualmente de menores do que a maioria da população, duas situações que, como se viu, não são idênticas, porque abusar de uma rapariga de dezasseis anos não é ser pedófilo. É fundamental responder a esta pergunta, para descobrir as causas do fenómeno, e portanto para poder evitá-lo. De acordo com os estudos de Philip Jenkins, comparando a Igreja Católica dos Estados Unidos com as principais denominações protestantes, a presença de pedófilos é, dependendo das denominações, duas a dez vezes superior entre os pastores protestantes. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato, dado que, na sua maioria, os pastores protestantes são casados. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes católicos eram condenados por abusos sexuais de menores, o número de professores de educação física e de treinadores de equipas desportivas jovens, também quase todos casados, considerados culpados do mesmo delito nos tribunais americanos atingia os seis mil. Os exemplos podem multiplicar-se, e não só nos Estados Unidos. E o principal dado a ter em conta, de acordo com os relatórios periódicos do governo americano, é o de que dois terços dos abusos sexuais a menores não são feitos por estranhos, ou por educadores – incluindo os sacerdotes católicos e os pastores protestantes –, mas por membros da família: padrastos, tios, primos, irmãos e pelos próprios pais. E existem dados semelhantes relativamente a muitos outros países.
E há um dado ainda mais significativo, mesmo que politicamente incorrecto: 80% dos pedófilos são homossexuais, são homens que abusam de outros homens. E – voltando a citar Philip Jenkins – 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia são homossexuais. Se a Igreja Católica tem efectivamente um problema, não é o do celibato, mas o de uma certa tolerância da homossexualidade nos seminários, que teve particular incidência nos anos 70, a época em que foi ordenada a grande maioria dos sacerdotes que foram posteriormente condenados por abusos. Um problema que Bento XVI está a corrigir com todo o vigor. De forma mais geral, o regresso à moral, à disciplina ascética, à meditação sobre a verdadeira e grandiosa natureza do sacerdócio, são os melhores antídotos contra a verdadeira tragédia que é a pedofilia; e o Ano Sacerdotal também deve ter esse objectivo.
Relativamente a 2006 – altura em a BBC emitiu o documentário de Colm O’Gorman, deputado irlandês e activista homossexual – e a 2007 – altura em que Santoro apresentou a respectiva versão italiana em Annozero –, não há, na realidade, grandes novidades, à excepção de uma crescente severidade e vigilância por parte da Igreja. Os casos dolorosos dos quais se tem falado nas últimas semanas não são todos inventados, mas sucederam há vinte ou trinta anos.
Ou talvez haja uma novidade. Como se explica esta recuperação, em 2010, de casos antigos e muitos deles já conhecidos, ao ritmo de um por dia, atacando de forma sempre mais directa o Papa, um ataque aliás paradoxal, tendo em consideração a enorme severidade, primeiro do Cardeal Ratzinger, e depois de Bento XVI, relativamente a este tema? Os «empresários morais» que organizam o pânico têm objectivos específicos, objectivos esses que se vão tornando cada vez mais claros, e que não são a protecção das crianças. A leitura de certos artigos permite compreender que – na véspera de escolhas políticas, jurídicas e mesmo eleitorais que, um pouco por toda a Europa e pelo mundo, põem em questão a administração da pílula RU486, a eutanásia, o reconhecimento das uniões homossexuais, temas em que a voz da Igreja e do Papa é quase a única que se ergue a defender a vida e a família – poderosos grupos de pressão se esforçam por desqualificar preventivamente esta voz com a acusação mais infamante, que é também, hoje em dia, a mais fácil de fazer: a acusação de favorecer ou tolerar a pedofilia. Estes grupos de pressão mais ou menos maçónicos são uma prova do sinistro poder da tecnocracia, evocado pelo mesmo Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate e denunciado por João Paulo II na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1985 (de 08.12.1984), quando se referia aos «desígnios ocultos», a par de outros «abertamente propagandeados», «com vista a subjugar os povos a regimes em que Deus não conta».
Vivemos realmente numa hora de trevas, que traz à mente a profecia de um grande pensador católico do século XIX, o piemontês Emiliano Avogadro della Motta (1798-1865), que afirmava que das ruínas provocadas pelas ideologias laicistas nasceria uma verdadeira «demonolatria», que se manifestaria de modo especial no ataque à família e à verdadeira noção do matrimónio. Restabelecer a verdade sociológica sobre os pânicos morais relativamente aos sacerdotes e à pedofilia não permitirá travar este grupo de pressão, mas poderá constituir, pelo menos, uma pequena e devida homenagem à grandeza de um Pontífice e de uma Igreja feridos e caluniados porque se recusam a calar-se nas matérias que dizem respeito à vida e à família.
Por Massimo Introvigne
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Silêncio
Este post é dedicado às vítimas dos incêndios que este ano mais uma vez deflagram em Portugal.
MAFALDA ARNAUTH, SUSANA FÉLIX, VIVIANE e LUANDA COZETTI: Tavira/Fábrica Balsense: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 14 de Agosto de 2010/22.30h
MAFALDA ARNAUTH: Concertgebow/Holanda - 15 de Agosto de 2010/20.15h
MAFALDA ARNAUTH, SUSANA FÉLIX, VIVIANE e LUANDA COZETTI: Tavira/Fábrica Balsense: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 14 de Agosto de 2010/22.30h
MAFALDA ARNAUTH: Concertgebow/Holanda - 15 de Agosto de 2010/20.15h
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Uma ingenuidade pensar...
Durante muito tempo pensei que fosse só o PCP que expulsasse militantes. Que ingénuo!!!
Afinal o PS também...
E o BE?
E o CDS/PP?
E o PPD/PSD?
Provavelmente também...
VIVA A DEMOCRACIA!!!
MAFALDA ARNAUTH: Festa do Barrete Verde/Alcochete - 12 de Agosto de 2010/23.30h
Afinal o PS também...
E o BE?
E o CDS/PP?
E o PPD/PSD?
Provavelmente também...
VIVA A DEMOCRACIA!!!
MAFALDA ARNAUTH: Festa do Barrete Verde/Alcochete - 12 de Agosto de 2010/23.30h
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Tudo começou em 1128...
Falando do caso da Clínica de Lagoa...
Três pessoas estão cegas. Não se sabe se recuperam a visão...
E de quem é a responsabilidade? Ninguém sabe, e o jogo do empurra-empura começa. Para variar...
No entanto, este caso só demonstra a dicotomia em que se vive em Portugal: o Público/o Privado!
A definição da indefinição da definição... (Não perceberam, pois não?)
Pois, também em Portugal ainda não se definiu, o que é Público e o que é Privado. E se este passo ainda não foi dado, como se pode falar em reformas na saúde, na educação, na economia, etc? Como se pode falar numa Revisão Constitucional?
E compreendendo o sistema português percebe-se porque é que esta dicotomia "Público/Privado" ainda não se desfez. Na verdade, são defeitos de origem chamados lobbies, corporações, redes clientelares.
E tudo começou em 1128 com a Batalha de S. Mamede...
MAFALDA ARNAUTH, SUSANA FÉLIX, VIVIANE e LUANDA COZETTI: Portimão: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 10 de Agosto de 2010/21.00h
Três pessoas estão cegas. Não se sabe se recuperam a visão...
E de quem é a responsabilidade? Ninguém sabe, e o jogo do empurra-empura começa. Para variar...
No entanto, este caso só demonstra a dicotomia em que se vive em Portugal: o Público/o Privado!
A definição da indefinição da definição... (Não perceberam, pois não?)
Pois, também em Portugal ainda não se definiu, o que é Público e o que é Privado. E se este passo ainda não foi dado, como se pode falar em reformas na saúde, na educação, na economia, etc? Como se pode falar numa Revisão Constitucional?
E compreendendo o sistema português percebe-se porque é que esta dicotomia "Público/Privado" ainda não se desfez. Na verdade, são defeitos de origem chamados lobbies, corporações, redes clientelares.
E tudo começou em 1128 com a Batalha de S. Mamede...
MAFALDA ARNAUTH, SUSANA FÉLIX, VIVIANE e LUANDA COZETTI: Portimão: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 10 de Agosto de 2010/21.00h
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Fundações...
Segundo uma notícia veiculada pelo "Público", não se sabe quantas fundações existem em Portugal.
Normal...
Para um país, que acha que está bem e em que a pobreza sobe todos os dias, porque na realidade nada se passa e é tudo inventado da cabeça de uns fulanos que passam o tempo a pensar, quando deviam de estar era a trabalhar. Porque essa coisa de pensar, dá trabalho...
No entanto...
Quantas fundações existem? E se existem onde estão sedeadas?
Eu quero lá ir...
MAFALDA ARNAUTH: Portimão: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 10 de Agosto de 2010/21.00h
Normal...
Para um país, que acha que está bem e em que a pobreza sobe todos os dias, porque na realidade nada se passa e é tudo inventado da cabeça de uns fulanos que passam o tempo a pensar, quando deviam de estar era a trabalhar. Porque essa coisa de pensar, dá trabalho...
No entanto...
Quantas fundações existem? E se existem onde estão sedeadas?
Eu quero lá ir...
MAFALDA ARNAUTH: Portimão: Projecto "RUA DA SAUDADE" - 10 de Agosto de 2010/21.00h
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Enfim...
Somos um mundo no meio de tantos mundos
E para quê só o nosso é que é nosso
E até aonde vai esse mundo
Um mundo que nem sequer existe
Por dentro e por fora
E alguma vez existiu
Cessem os canônes, cessem as rimas
As regras
A ordem da desordem
Porque o mundo só é mundo
E só poderá ser mundo
Quando nesse mundo vivermos livres
E aí
Vem o tempo
Quanto tempo falta?
Quanto tempo falta?
Quanto tempo falta?
Para comer
Para dormir
Para vir
Para ir
Para andar
Para levantar
Para gostar
Para amar
Para quê mais
Falta o tempo
Falta o mundo
Porque nos falta a liberdade
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
E para quê só o nosso é que é nosso
E até aonde vai esse mundo
Um mundo que nem sequer existe
Por dentro e por fora
E alguma vez existiu
Cessem os canônes, cessem as rimas
As regras
A ordem da desordem
Porque o mundo só é mundo
E só poderá ser mundo
Quando nesse mundo vivermos livres
E aí
Vem o tempo
Quanto tempo falta?
Quanto tempo falta?
Quanto tempo falta?
Para comer
Para dormir
Para vir
Para ir
Para andar
Para levantar
Para gostar
Para amar
Para quê mais
Falta o tempo
Falta o mundo
Porque nos falta a liberdade
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Depois do Muro...
Em 1990, o Iraque invade o Kuwait... Precisamente no ano anterior caíra o Muro de Berlim. Na verdade, o ínicio de uma nova era...
Vinte anos, são passados e o que mudou entretanto?
A ditadura de Saddam já terminou. Saddam foi executado às mãos da justiça humana (qual civilização).
O Iraque vive neste momento em desnorte, apesar daquela "paz podre" orientada pelos EUA.
Os EUA tiveram um 11 de Setembro. Foi a abertura ao mundo do terrorismo, numa tentativa de fazer proliferar o medo e a desconfiança entre povos. Resultado de um mundo que se tenta adaptar à globalização.
Porém, as perguntas continuam sem resposta: Porque é que o Iraque invadiu o Kuwait, quando, volvidos vinte anos, o Kuwait tem níveis de desenvolvimento superiores?
Porque é que os EUA se envolveram, quando, em vez de melhorar a situação só a complicaram?
Será que a Guerra do Golfo resolveu alguma coisa?
Vinte anos depois, olhemos para a realidade e temos algumas respostas...
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
Vinte anos, são passados e o que mudou entretanto?
A ditadura de Saddam já terminou. Saddam foi executado às mãos da justiça humana (qual civilização).
O Iraque vive neste momento em desnorte, apesar daquela "paz podre" orientada pelos EUA.
Os EUA tiveram um 11 de Setembro. Foi a abertura ao mundo do terrorismo, numa tentativa de fazer proliferar o medo e a desconfiança entre povos. Resultado de um mundo que se tenta adaptar à globalização.
Porém, as perguntas continuam sem resposta: Porque é que o Iraque invadiu o Kuwait, quando, volvidos vinte anos, o Kuwait tem níveis de desenvolvimento superiores?
Porque é que os EUA se envolveram, quando, em vez de melhorar a situação só a complicaram?
Será que a Guerra do Golfo resolveu alguma coisa?
Vinte anos depois, olhemos para a realidade e temos algumas respostas...
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
O Muro
Em 09 de Novembro de 1989, sucedia a queda do Muro de Berlim.
Desde então, muita tinta correu em torno deste acontecimento. Muito pensamento foi produzido em torno daquele acontecimento, que em boa verdade, é um padrão para a História, mas não o fim desta...
De tal maneira que não é o "fim da História", porque volvidos 12 anos contruíram outro Muro - o Muro da Cisjordânia. Nestas circunstâncias como se pode afirmar o "fim da História"?
Quantos "muros" nós continuamos a construir ainda, mesmo nas nossas relações com os outros?
O Muro da Cisjordânia só cairá quando, todos nós, deixarmos cair o nosso egoísmo, o nosso orgulho, a nossa intolerância.
O Muro da Cisjordânia só cairá quando conseguirmos descobrir que existe um Outro e que por acaso é diferente de nós, mas em tudo igual. Porque é ser humano... E isto faz toda a diferença...
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
Desde então, muita tinta correu em torno deste acontecimento. Muito pensamento foi produzido em torno daquele acontecimento, que em boa verdade, é um padrão para a História, mas não o fim desta...
De tal maneira que não é o "fim da História", porque volvidos 12 anos contruíram outro Muro - o Muro da Cisjordânia. Nestas circunstâncias como se pode afirmar o "fim da História"?
Quantos "muros" nós continuamos a construir ainda, mesmo nas nossas relações com os outros?
O Muro da Cisjordânia só cairá quando, todos nós, deixarmos cair o nosso egoísmo, o nosso orgulho, a nossa intolerância.
O Muro da Cisjordânia só cairá quando conseguirmos descobrir que existe um Outro e que por acaso é diferente de nós, mas em tudo igual. Porque é ser humano... E isto faz toda a diferença...
MAFALDA ARNAUTH: Cesenatico-Itália/Emilia Romagna Festival - 06 de Agosto de 2010/21.15h
MAFALDA ARNAUTH: Ficarolo-Itália - 07 de Agosto de 2010/21.30h
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Mais uma perda irreparável
E perdem-se nas brumas do tempo as grandes referências...
A Mário Bettencourt Resendes!
A Mário Bettencourt Resendes!
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Uma homenagem...
"A minha vida é uma montanha russa!!!LOL mais uma voltinha..."
(António Feio, actor (1954-2010)
Mafalda Arnauth, hoje em Cantanhede na ExpoFacil
Mafalda Arnauth: Festival dos Oceanos/Praça do Munícipio, Lisboa - 01 de Agosto de 2010: 22.00h
(António Feio, actor (1954-2010)
Mafalda Arnauth, hoje em Cantanhede na ExpoFacil
Mafalda Arnauth: Festival dos Oceanos/Praça do Munícipio, Lisboa - 01 de Agosto de 2010: 22.00h
quarta-feira, 28 de julho de 2010
No meio do turbilhão...
Não querendo fazer vítimas, nem feridos.
Vimos e ouvimos ontem mais uma declaração do nosso Primeiro-Ministro.
E se a verdade veio ao de cima, estou bastante céptico. E talvez não seja só eu que partilho deste sentimento.
No entanto, eu mantenho a minha dúvida: se existem provas (como dizem que existem) que houve ilegalidade no Freeport, porque é que o cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, porque é que não é julgado?
E falando do Freeport podemos falar de outros casos em que o nome deste cidadão está envolvido...
Porque ainda não lhe foi movido um processo judicial?
As Comissões de Inquérito não são tribunais...
E doa a quem doer, mas se não querem que o Eng. Sócrates seja uma vítima, a imagem de vítima neste momento acenta-lhe que nem uma luva. Porque, afinal, no meio deste turbilhão quem ficou a ganhar foi o Eng. Sócrates.
E só mais uma coisa...
No meio deste turbilhão há gente que está no desemprego e no limiar da pobreza. Mas isso não interessa...
Vimos e ouvimos ontem mais uma declaração do nosso Primeiro-Ministro.
E se a verdade veio ao de cima, estou bastante céptico. E talvez não seja só eu que partilho deste sentimento.
No entanto, eu mantenho a minha dúvida: se existem provas (como dizem que existem) que houve ilegalidade no Freeport, porque é que o cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, porque é que não é julgado?
E falando do Freeport podemos falar de outros casos em que o nome deste cidadão está envolvido...
Porque ainda não lhe foi movido um processo judicial?
As Comissões de Inquérito não são tribunais...
E doa a quem doer, mas se não querem que o Eng. Sócrates seja uma vítima, a imagem de vítima neste momento acenta-lhe que nem uma luva. Porque, afinal, no meio deste turbilhão quem ficou a ganhar foi o Eng. Sócrates.
E só mais uma coisa...
No meio deste turbilhão há gente que está no desemprego e no limiar da pobreza. Mas isso não interessa...
terça-feira, 27 de julho de 2010
Mas quando cai ?
Cai, Cai, cai
Gente a cair é o que há mais
Cai o record mundial do salto debaixo de água
Já caiu em Portugal o recor da nossa mágoa
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
Cai um dente de cavalo a quem mastiga de mais
Cai uma crista de galo a um possidónio Pais
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
E quando um bispo for mau cai do alto da cimeira
Não nos podemos esquecer do canibal Cerejeira
Cai, cai, cai,
Gente a cair é o que há mais
Também caiu a censura do alto do seu escadote
Já podemos chamar filho de uma ao rapazote
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
Caem mulas, caem machos, caem tachos e engodos
Mas o pior é que os tachos ainda não cairam todos
Cai, cai, cai,
Gente a cair é o que há mais
De: José Carlos Ary dos Santos
Gente a cair é o que há mais
Cai o record mundial do salto debaixo de água
Já caiu em Portugal o recor da nossa mágoa
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
Cai um dente de cavalo a quem mastiga de mais
Cai uma crista de galo a um possidónio Pais
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
E quando um bispo for mau cai do alto da cimeira
Não nos podemos esquecer do canibal Cerejeira
Cai, cai, cai,
Gente a cair é o que há mais
Também caiu a censura do alto do seu escadote
Já podemos chamar filho de uma ao rapazote
Cai, cai, cai
Gente a cair é o que há mais
Caem mulas, caem machos, caem tachos e engodos
Mas o pior é que os tachos ainda não cairam todos
Cai, cai, cai,
Gente a cair é o que há mais
De: José Carlos Ary dos Santos
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Junto à água...
Fluviário de Mora: Festival Música no Rio - 23 de Julho de 2010 / 21.30h - Mafalda Arnauth
Fluviário de Mora: Festival Música no Rio - 24 de Julho de 2010/21.30h - Sérgio Godinho
Fluviário de Mora: Festival Música no Rio - 24 de Julho de 2010/21.30h - Sérgio Godinho
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Uma questão de cultura
Ontem à noite, ouvia a Antena 2, quando dei por mim, estava a ouvir Maria João Pires, numa emissão directa do Royal Albert Hall, em Londres.
Depois de ter saboreado aquele magnífico concerto de Piano, em torno dos "Nocturnos" de Chopin (que neste ano comemora o bicentenário do seu nascimento), saltou-me ao pensamento a forma como nós tratamos os nossos grandes génios nas suas mais variadas áreas.
E neste caso, na área cultural...
Afinal, que importância damos nós à nossa cultura?
Dá para perceber a importância que lhe damos, quando temos uma Ministra da Cultura que primeiro anuncia cortes na Cultura, mas depois dá o dito por não dito e acaba por recuar...
Só por aqui dá para perceber a cultura de um país...
Depois de ter saboreado aquele magnífico concerto de Piano, em torno dos "Nocturnos" de Chopin (que neste ano comemora o bicentenário do seu nascimento), saltou-me ao pensamento a forma como nós tratamos os nossos grandes génios nas suas mais variadas áreas.
E neste caso, na área cultural...
Afinal, que importância damos nós à nossa cultura?
Dá para perceber a importância que lhe damos, quando temos uma Ministra da Cultura que primeiro anuncia cortes na Cultura, mas depois dá o dito por não dito e acaba por recuar...
Só por aqui dá para perceber a cultura de um país...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Porque é o destino...
Uma Revisão Constitucional arrojada para os próximos tempos.
No entanto, a Brigada do Reumático já falou, para além das corporações que também já tomaram posição, e, já se sabe, que estão todos contra...
Todos acham que o sistema está mal, mas mudar o sistema é que não...
Tudo está bem como está...
E, na verdade, é esta a grande crise do país: um país que está no fundo do poço e gosta de estar no fundo do poço...
Porque é o destino...
No entanto, a Brigada do Reumático já falou, para além das corporações que também já tomaram posição, e, já se sabe, que estão todos contra...
Todos acham que o sistema está mal, mas mudar o sistema é que não...
Tudo está bem como está...
E, na verdade, é esta a grande crise do país: um país que está no fundo do poço e gosta de estar no fundo do poço...
Porque é o destino...
terça-feira, 20 de julho de 2010
Palavras para o tempo actual
"Podemos sentir ou não vocação para o desempenho de atitudes ou de cargos políticos, podemos aceitar ou não as condições em que estamos, concordar ou não com a forma como a intervenção nos é facultada, mas não temos o direito de nos demitirmos da dimensão política, que, resultante da nossa liberdade e da nossa inteligência, é essencial à condição de homens."
(Francisco Sá Carneiro)
(Francisco Sá Carneiro)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
As águas bem que precisavam...
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Leva nas águas as grades
...
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Tejo que levas nas águas
Adriano Correia de Oliveira
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Leva nas águas as grades
...
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Tejo que levas nas águas
Adriano Correia de Oliveira
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ESTADO DA NAÇÃO II
O que se viu na Assembleia da República é revelador ao estado a que isto chegou. Salgueiro Maia tinha razão.
Se lá dentro ninguém se entende, quanto mais cá fora. Quando a moralidade não vem de cima, quanto mais virá debaixo...
Provavelmente seria bom ler ou reler o livro "Impasse" de Francisco Sá Carneiro.
O momento é apropriado para esta leitura.
Se lá dentro ninguém se entende, quanto mais cá fora. Quando a moralidade não vem de cima, quanto mais virá debaixo...
Provavelmente seria bom ler ou reler o livro "Impasse" de Francisco Sá Carneiro.
O momento é apropriado para esta leitura.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
ESTADO DA NAÇÃO
O centro comercial fechou
E a Maria vai viver a vida mais longe
Longe das ilusões
Em cima das situações
Perigosas
O Toino não morreu no mar
Acabou de adquirir um castelo na Escócia
Enfim, não é bem na Escócia
É uma cave sombria
Em Gaia
O passado já lá está
Raio de uma sorte cinzenta
E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
Há que cuidar do aspecto
Fazê-lo parecer natural
Por mais que seja cruel não há ninguém que ajude
Ninguém nos ensinou a usar
Nada do que recolhemos pelo caminho
Perto das ilusões
Entre o amor e as razões
Perversas
O passado já lá está
Raio de uma sorte cinzenta
E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
Há que cuidar do aspecto
Fazê-lo parecer natural
Por mais que seja cruel não há ninguém que ajude.
Jorge Palma
É este o Estado da Nação...
E a Maria vai viver a vida mais longe
Longe das ilusões
Em cima das situações
Perigosas
O Toino não morreu no mar
Acabou de adquirir um castelo na Escócia
Enfim, não é bem na Escócia
É uma cave sombria
Em Gaia
O passado já lá está
Raio de uma sorte cinzenta
E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
Há que cuidar do aspecto
Fazê-lo parecer natural
Por mais que seja cruel não há ninguém que ajude
Ninguém nos ensinou a usar
Nada do que recolhemos pelo caminho
Perto das ilusões
Entre o amor e as razões
Perversas
O passado já lá está
Raio de uma sorte cinzenta
E o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
Há que cuidar do aspecto
Fazê-lo parecer natural
Por mais que seja cruel não há ninguém que ajude.
Jorge Palma
É este o Estado da Nação...
quarta-feira, 14 de julho de 2010
O dia em que o Mundo mudou...
Se podemos considerar dias importantes hoje é um deles...
A França comemora hoje o dia em que os parisienses invadiram a Bastilha e iniciando a queda da monarquia absoluta.
Na verdade, 221 anos são passados depois deste brilhante dia...
O que nos diz a nós?
Será que sabemos o que foi a Tomada da Bastilha, as causas e as consequências deste dia?
E a este propósito, 221 anos depois o que mudou nos conceitos de Liberdade, Fraternidade e Igualdade?
A França comemora hoje o dia em que os parisienses invadiram a Bastilha e iniciando a queda da monarquia absoluta.
Na verdade, 221 anos são passados depois deste brilhante dia...
O que nos diz a nós?
Será que sabemos o que foi a Tomada da Bastilha, as causas e as consequências deste dia?
E a este propósito, 221 anos depois o que mudou nos conceitos de Liberdade, Fraternidade e Igualdade?
terça-feira, 13 de julho de 2010
Foi conveniente o "esquecimento...."
"Alguém percebe porque é que a Telefónica se esqueceu de falar com o Governo Português?"
(João Vieira Pereira)
(João Vieira Pereira)
segunda-feira, 12 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Na noite passada...
Se isto não parece ser o que é, então o que é?
Na noite passada, tivemos na RTP um espetáculo pura e exclusivamente para promover o Regime. Com a Mariza, Paulo Gonzo (só faltou o Cristiano Ronaldo com o filho)... Tudo em nome da Barragem de Alqueva que tem de ser promovida (tenho dúvidas se é a barragem de Alqueva que tenha de ser promovida). E muito mais engraçado com o alto patrocínio da EDP. Enfim...
No entanto, todo aquele aparato em Alqueva, só tem um significado: tapar os olhos e criar ilusões de quem acha que o país é ainda é o paraíso nesta terra.
Na noite passada, tivemos na TVI um espetáculo, numa outra vertente. As tão famigeradas Corridas de Toiros, que no tempo da velha senhora, (para quem não sabe) também eram à quinta-feira. E tinha o mesmo efeito junto do Povo, por sinal o mesmo efeito que tem hoje o Futebol: esquecer, alienar, desmemorizar (que palavrão), não pensar. Afinal, não é só a religião o ópio do Povo...
Por falar em Religião...
Na noite passada, só faltou ser 13 de Maio e estava a tríade completa...
Não se pode ter tudo, mas o Povo agradece. Pelo menos não se fala, não se pensa e tudo se resolve (segundo a vontade de alguns). Porque se existe crise é na cabeça de alguns...
Na noite passada, tivemos na RTP um espetáculo pura e exclusivamente para promover o Regime. Com a Mariza, Paulo Gonzo (só faltou o Cristiano Ronaldo com o filho)... Tudo em nome da Barragem de Alqueva que tem de ser promovida (tenho dúvidas se é a barragem de Alqueva que tenha de ser promovida). E muito mais engraçado com o alto patrocínio da EDP. Enfim...
No entanto, todo aquele aparato em Alqueva, só tem um significado: tapar os olhos e criar ilusões de quem acha que o país é ainda é o paraíso nesta terra.
Na noite passada, tivemos na TVI um espetáculo, numa outra vertente. As tão famigeradas Corridas de Toiros, que no tempo da velha senhora, (para quem não sabe) também eram à quinta-feira. E tinha o mesmo efeito junto do Povo, por sinal o mesmo efeito que tem hoje o Futebol: esquecer, alienar, desmemorizar (que palavrão), não pensar. Afinal, não é só a religião o ópio do Povo...
Por falar em Religião...
Na noite passada, só faltou ser 13 de Maio e estava a tríade completa...
Não se pode ter tudo, mas o Povo agradece. Pelo menos não se fala, não se pensa e tudo se resolve (segundo a vontade de alguns). Porque se existe crise é na cabeça de alguns...
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Dá que pensar...
"20 anos depois da queda do Muro, a Europa começa a ter medo do futuro."
(Miguel Monjardino)
(Miguel Monjardino)
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Uma revisão dita constitucional
Sempre quero ver se a Revisão Constitucional que andam por aí uns a defender é digna desse nome.
O mais certo é ser como tem sido até aqui: revisões constitucionais de trazer por casa, em dose familiar!
A ver vamos...
O mais certo é ser como tem sido até aqui: revisões constitucionais de trazer por casa, em dose familiar!
A ver vamos...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Não confundir...
Comunidade
s. f.
1. Qualidade daquilo que é comum.
2. Agremiação.
3. Comuna.
4. Sociedade.
5. Identidade.
6. Paridade.
7. Conformidade.
Família
(latim familia, -ae, os escravos e servidores que vivem sob o mesmo tecto!teto, as pessoas de uma casa)
s. f.
Do Dicionário Priberam....
(latim familia, -ae, os escravos e servidores que vivem sob o mesmo tecto!teto, as pessoas de uma casa)
1. Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela.
2. Conjunto formado pelos pais e pelos filhos.
3. Conjunto formado por duas pessoas ligadas pelo casamento e pelos seus eventuais descendentes.
4. Conjunto de pessoas que têm um ancestral comum.
5. Conjunto de pessoas que vivem na mesma casa.
6. Conjunto de vocábulos que têm a mesma raiz.
7. Fig. Raça, estirpe; casa.
8. Hist. nat. Grupo de animais, de vegetais, de minerais que têm caracteres!carateres comuns.
9. Quím. Grupo de elementos químicos com propriedades semelhantes.
de família: familiar; íntimo; sem cerimónia.
Do Dicionário Priberam....
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Aonde andam???
Durante este fim-de-semana fomos informados pelos meios próprios que iria existir um corte nas bolsas de estudo aos alunos de Ensino Superior.
A confirmar-se as perguntas tornam-se claras:
Aonde estão os estudantes portugueses?
Como se sustentarão os estudantes portugueses nas universidades, sobretudo aqueles que vivem com maiores dificuldades?
Qual a opinião dos nossos estudantes sobre este assunto?
Pois, é...
Ao que parece até o movimento estudantil foi silenciado...
A confirmar-se as perguntas tornam-se claras:
Aonde estão os estudantes portugueses?
Como se sustentarão os estudantes portugueses nas universidades, sobretudo aqueles que vivem com maiores dificuldades?
Qual a opinião dos nossos estudantes sobre este assunto?
Pois, é...
Ao que parece até o movimento estudantil foi silenciado...
sábado, 3 de julho de 2010
E depois dizem que não...
http://www.ionline.pt/conteudo/67553-vacinas-da-gripe-vao-ser-destruidas-porque-terminou-prazo-validade
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Uma novela
A novela "PT/Telefónica" teve mais um episódio que acabou como já se esperava.
O Estado utilizou a sua "golden share"...
Imaginemos que o Estado não a utilizava, ou não tinha qualquer participação neste colossal negócio. Provavelmente, a PT voava para terras de "nuestros hermanos"...
No entanto, várias são as perguntas que me assaltam o espírito.
Uma delas é esta: não haverá problemas neste país muito mais importantes para resolver?
É que quando o Governo corta nos salários de todos nós e ninguém diz nada é sinal de uma coisa: ou a "vacina-Mundial 2010" fez efeito e está tudo a dormir, ou então, não existe nenhuma crise e isto tudo é fruto da imaginação de uns tipos loucos que só pensam em conspiração...
É caso para perguntar: o que é a realidade?
HOJE: Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: PROJECTO "RUA DA SAUDADE", em Seia...
O Estado utilizou a sua "golden share"...
Imaginemos que o Estado não a utilizava, ou não tinha qualquer participação neste colossal negócio. Provavelmente, a PT voava para terras de "nuestros hermanos"...
No entanto, várias são as perguntas que me assaltam o espírito.
Uma delas é esta: não haverá problemas neste país muito mais importantes para resolver?
É que quando o Governo corta nos salários de todos nós e ninguém diz nada é sinal de uma coisa: ou a "vacina-Mundial 2010" fez efeito e está tudo a dormir, ou então, não existe nenhuma crise e isto tudo é fruto da imaginação de uns tipos loucos que só pensam em conspiração...
É caso para perguntar: o que é a realidade?
HOJE: Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: PROJECTO "RUA DA SAUDADE", em Seia...
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Os 20 Peixes Grandes
Na Cimeira dos G20, realizada este fim-de-semana passado, no Canadá, os Peixes Grandes comprometeram-se que iriam reduzir os seu défices.
A pergunta emerge:
Como vão fazer isso?
A pergunta emerge:
Como vão fazer isso?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
E se...
E se...
E se a Selecção Nacional tivesse ganho ontem contra a Espanha? Seria bestial...
Mas não ganhou...
E a Selecção Nacional passou a besta...
Mas isso já se sabe, porque os de fora é que são bons!
É por essas por outras que gosto de ser realista...
E se a Selecção Nacional tivesse ganho ontem contra a Espanha? Seria bestial...
Mas não ganhou...
E a Selecção Nacional passou a besta...
Mas isso já se sabe, porque os de fora é que são bons!
É por essas por outras que gosto de ser realista...
terça-feira, 29 de junho de 2010
Simples verdade...
"Os homens esquecem mais depressa a morte do seu pai do que a perda do seu património."
Nicolao Maquiavel
Nicolao Maquiavel
terça-feira, 22 de junho de 2010
1488/2010: 522 anos depois...
É inevitável...
Depois dos momentos de ontem, em plena Cidade do Cabo, é obrigatório falar-se.
Falar-se que "Deus quer, homem sonha, a obra nasce..."
Foi assim em 1488 e é assim em 2010!
É verdade, que alguns de nós fomos possuídos pela dúvida (e até ainda podemos continuar cépticos), depois daquilo que vimos contra a Costa do Marfim!
No entanto, houve algo de extraordinário que vimos ontem naquele grupo: a vontade, a ambição, a força por lutar, de ir mais longe...
Condições essenciais para podermos voar alto, muito alto: basta crer e querer...
Depois dos momentos de ontem, em plena Cidade do Cabo, é obrigatório falar-se.
Falar-se que "Deus quer, homem sonha, a obra nasce..."
Foi assim em 1488 e é assim em 2010!
É verdade, que alguns de nós fomos possuídos pela dúvida (e até ainda podemos continuar cépticos), depois daquilo que vimos contra a Costa do Marfim!
No entanto, houve algo de extraordinário que vimos ontem naquele grupo: a vontade, a ambição, a força por lutar, de ir mais longe...
Condições essenciais para podermos voar alto, muito alto: basta crer e querer...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A História não deixará apagar a estrela...
Morreu José Saramago!
Deixar algumas considerações...
1 - Lamento que a morte de José Saramago seja utilizada como arremesso político entre Esquerda e Direita.
2 - Lamento que um Prémio Nobel da Literatura só na hora da morte seja acarinhado pelo seu país.
3 - Perante a Religião foi controverso. Fez aquilo que mais ninguém tem coragem de fazer e de dizer: colocar em causa toda a sua realidade.
4 - Lamento ainda os discursos e as frases feitas do "politicamente correcto", do "fica bem"...
Podia não ser o melhor dos melhores, podia ser criticado por tudo e por todos, podia colocar em causa todos os canônes, mas foi este colocar em causa, que irá de certeza escrever o seu nome na História, e marcar um tempo. O seu tempo...
Aos olhos do nosso tempo a sua forma de escrever podia ser uma aberração, mas também as obras de Ravel, Picasso e de tantos outros foram uma aberração e hoje são veneradas...
Não faço de Saramago o meu escritor de eleição, mas reconheço que daqui a cem anos, este Portugal estará a dizer que a sua obra literária é um autêntico monumento cultural.
Também Camões, Fernão Mendes Pinto, Almeida Garrett, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e tantas e tantas estrelas que no seu tempo tentaram fazê-las perder a luz, no entanto a História foi a sua fonte de alimentação, e, hoje iluminam o Universo Cultural Português...
A José Saramago rendo a minha homenagem...
Deixar algumas considerações...
1 - Lamento que a morte de José Saramago seja utilizada como arremesso político entre Esquerda e Direita.
2 - Lamento que um Prémio Nobel da Literatura só na hora da morte seja acarinhado pelo seu país.
3 - Perante a Religião foi controverso. Fez aquilo que mais ninguém tem coragem de fazer e de dizer: colocar em causa toda a sua realidade.
4 - Lamento ainda os discursos e as frases feitas do "politicamente correcto", do "fica bem"...
Podia não ser o melhor dos melhores, podia ser criticado por tudo e por todos, podia colocar em causa todos os canônes, mas foi este colocar em causa, que irá de certeza escrever o seu nome na História, e marcar um tempo. O seu tempo...
Aos olhos do nosso tempo a sua forma de escrever podia ser uma aberração, mas também as obras de Ravel, Picasso e de tantos outros foram uma aberração e hoje são veneradas...
Não faço de Saramago o meu escritor de eleição, mas reconheço que daqui a cem anos, este Portugal estará a dizer que a sua obra literária é um autêntico monumento cultural.
Também Camões, Fernão Mendes Pinto, Almeida Garrett, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e tantas e tantas estrelas que no seu tempo tentaram fazê-las perder a luz, no entanto a História foi a sua fonte de alimentação, e, hoje iluminam o Universo Cultural Português...
A José Saramago rendo a minha homenagem...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Sinais do Tempo
No Luxemburgo, a comunidade portuguesa foi "ameaçada" com um e-mail xenófobo.
Uma notícia destas, não deverá espantar, se pensarmos numa Europa que quer à força o federalismo, sem pensar nas suas consequências.
Enquanto a hierarquia dos países se manter...
Enquanto não existir consistência e coerência nas medidas políticas...
Enquanto a Europa não estiver a uma só voz...
E-mails deste teor aparecerão com certeza com maior frequência e não só dirigidos a portugueses.
Por outro lado, se pensarmos num mundo, em que já não existem fronteiras, em que o conceito de nacionalidade e nacionalismo está a mudar (coisa que há 150 anos era impossível), é perfeitamente natural que movimentações ideológicas mais exacerbadas (adormecidas no passado) possam emergir à tona de água, revelando um outro aspecto da sociedade: a falta de identidade.
É exactamente esta busca "desnorteada" pelo identificar-se com algo, que pode comprometer-se a liberdade e a democracia. E este é o perigo... O perigo iminente que levou à sagração de Adolf Hitler, Benito Mussolini, Joseph Estaline, Mao Tsé-Tung, António de Oliveira Salazar, Franco, Fidel Castro, etc...
Uma notícia destas, não deverá espantar, se pensarmos numa Europa que quer à força o federalismo, sem pensar nas suas consequências.
Enquanto a hierarquia dos países se manter...
Enquanto não existir consistência e coerência nas medidas políticas...
Enquanto a Europa não estiver a uma só voz...
E-mails deste teor aparecerão com certeza com maior frequência e não só dirigidos a portugueses.
Por outro lado, se pensarmos num mundo, em que já não existem fronteiras, em que o conceito de nacionalidade e nacionalismo está a mudar (coisa que há 150 anos era impossível), é perfeitamente natural que movimentações ideológicas mais exacerbadas (adormecidas no passado) possam emergir à tona de água, revelando um outro aspecto da sociedade: a falta de identidade.
É exactamente esta busca "desnorteada" pelo identificar-se com algo, que pode comprometer-se a liberdade e a democracia. E este é o perigo... O perigo iminente que levou à sagração de Adolf Hitler, Benito Mussolini, Joseph Estaline, Mao Tsé-Tung, António de Oliveira Salazar, Franco, Fidel Castro, etc...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O MONSTRO
De volta os exames no Ensino Secundário que levarão mais uns milhares para o Ensino Superior.
E esta questão leva-me a pensar em que estado se encontra as universidades portuguesas, no meio deste turbilhão que se chama "crise".
Ao longo deste tempo, fui sabendo que existem estudantes universitários, actualmente, que desistem da licenciatura, porque não têm meios financeiros para a sua manutenção na Universidade...
Perante esta situação, o que fizeram aos estudantes portugueses, que tudo lhes passa por cima e eles nem sequer se queixam?
No entanto, isto é um sinal...
Um sinal que estão a estrangular uma geração, em nome de alguns que teimam em não largar o poder.
Porém, um dia irão pagar esta factura tão pesada. Uma factura que passa pelo barrar um futuro às gerações mais novas, em nome dos lobbiezinhos...
Por outro lado, olhemos em que condições, estão a viver os nossos idosos. Com reformas na ordem dos 200 € (salvo alguns senhores), que nem para a Farmácia e Mercearia dá... E não falemos das nossas instituições de solidariedade social, que verdade seja dita, algumas vivem num autêntico esforço financeiro e humano para subsistirem, sem que algum apoio lhe seja dado.
Andamos todos entusiasmados com o Mundial 2010...
Que sociedade esta...
E , desculpem, mas uma sociedade que barra o caminho às gerações mais novas e não cuida das gerações mais velhas, não é uma sociedade, é um monstro colossal...
E esta questão leva-me a pensar em que estado se encontra as universidades portuguesas, no meio deste turbilhão que se chama "crise".
Ao longo deste tempo, fui sabendo que existem estudantes universitários, actualmente, que desistem da licenciatura, porque não têm meios financeiros para a sua manutenção na Universidade...
Perante esta situação, o que fizeram aos estudantes portugueses, que tudo lhes passa por cima e eles nem sequer se queixam?
No entanto, isto é um sinal...
Um sinal que estão a estrangular uma geração, em nome de alguns que teimam em não largar o poder.
Porém, um dia irão pagar esta factura tão pesada. Uma factura que passa pelo barrar um futuro às gerações mais novas, em nome dos lobbiezinhos...
Por outro lado, olhemos em que condições, estão a viver os nossos idosos. Com reformas na ordem dos 200 € (salvo alguns senhores), que nem para a Farmácia e Mercearia dá... E não falemos das nossas instituições de solidariedade social, que verdade seja dita, algumas vivem num autêntico esforço financeiro e humano para subsistirem, sem que algum apoio lhe seja dado.
Andamos todos entusiasmados com o Mundial 2010...
Que sociedade esta...
E , desculpem, mas uma sociedade que barra o caminho às gerações mais novas e não cuida das gerações mais velhas, não é uma sociedade, é um monstro colossal...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Descer à Terra...
Depois do ínicio do Mundial 2010, já todos nos esquecemos da crise. Sim, estamos em crise...
Mas depois da exibição da Selecção Nacional contra a Costa do Marfim, que foi má, péssima, horrivel (só gostava de saber porque é que toda a gente tem vontade de dizer isto e não diz), seria bom pensar na verdadeira crise que está instalada.
E a verdadeira crise que está instalada é um crise de valores, de ética, de cultura. Esta é a verdadeira crise que todos querem esconder.
A falha da Revolução 1974, chama-se Revolução Cultural. E essa não foi feita...
Mas não escondam, digam isto abertamente...
Ou será, que existe uma faixa da nossa sociedade, que não quer admitir, que a Revolução de Abril não foi assim tão perfeita como se julga?
Mas depois da exibição da Selecção Nacional contra a Costa do Marfim, que foi má, péssima, horrivel (só gostava de saber porque é que toda a gente tem vontade de dizer isto e não diz), seria bom pensar na verdadeira crise que está instalada.
E a verdadeira crise que está instalada é um crise de valores, de ética, de cultura. Esta é a verdadeira crise que todos querem esconder.
A falha da Revolução 1974, chama-se Revolução Cultural. E essa não foi feita...
Mas não escondam, digam isto abertamente...
Ou será, que existe uma faixa da nossa sociedade, que não quer admitir, que a Revolução de Abril não foi assim tão perfeita como se julga?
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Palavras...
Em tempos de universidade alguém me ensinou a retirar as "palavras-chave" de um texto para melhor compreender esse texto.
Retenhamos estas palavras: Crise, Economia, Governo, União Europeia, Federação, Globalização, Vuvuzelas, Selecção, Campeonato do Mundo, Cristiano Ronaldo, Futebol.
Palavras que constituem o vocabulário de qualquer conversa de hoje (seja onde fôr) e têm dois objectivos: a alienação e a criação "à força" de uma linguagem universal...
Venha daí a nova Ordem Mundial!!!
Retenhamos estas palavras: Crise, Economia, Governo, União Europeia, Federação, Globalização, Vuvuzelas, Selecção, Campeonato do Mundo, Cristiano Ronaldo, Futebol.
Palavras que constituem o vocabulário de qualquer conversa de hoje (seja onde fôr) e têm dois objectivos: a alienação e a criação "à força" de uma linguagem universal...
Venha daí a nova Ordem Mundial!!!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Parece que...
Em política o que parece é.
E o que parece neste momento é que o "Governo - Sócrates" não fala em uníssono. Parece que existem várias vozes que falam cada uma para seu lado.
Se o Verão do ano passado ficou marcado pelas divergências "forçadas" entre Presidente da República e Governo. Este Verão poderá ficar marcado pelas divergências no interior deste Governo. Com uma diferença: é que estas divergências não são "forçadas" e por isso não há interesse que se fale, porque "parecem" verdadeiras...
E o que parece neste momento é que o "Governo - Sócrates" não fala em uníssono. Parece que existem várias vozes que falam cada uma para seu lado.
Se o Verão do ano passado ficou marcado pelas divergências "forçadas" entre Presidente da República e Governo. Este Verão poderá ficar marcado pelas divergências no interior deste Governo. Com uma diferença: é que estas divergências não são "forçadas" e por isso não há interesse que se fale, porque "parecem" verdadeiras...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Uma frase apenas...
"Os fins justificam os meios" - Nicolao Maquiavel
A propósito desta frase, não quero pensar que foi aplicável à tentativa de aniquilação da grande multicional BP...
Não quero pensar que em nome dessa aniquilação se aniquilou vários ecossistemas naturais.
Se assim o foi, que monstro colossal estamos nós a criar? E em nome de quê e para quem?
A propósito desta frase, não quero pensar que foi aplicável à tentativa de aniquilação da grande multicional BP...
Não quero pensar que em nome dessa aniquilação se aniquilou vários ecossistemas naturais.
Se assim o foi, que monstro colossal estamos nós a criar? E em nome de quê e para quem?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Uma grande dose de paciência...
Que crise esta...?
A Telefónica oferece 6500 milhões de euros pela participação na Vivo, à PT!
São apenas umas migalhinhas.
Ainda querem que eu acredite nesta história de crise?
Na verdade, existe uma séria crise, não podemos ter dúvidas. Mas digam que contornos tem essa crise, porque de economia esta crise não tem nada.
Aqui há tempos no Facebook, alguém me comentava, acerca da organização do "Rock in Rio": «Mas quem organizou aquilo foi uma empresa privada!»
De facto temos de ter muita pena desses grandes senhores... (Viva o Capitalismo!)
Uma crise, em que as pessoas não tem identidades, nem referências.
Uma crise, em que não há líderes, seja na política, seja na economia, seja na sociedade. Em que as pessoas estão à mercê de tudo o que lhes aparece à frente...
Uma crise, baseada no "deixa andar".
Porém, só tenho pena é que os pensadores deste país, vivam calados e acabrunhados.
A Telefónica oferece 6500 milhões de euros pela participação na Vivo, à PT!
São apenas umas migalhinhas.
Ainda querem que eu acredite nesta história de crise?
Na verdade, existe uma séria crise, não podemos ter dúvidas. Mas digam que contornos tem essa crise, porque de economia esta crise não tem nada.
Aqui há tempos no Facebook, alguém me comentava, acerca da organização do "Rock in Rio": «Mas quem organizou aquilo foi uma empresa privada!»
De facto temos de ter muita pena desses grandes senhores... (Viva o Capitalismo!)
Uma crise, em que as pessoas não tem identidades, nem referências.
Uma crise, em que não há líderes, seja na política, seja na economia, seja na sociedade. Em que as pessoas estão à mercê de tudo o que lhes aparece à frente...
Uma crise, baseada no "deixa andar".
Porém, só tenho pena é que os pensadores deste país, vivam calados e acabrunhados.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Dá que pensar...
«O poder da Palavra contra a palavra do Poder.»
Dr. Adriano Moreira, in programa "Prós e Contras" da RTP, 31/05/2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Já lá vai um mês...
Depois do desastre ecológico no Golfo do México, devido a este sistema capitalista que está imparável, resta saber duas coisas: quando é que fica resolvida a mancha negra que neste momento se desenvolve em pleno mar, destruindo à passagem centenas de ecossistemas? E será, que a BP vai ser mesmo penalizada, ou será daquelas "penalizaçõeszinhas" de trazer por casa...?
A ver vamos...
A ver vamos...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
PT vs Telefónica
O machado de guerra foi desenterrado ontem...
Os dois grandes titãs das telecomunicações da Ibéria declararam guerra. Na novela "Crise" já cá faltava esta cena!
Bonito filme...
Sempre quero ver quem ganha esta batalha, porque a guerra nunca vai estar perdida!
Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.
Os dois grandes titãs das telecomunicações da Ibéria declararam guerra. Na novela "Crise" já cá faltava esta cena!
Bonito filme...
Sempre quero ver quem ganha esta batalha, porque a guerra nunca vai estar perdida!
Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Qualquer coisa em 5 minutos!
Não há por aí ninguém que faça uma Revolução em 5 minutos?
Não dava trabalho, o Povo não se comprometia e ficava tudo feliz...
Só se pensava em pão e em circo, o resto ficava para "alguns" decidirem!
Preocupações, crises políticas...
Os da frente que aguentem, que eu vou até à praia... Viva o Verão! (não se esqueçam dos óculos de Sol) Mas por favor, tenham cuidado, porque com o excesso de raios violetas, ainda podemos ter um rastreio aos sacos de praia, a fim de ver se temos protectores solares, chapéus e t-shirt's. Já para não dizer que também podem controlar a quantidade de protector solar que colocamos.
Vá lá, sejam tolerantes!!! Afinal, há muita gente que quer o nosso bem ... (temos é de estar no caminho!!!)
Não dava trabalho, o Povo não se comprometia e ficava tudo feliz...
Só se pensava em pão e em circo, o resto ficava para "alguns" decidirem!
Preocupações, crises políticas...
Os da frente que aguentem, que eu vou até à praia... Viva o Verão! (não se esqueçam dos óculos de Sol) Mas por favor, tenham cuidado, porque com o excesso de raios violetas, ainda podemos ter um rastreio aos sacos de praia, a fim de ver se temos protectores solares, chapéus e t-shirt's. Já para não dizer que também podem controlar a quantidade de protector solar que colocamos.
Vá lá, sejam tolerantes!!! Afinal, há muita gente que quer o nosso bem ... (temos é de estar no caminho!!!)
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Sinais...
Algo se passa:
Por mais quanto tempo dura este Governo (esperemos que os quatro)?
O PS apoia ou não a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República?
E que dizer do "tornado" António José Seguro, que acordou lá para os lados do Largo do Rato e que pode incomodar a fortaleza Sócrates?
Por mais quanto tempo dura este Governo (esperemos que os quatro)?
O PS apoia ou não a candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República?
E que dizer do "tornado" António José Seguro, que acordou lá para os lados do Largo do Rato e que pode incomodar a fortaleza Sócrates?
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Como se faz um líder...
José Mourinho, sagrou-se mais uma vez campeão da Europa, como treinador do Inter de Milão este fim-de-semana.
E para quem acha que o José Mourinho tem um segredo para tais proezas, para mim o Special One não tem segredo nenhum.
O segredo de José Mourinho está na relação que ele mantém com todos os seus jogadores. Uma relação personalizada e individualizada. Conhecendo os seus jogadores, percebendo o que eles são, e quem eles são de facto. E é, justamente este o segredo de Mourinho.
Num mundo, em que sofre com a falta de liderança, a falta de identidade, a falta de referências, conhecer cada um pelo seu nome, perceber quem é, e o que é, será meio caminho andado para ultrapassar esta fase difícil na vida da mundo...
E para quem acha que o José Mourinho tem um segredo para tais proezas, para mim o Special One não tem segredo nenhum.
O segredo de José Mourinho está na relação que ele mantém com todos os seus jogadores. Uma relação personalizada e individualizada. Conhecendo os seus jogadores, percebendo o que eles são, e quem eles são de facto. E é, justamente este o segredo de Mourinho.
Num mundo, em que sofre com a falta de liderança, a falta de identidade, a falta de referências, conhecer cada um pelo seu nome, perceber quem é, e o que é, será meio caminho andado para ultrapassar esta fase difícil na vida da mundo...
sábado, 22 de maio de 2010
E como... a memória não é curta!
Há algum tempo ligado a uma coisa que se chama História, e como não gosto de ter a memória curta, e como os factos passados deverão servir para nos fazer pensar, e como gosto de fazer pensar, e como eu sei que hoje em dia foge-se do pensamento como o diabo da cruz, ora aqui fica o relembrar que passam 512 anos da Viagem de Vasco da Gama à Índia...
Volvidos 512 anos, só me apraz dizer: foi a inauguração oficial da Globalização.
Nação valente, nobre povo...
Onde anda???
Mafalda Arnauth: V Meia-Maratona/EDP do Douro Vinhateiro
Volvidos 512 anos, só me apraz dizer: foi a inauguração oficial da Globalização.
Nação valente, nobre povo...
Onde anda???
Mafalda Arnauth: V Meia-Maratona/EDP do Douro Vinhateiro
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Suspirando
Mas há ou não acordo entre o PS e o PSD?
Mas andam com medo do quê, em assumir que ou existe um Bloco Central, ou este país politicamente implode de vez...
Desde 1820 que isto anda assim. De uma vez por todas deixem as guerrinhas entre Cartismo e Vintismo e passem à acção.
Já chega de sectarismo saloio.
Mas enquanto isto anda e não anda, o desemprego chega aos 600.000 mil, com mais umas empresas a encerrar.
E venha o Rock in Rio...
Já agora quanto é que custou?
Mas andam com medo do quê, em assumir que ou existe um Bloco Central, ou este país politicamente implode de vez...
Desde 1820 que isto anda assim. De uma vez por todas deixem as guerrinhas entre Cartismo e Vintismo e passem à acção.
Já chega de sectarismo saloio.
Mas enquanto isto anda e não anda, o desemprego chega aos 600.000 mil, com mais umas empresas a encerrar.
E venha o Rock in Rio...
Já agora quanto é que custou?
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
É a crise...
Ainda não percebi, e não sei se algum dia irei perceber de que crise se fala.
Se existe uma crise económica, então quanto é que se vai gastar com a realização do Rock in Rio?
Se existe uma crise económica, então como é que nos vamos endividar em 2 mil milhões de euros para ajudar a Grécia?
Se existe uma crise económica, como é que existe ainda gente que continua com os mesmos hábitos de vida?
Se existe uma crise económica, como é que existe gente a realizar férias como se nada existisse?
Muitas e muitas outras perguntas que eu gostaria de fazer, acerca desta crise económica, que me deixam a pensar... Ou anda tudo a dormir, ou ainda não acordaram para a realidade.
Uma coisa eu sei: há 600.000 desempregados, mas isso (pela entrevista de ontem do Primeiro-Ministro) não é importante para o Governo. E registe-se: o que é importante para este Governo é a recessão e o déficit. Os desempregados não interessam...
Se existe uma crise económica, então quanto é que se vai gastar com a realização do Rock in Rio?
Se existe uma crise económica, então como é que nos vamos endividar em 2 mil milhões de euros para ajudar a Grécia?
Se existe uma crise económica, como é que existe ainda gente que continua com os mesmos hábitos de vida?
Se existe uma crise económica, como é que existe gente a realizar férias como se nada existisse?
Muitas e muitas outras perguntas que eu gostaria de fazer, acerca desta crise económica, que me deixam a pensar... Ou anda tudo a dormir, ou ainda não acordaram para a realidade.
Uma coisa eu sei: há 600.000 desempregados, mas isso (pela entrevista de ontem do Primeiro-Ministro) não é importante para o Governo. E registe-se: o que é importante para este Governo é a recessão e o déficit. Os desempregados não interessam...
terça-feira, 18 de maio de 2010
Uma real e ignóbil porcaria
Afinal, não chegou a um mês para se deixar de falar da pedofilia na Igreja. O objectivo está cumprido.
No entanto, sinceramente, acho que o objectivo não foi cumprido, quando tivemos um país inteiro que mudou um pedaço a visão que tinha do actual Papa.
Mas já que o assunto da pedofilia na Igreja era assim tão importante, porque é que não se continua a discutir?
Porque é que já se calaram?
E já agora, se o Papa durante os últimos meses foi alvo de chacota, por causa da pedofilia e outros escândalos, não utilizem a figura do Papa (como utilizaram) para encobrir a real ignóbil porcaria (para não dizer outra coisa) em que este país caiu (e desta vez está a pique para o fundo). Para meio entendedor...
E para aqueles, que ainda acham que a Religião é o ópio do Povo: ainda bem que esta existe, caso contrário, se isto vai de mal a pior, provavelmente, isto iria de pior para o caos.
No entanto, sinceramente, acho que o objectivo não foi cumprido, quando tivemos um país inteiro que mudou um pedaço a visão que tinha do actual Papa.
Mas já que o assunto da pedofilia na Igreja era assim tão importante, porque é que não se continua a discutir?
Porque é que já se calaram?
E já agora, se o Papa durante os últimos meses foi alvo de chacota, por causa da pedofilia e outros escândalos, não utilizem a figura do Papa (como utilizaram) para encobrir a real ignóbil porcaria (para não dizer outra coisa) em que este país caiu (e desta vez está a pique para o fundo). Para meio entendedor...
E para aqueles, que ainda acham que a Religião é o ópio do Povo: ainda bem que esta existe, caso contrário, se isto vai de mal a pior, provavelmente, isto iria de pior para o caos.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Acordar...
Acordem os fadistas
que eu quero ouvir o fado
p’las sombras da moirama
p’las brumas dessa Alfama
do Bairro Alto amado.
Acordem as guitarras
até que mãos amigas
com a graça que nos preza
desfiem numa reza
os aros de cantigas.
Cantigas do fado
retalhos de vida
umbrais dum passado
de porta corrida
São ais inocentes
que embargam a voz
das almas dos crentes
que rezam por nós.
Acordem as vielas
aonde o fado mora
e há um cantar de beijos
em marchas de desejos
que vão pela vida fora.
Acordem as tabernas
até que o fado canta
em doce nostalgia
aquela melodia
que tanto nos encanta.
Camané
que eu quero ouvir o fado
p’las sombras da moirama
p’las brumas dessa Alfama
do Bairro Alto amado.
Acordem as guitarras
até que mãos amigas
com a graça que nos preza
desfiem numa reza
os aros de cantigas.
Cantigas do fado
retalhos de vida
umbrais dum passado
de porta corrida
São ais inocentes
que embargam a voz
das almas dos crentes
que rezam por nós.
Acordem as vielas
aonde o fado mora
e há um cantar de beijos
em marchas de desejos
que vão pela vida fora.
Acordem as tabernas
até que o fado canta
em doce nostalgia
aquela melodia
que tanto nos encanta.
Camané
sexta-feira, 7 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
A memória não é curta
Depois do dia 12 de Janeiro e de um mês de autêntica filantropia burguesa, alguém hoje se lembra como está o Haiti?
Quem fala hoje do Haiti?
Ao que parece entrou no esquecimento...
Enquanto deu para falar, falou-se depois esqueceu...
Eu só gostava de saber para que serve aquele discurso do: "Estou solidário com..."
No entanto, HÁ GENTE A SOFRER NO HAITI! FALEM DISTO!
Não é só quando dá jeitinho...
Quem fala hoje do Haiti?
Ao que parece entrou no esquecimento...
Enquanto deu para falar, falou-se depois esqueceu...
Eu só gostava de saber para que serve aquele discurso do: "Estou solidário com..."
No entanto, HÁ GENTE A SOFRER NO HAITI! FALEM DISTO!
Não é só quando dá jeitinho...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Crise... mas pouco!
Todos nos queixamos das quantias irrisórias em que vai ficar a Visita de S.S. Bento XVI a Portugal!
Sempre gostava de saber porque não se queixam dos 2 mil milhões de euros que Portugal vai
emprestar à Grécia, já para não falar dos milhões que se vão gastar em nome de uma coisa que se chama Rock in Rio.
E quantas outras e outras como o Rock in Rio, não andam por aí, (deitar dinheiro para o lixo) e ninguém, pura e simplesmente, se queixa...
Com isto tudo: quem falou em crise???
Sempre gostava de saber porque não se queixam dos 2 mil milhões de euros que Portugal vai
emprestar à Grécia, já para não falar dos milhões que se vão gastar em nome de uma coisa que se chama Rock in Rio.
E quantas outras e outras como o Rock in Rio, não andam por aí, (deitar dinheiro para o lixo) e ninguém, pura e simplesmente, se queixa...
Com isto tudo: quem falou em crise???
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Venha de lá o rating
Venham mais "rating's"...
Ao menos fala-se ao estado a que isto chegou...
E por mais que se queira disfarçar a CRISE chegou e veio para ficar.
Não será hora de nos erguermos, de deixar de colocar as culpas nos da frente e fazermos alguma coisa?
Porque um tempo de crise é um tempo de reflexão e de julgamentos, com um fim único... para que através dos erros cometidos possamos chegar a uma nova forma de estar no mundo.
Venham mais rating's...
Pelo menos o PS e o PSD chegam a um consenso. E se aquilo que vimos esta semana não foi um prenúncio de um Bloco Central, então o que foi? E sinceramente, era bom que viesse esse Bloco Central de uma vez, para ver se se enterrava o machado de guerra que perdura desde 1820, em Portugal...
Ao menos fala-se ao estado a que isto chegou...
E por mais que se queira disfarçar a CRISE chegou e veio para ficar.
Não será hora de nos erguermos, de deixar de colocar as culpas nos da frente e fazermos alguma coisa?
Porque um tempo de crise é um tempo de reflexão e de julgamentos, com um fim único... para que através dos erros cometidos possamos chegar a uma nova forma de estar no mundo.
Venham mais rating's...
Pelo menos o PS e o PSD chegam a um consenso. E se aquilo que vimos esta semana não foi um prenúncio de um Bloco Central, então o que foi? E sinceramente, era bom que viesse esse Bloco Central de uma vez, para ver se se enterrava o machado de guerra que perdura desde 1820, em Portugal...
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Um ditado...
Bem pelos vistos, já não se fala da pedofilia!
Agora é a vez do "rating"...
Quanto a este termo apetece-me dizer uma coisa...
"Para lá do Marão, mandam os que lá estão!"
E o Povo tem sempre razão...
Mafalda Arnauth em Harare/Zimbabwé, dias 30 de Abril e 01 de Maio de 2010
Agora é a vez do "rating"...
Quanto a este termo apetece-me dizer uma coisa...
"Para lá do Marão, mandam os que lá estão!"
E o Povo tem sempre razão...
Mafalda Arnauth em Harare/Zimbabwé, dias 30 de Abril e 01 de Maio de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Uma questão "rating"
Como ninguém explica a ninguém o que significa "rating", pois eu fui ao dicionário de Inglês-Português e deixo o significado:
"rating" - s. 1 avaliação; 2 classificação; 3 NÁUTICA marinheiro; 4 descompostura, reprimenda.
A imprensa fala em agências de rating. Um novo termo que apareceu para o dicionário da nova linguagem mundial que ser quer criar à força. Para meio entendedor...
No entanto, assim como, aconteceu na década de 80, mais uma vez a solução para o País terá de vir de fora...
Quem irá ser desta vez o D. Sebastião?
"rating" - s. 1 avaliação; 2 classificação; 3 NÁUTICA marinheiro; 4 descompostura, reprimenda.
A imprensa fala em agências de rating. Um novo termo que apareceu para o dicionário da nova linguagem mundial que ser quer criar à força. Para meio entendedor...
No entanto, assim como, aconteceu na década de 80, mais uma vez a solução para o País terá de vir de fora...
Quem irá ser desta vez o D. Sebastião?
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Em nome da liberdade
Crato, 24 de Abril de 2010
Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti
"Projecto Rua da Saudade": Canções de Ary dos Santos
Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti
"Projecto Rua da Saudade": Canções de Ary dos Santos
No tempo de laicismo
Ainda esta semana surgiu a informação que o Governo Francês se prepara para proibir a utilização da "burka" em público pelas mulheres muçulmanas em França.
Primeiro que tudo é preciso definir-se o que é a liberdade religiosa e o que é ser laico.
O sistema republicano é por assim dizer um sistema laico. Até aqui tudo bem...
Agora o que eu não percebo é como é que se defende um estado laico, em que as religiões são livres de expressão e depois se produz legislação a proibir crucifixos nas escolas, se proibe usos de "burkas".
O que é que pretendem com o Estado Laico? Liberdade Religiosa ou Imposição do Laicismo...
Se de facto o Estado é laico, como dizem, então porque é que se utilizam de algumas festas religiosas, para fazerem delas feriados e dias de descanso? Porque é que o Natal é Feriado Nacional, que eu saiba é uma festa religiosa? Porque é que a Sexta-feira Santa é Feriado Nacional, que eu saibe é uma festa religiosa?
E em resposta, a todos aqueles de que me falaram sobre a questão da tolerância de ponto dada pelo Governo Português na Visita de Bento XVI a Portugal. Se de facto querem contestar tolerâncias de ponto, podem começar pelo Carnaval, pela tarde de Quinta-feira Santa, pela tarde de véspera de Natal e pela tarde do últmo dia do ano.
Mas, se de facto, querem contestar tolerâncias de ponto, contestem porque é que o Estado só dá tolerância de ponto aos funcionários públicos? Então e os outros funcionários e trabalhadores?
Não se metam pela questão religiosa, porque muito há que mudar nesta sociedade a começar pela mentalidade...
Percebo e entendo que as outras religiões não vejam esta questão com bons olhos. Eu também não vejo com bons olhos as transmissões das Corridas de Toiros na televisão pública, no entanto, respeito quem as queira ver.
Mas se de facto o Estado é Laico, como dizem, então respeitem o Sagrado e não queiram acabar com ele...
Lamento, mas não me obriguem a ser laico. Porque ser laico, não é ser anti-religião, pelo contrário...
Primeiro que tudo é preciso definir-se o que é a liberdade religiosa e o que é ser laico.
O sistema republicano é por assim dizer um sistema laico. Até aqui tudo bem...
Agora o que eu não percebo é como é que se defende um estado laico, em que as religiões são livres de expressão e depois se produz legislação a proibir crucifixos nas escolas, se proibe usos de "burkas".
O que é que pretendem com o Estado Laico? Liberdade Religiosa ou Imposição do Laicismo...
Se de facto o Estado é laico, como dizem, então porque é que se utilizam de algumas festas religiosas, para fazerem delas feriados e dias de descanso? Porque é que o Natal é Feriado Nacional, que eu saiba é uma festa religiosa? Porque é que a Sexta-feira Santa é Feriado Nacional, que eu saibe é uma festa religiosa?
E em resposta, a todos aqueles de que me falaram sobre a questão da tolerância de ponto dada pelo Governo Português na Visita de Bento XVI a Portugal. Se de facto querem contestar tolerâncias de ponto, podem começar pelo Carnaval, pela tarde de Quinta-feira Santa, pela tarde de véspera de Natal e pela tarde do últmo dia do ano.
Mas, se de facto, querem contestar tolerâncias de ponto, contestem porque é que o Estado só dá tolerância de ponto aos funcionários públicos? Então e os outros funcionários e trabalhadores?
Não se metam pela questão religiosa, porque muito há que mudar nesta sociedade a começar pela mentalidade...
Percebo e entendo que as outras religiões não vejam esta questão com bons olhos. Eu também não vejo com bons olhos as transmissões das Corridas de Toiros na televisão pública, no entanto, respeito quem as queira ver.
Mas se de facto o Estado é Laico, como dizem, então respeitem o Sagrado e não queiram acabar com ele...
Lamento, mas não me obriguem a ser laico. Porque ser laico, não é ser anti-religião, pelo contrário...
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A frase...
"A vontade de matar o mensageiro não desapareceu!"
Dr. Francisco Pinto Balsemão, 21 de Abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Venham as cinzas...
Então já se cansaram da pedofilia na Igreja? Ainda é cedo para se deixar de falar do assunto. Só espero que isso aconteça a partir de 14 de Maio...
E já agora, um recado ao escritor Miguel Sousa Tavares: o bispo de Beja, D. António Vitalino, não é arcebispo de Beja. Nem Beja é um arcebispado...
Que eu saiba existem três arcebispados em Portugal: Braga, Lisboa e Évora...
Como dizia alguém da ribalta: a pobreza em que estamos....
Agora venham as cinzas e mais cinzas, tudo é cinza!
E já agora, um recado ao escritor Miguel Sousa Tavares: o bispo de Beja, D. António Vitalino, não é arcebispo de Beja. Nem Beja é um arcebispado...
Que eu saiba existem três arcebispados em Portugal: Braga, Lisboa e Évora...
Como dizia alguém da ribalta: a pobreza em que estamos....
Agora venham as cinzas e mais cinzas, tudo é cinza!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Elementar!
Nos tempos académicos havia quem defendesse a criação de um vírus informático que proliferasse pela Internet, como forma de bloqueio a um mundo cada vez mais liderado pela economia e pelo consumismo, fruto de um Capitalismo, que logo após a II Grande Guerra se desenvolveu com a máscara de combater o Comunismo. Afinal, acabou o Comunismo, ficou o Capitalismo. Entre os dois venha o diabo e escolha! Com a expansão informática emerge a "Aldeia Global", que tantos e tantos defendem e continuam a defender. Venha de lá a nova Ordem Mundial...
Mas isto eram outros tempos, e outras visões...
Porém, neste últimos dias, ficou provado que não é necessário um vírus informático, basta umas pedras-pomes, e a estagnação é mais que previsível.
É caso para dizer: "Elementar, meu caro Watson!"
Mas isto eram outros tempos, e outras visões...
Porém, neste últimos dias, ficou provado que não é necessário um vírus informático, basta umas pedras-pomes, e a estagnação é mais que previsível.
É caso para dizer: "Elementar, meu caro Watson!"
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Achas que sabes?
Hoje vou deixar várias sugestões para programas de TV:
"Achas que sabes cantar"
"Achas que sabes pintar"
"Achas que sabes desenhar"
"Achas que sabes decorar"
"Achas que sabes dançar" (este já existe)
"Achas que sabes telefonar"
"Achas que sabes trabalhar"
"Achas que sabes falar"
"Achas que sabes andar"
"Achas que sabes estar"
"Achas que sabes sentar"
E só mais uma sugestão: "Achas que sabes quem és". Esta talvez seja a mais importante e aquela com a qual ninguém se confronta.
O que se espera de uma sociedade que foge dela própria como o diabo da cruz.
"Achas que sabes cantar"
"Achas que sabes pintar"
"Achas que sabes desenhar"
"Achas que sabes decorar"
"Achas que sabes dançar" (este já existe)
"Achas que sabes telefonar"
"Achas que sabes trabalhar"
"Achas que sabes falar"
"Achas que sabes andar"
"Achas que sabes estar"
"Achas que sabes sentar"
E só mais uma sugestão: "Achas que sabes quem és". Esta talvez seja a mais importante e aquela com a qual ninguém se confronta.
O que se espera de uma sociedade que foge dela própria como o diabo da cruz.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Só há pedófilos entre os padres?
Dos políticos pedófilos é proibido falar. Bendita prescrição.
"Há uma coisa que eu nunca poderei perdoar aos políticos: é deixarem sistematicamente sem argumentos a minha esperança", Miguel Torga, "Diário", 14 de Novembro de 1985.
De repente, parece que o crime de pedofilia é um exclusivo dos sacerdotes da Igreja Católica. Não haverá pedófilos em nenhuma outra religião? E que dizer das religiões - como o islamismo, em diversos países do Médio Oriente - que não só pactuam como aprovam o casamento forçado de meninas com velhos? Ou o crime de pedofilia, desde que consignado pela lei, deixa de ser crime?
Critica-se o Vaticano por não fazer um acto de contrição suficientemente claro quanto aos crimes dos seus membros. Não entendo porque teria a Igreja de pedir desculpa por crimes que nada têm a ver com a instituição enquanto tal. A religião católica condena a pedofilia, como aliás todos os crimes contra as pessoas, sem olhar a credos ou raças. Nem todas as religiões defendem os direitos humanos em absoluto - mas a Igreja Católica do século XXI defende-os. A história é um longo estendal de crimes imperdoáveis - se nos fixarmos nela, não encontraremos um só período, até ao séc. XX, em que as pessoas tenham sido consideradas todas igualmente dignas. Ainda hoje, em largas partes do mundo, as mulheres, as crianças ou os pertencentes a etnias diferentes da maioritária são tratados como lixo. A famosa Grécia Antiga era um território de senhores e escravos e uma civilização que oprimia barbaramente as mulheres. Sempre que se fala de pedofilia surgem conversas tão eruditas quanto insidiosas sobre as relações íntimas de aprendizagem entre homens e rapazinhos na Grécia Antiga - como se as iluminações mentais de uma plêiade de filósofos pudessem justificar o injustificável. O brilhantismo de Heidegger não chega para perdoar o nazismo - antes pelo contrário: é importante pensarmos como pode uma cultura subir tão alto e descer tão baixo em simultâneo. A cultura alemã, como a civilização grega, são excelentes campos de análise sociológica, política e filosófica. Como puderam os espíritos criadores da ideia democrática de polis considerar a cidadania como um privilégio dos supostamente mais aptos? De que modos não vigora ainda hoje este entendimento do mundo?
A mensagem de Cristo é precisamente a oposta - e se é verdade que a Igreja Católica tem um modo hierárquico e ostentatório de ser e de viver que em nada se coaduna com o modo de viver de Cristo ou a palavra dos Evangelhos, não é menos verdade que é ela quem hoje está, muitas vezes só, junto dos desvalidos. Se assumisse a culpa pelos crimes de pedofilia de um conjunto dos seus elementos, a Igreja estaria a sujar a imagem desses seus outros milhares de padres que se entregam a tornar felizes os que nada têm.
Entretanto o julgamento da pedofilia na Casa Pia eterniza-se. Esta semana surgiu a notícia de que numa das vítimas, transformada em mera testemunha porque os abusos de que foi alvo já prescreveram, ameaçou fazer justiça pelas próprias mãos contra os arguidos. Notícia sem alarde - talvez porque o presumível autor dos crimes de pedofilia já prescritos é, segundo o "Diário de Notícias", uma "figura do Estado", cujo nome o Tribunal impede que se revele. Não entendo porque razão hão-de prescrever estes crimes - nem, aliás, quaisquer outros. A pedofilia é um crime que se exerce sobre crianças, ou seja, seres frágeis totalmente desprovidos de poder. É um crime de que a vítima muitas vezes acaba por se sentir cúmplice, e que afecta irreversivelmente a sua identidade e a sua vida. A prescrição em particular neste crime, representa conivência da lei com o criminoso. A mensagem é a de que, passado um tempo, não há sequelas nem razão para se falar de crime. A revolta desta vítima é remetida à brutalidade do papel de testemunha é a prova de que assim não é - e o silêncio obrigatório em torno da "figura do Estado" demonstra quem e o quê está a proteger a Lei: o poder e os poderosos. As ameaças da vítima foram relatadas ao procurador pelo próprio psiquiatra, que teve a coragem de enfrentar o paciente e avisá-lo de que o iria fazer (condição necessária para a quebra do sigilo profissional). Se todos os psiquiatras tivessem esta coragem, haveria certamente menos crimes. Mas enquanto se admitir a prescrição deste crime tenebroso, os pedófilos continuarão impunes. E a culpa não é da Igreja - é dos políticos, que fazem leis para proteger, antes de mais, os seus correligionários. Não há pedófilos e pedófilos: todos são criminosos. É mais que tempo de sairmos da Grécia Antiga.
Inês Pedrosa, Revista Única, in Jornal "Expresso", de 10 de Abril de 2010, pág. 66
Subescrevo....
"Há uma coisa que eu nunca poderei perdoar aos políticos: é deixarem sistematicamente sem argumentos a minha esperança", Miguel Torga, "Diário", 14 de Novembro de 1985.
De repente, parece que o crime de pedofilia é um exclusivo dos sacerdotes da Igreja Católica. Não haverá pedófilos em nenhuma outra religião? E que dizer das religiões - como o islamismo, em diversos países do Médio Oriente - que não só pactuam como aprovam o casamento forçado de meninas com velhos? Ou o crime de pedofilia, desde que consignado pela lei, deixa de ser crime?
Critica-se o Vaticano por não fazer um acto de contrição suficientemente claro quanto aos crimes dos seus membros. Não entendo porque teria a Igreja de pedir desculpa por crimes que nada têm a ver com a instituição enquanto tal. A religião católica condena a pedofilia, como aliás todos os crimes contra as pessoas, sem olhar a credos ou raças. Nem todas as religiões defendem os direitos humanos em absoluto - mas a Igreja Católica do século XXI defende-os. A história é um longo estendal de crimes imperdoáveis - se nos fixarmos nela, não encontraremos um só período, até ao séc. XX, em que as pessoas tenham sido consideradas todas igualmente dignas. Ainda hoje, em largas partes do mundo, as mulheres, as crianças ou os pertencentes a etnias diferentes da maioritária são tratados como lixo. A famosa Grécia Antiga era um território de senhores e escravos e uma civilização que oprimia barbaramente as mulheres. Sempre que se fala de pedofilia surgem conversas tão eruditas quanto insidiosas sobre as relações íntimas de aprendizagem entre homens e rapazinhos na Grécia Antiga - como se as iluminações mentais de uma plêiade de filósofos pudessem justificar o injustificável. O brilhantismo de Heidegger não chega para perdoar o nazismo - antes pelo contrário: é importante pensarmos como pode uma cultura subir tão alto e descer tão baixo em simultâneo. A cultura alemã, como a civilização grega, são excelentes campos de análise sociológica, política e filosófica. Como puderam os espíritos criadores da ideia democrática de polis considerar a cidadania como um privilégio dos supostamente mais aptos? De que modos não vigora ainda hoje este entendimento do mundo?
A mensagem de Cristo é precisamente a oposta - e se é verdade que a Igreja Católica tem um modo hierárquico e ostentatório de ser e de viver que em nada se coaduna com o modo de viver de Cristo ou a palavra dos Evangelhos, não é menos verdade que é ela quem hoje está, muitas vezes só, junto dos desvalidos. Se assumisse a culpa pelos crimes de pedofilia de um conjunto dos seus elementos, a Igreja estaria a sujar a imagem desses seus outros milhares de padres que se entregam a tornar felizes os que nada têm.
Entretanto o julgamento da pedofilia na Casa Pia eterniza-se. Esta semana surgiu a notícia de que numa das vítimas, transformada em mera testemunha porque os abusos de que foi alvo já prescreveram, ameaçou fazer justiça pelas próprias mãos contra os arguidos. Notícia sem alarde - talvez porque o presumível autor dos crimes de pedofilia já prescritos é, segundo o "Diário de Notícias", uma "figura do Estado", cujo nome o Tribunal impede que se revele. Não entendo porque razão hão-de prescrever estes crimes - nem, aliás, quaisquer outros. A pedofilia é um crime que se exerce sobre crianças, ou seja, seres frágeis totalmente desprovidos de poder. É um crime de que a vítima muitas vezes acaba por se sentir cúmplice, e que afecta irreversivelmente a sua identidade e a sua vida. A prescrição em particular neste crime, representa conivência da lei com o criminoso. A mensagem é a de que, passado um tempo, não há sequelas nem razão para se falar de crime. A revolta desta vítima é remetida à brutalidade do papel de testemunha é a prova de que assim não é - e o silêncio obrigatório em torno da "figura do Estado" demonstra quem e o quê está a proteger a Lei: o poder e os poderosos. As ameaças da vítima foram relatadas ao procurador pelo próprio psiquiatra, que teve a coragem de enfrentar o paciente e avisá-lo de que o iria fazer (condição necessária para a quebra do sigilo profissional). Se todos os psiquiatras tivessem esta coragem, haveria certamente menos crimes. Mas enquanto se admitir a prescrição deste crime tenebroso, os pedófilos continuarão impunes. E a culpa não é da Igreja - é dos políticos, que fazem leis para proteger, antes de mais, os seus correligionários. Não há pedófilos e pedófilos: todos são criminosos. É mais que tempo de sairmos da Grécia Antiga.
Inês Pedrosa, Revista Única, in Jornal "Expresso", de 10 de Abril de 2010, pág. 66
Subescrevo....
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Pensar a TV
A televisão de hoje não é a televisão de há 50 anos atrás.
Hoje a televisão conta com um concorrente - a Internet. A meu ver desleal, no sentido em que podemos obter informação a qualquer hora, em qualquer local, etc... Facto que a TV não pode dar essa possibilidade.
Então como poderá evoluir a Televisão do Séc. XXI?
Apesar de não ser entendido em televisão, penso que a TV não têm de andar à procura do que as pessoas gostam de ver ou ouvir.
Na verdade, a televisão ou evolui para conteúdos temáticos, como é o caso dos canais temáticos, ou então mais vale fechar portas. Os canais generalistas começam a não fazer sentido. Os cidadãos tornaram-se mais exigentes ao nível da informação, resultado de uma sociedade que evoluiu "democraticamente".
Actualmente, é degredante, ver televisão, sobretudo em horário nobre. Seja aqui em Portugal, seja qual fôr a parte do mundo...
Hoje a televisão conta com um concorrente - a Internet. A meu ver desleal, no sentido em que podemos obter informação a qualquer hora, em qualquer local, etc... Facto que a TV não pode dar essa possibilidade.
Então como poderá evoluir a Televisão do Séc. XXI?
Apesar de não ser entendido em televisão, penso que a TV não têm de andar à procura do que as pessoas gostam de ver ou ouvir.
Na verdade, a televisão ou evolui para conteúdos temáticos, como é o caso dos canais temáticos, ou então mais vale fechar portas. Os canais generalistas começam a não fazer sentido. Os cidadãos tornaram-se mais exigentes ao nível da informação, resultado de uma sociedade que evoluiu "democraticamente".
Actualmente, é degredante, ver televisão, sobretudo em horário nobre. Seja aqui em Portugal, seja qual fôr a parte do mundo...
terça-feira, 13 de abril de 2010
Identidade, precisa-se...
Há coisas na vida quotidiana deste país que ainda não percebi...
Uma delas tem a ver com o facto da indefinição da cor identificativa dos nossos táxis...
Alguém me sabe dizer afinal qual é a cor que identifica os táxis portugueses???
Na verdade, são nestes pequenos sinais, que pode estar uma realidade dura e fria escondida - a falta de identidade e de referências que se vive hoje na sociedade.
E esta é a crise, de que tanto se fala...
Uma delas tem a ver com o facto da indefinição da cor identificativa dos nossos táxis...
Alguém me sabe dizer afinal qual é a cor que identifica os táxis portugueses???
Na verdade, são nestes pequenos sinais, que pode estar uma realidade dura e fria escondida - a falta de identidade e de referências que se vive hoje na sociedade.
E esta é a crise, de que tanto se fala...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
É simplesmente...
Circle of Life
From the day we arrive on the planet
And blinking, step into the sun
There's more to be seen than can ever be seen
More to do than can ever be done
Some say eat or be eaten
Some say live and let live
But all are agreed as they join the stampede
You should never take more than you give
In the circle of life
It's the wheel of fortune
It's the leap of faith
It's the band of hope
Till we find our place
On the path unwinding
In the circle, the circle of life
Some of us fall by the wayside
And some of us soar to the stars
And some of us sail through our troubles
And some have to live with the scars
There's far too much to take in here
More to find than can ever be found
But the sun rolling high through the sapphire sky
Keeps great and small on the endless round
From the day we arrive on the planet
And blinking, step into the sun
There's more to be seen than can ever be seen
More to do than can ever be done
Some say eat or be eaten
Some say live and let live
But all are agreed as they join the stampede
You should never take more than you give
In the circle of life
It's the wheel of fortune
It's the leap of faith
It's the band of hope
Till we find our place
On the path unwinding
In the circle, the circle of life
Some of us fall by the wayside
And some of us soar to the stars
And some of us sail through our troubles
And some have to live with the scars
There's far too much to take in here
More to find than can ever be found
But the sun rolling high through the sapphire sky
Keeps great and small on the endless round
Elton Jonh
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Uma nota...
Ao que parece iniciou a época tauromáquica para os aficcionados...
Se os laicos e as outras religiões não vêem com bons olhos a transmissão em directo da Missa Dominical, por parte da Igreja Católica, no canal , dito de serviço público - RTP,. Pois eu também não vejo com bons olhos a transmissão de Corridas de Toiros no canal de serviço público - RTP. Faz-me lembrar outros tempos...
E sou aficcionado...
Se os laicos e as outras religiões não vêem com bons olhos a transmissão em directo da Missa Dominical, por parte da Igreja Católica, no canal , dito de serviço público - RTP,. Pois eu também não vejo com bons olhos a transmissão de Corridas de Toiros no canal de serviço público - RTP. Faz-me lembrar outros tempos...
E sou aficcionado...
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Um monstro escondido
A idade da juventude é sempre a idade marcada pela rebeldia, pela mudança, pela regeneração.
E é bom, olhar para trás e ver que outras gerações emergem começando assim um novo ciclo.
No entanto, quando se percebe que a sociedade actual vive para si, e só para si, esquecendo que existe "sangue novo", que com coragem pode fazer a mudança... Eu pergunto que raio de sociedade é esta, que nem no seu futuro pensa? Que sociedade é esta que vive sem referências, sem identidade...
Uma sociedade que não cuida nem dos jovens, nem dos idosos, não é uma sociedade - é um colossal monstro, que sem rumo, extermina e devassa os mais fracos à sua passagem!
E, sinceramente não quero pensar, que a Brigada do Reumático voltou...
Em 1974, a Brigada do Reumático do 28 de Maio de 1926 era uma pedra no sapato...
Em 2010, ao que parece emerge por aí a Brigada do Reumático do 25 de Abril de 1974. Só espero que não estejam a fazer o mesmo que os antecessores...
Mas ao que parece a repetição da História parece inevitável...
E é bom, olhar para trás e ver que outras gerações emergem começando assim um novo ciclo.
No entanto, quando se percebe que a sociedade actual vive para si, e só para si, esquecendo que existe "sangue novo", que com coragem pode fazer a mudança... Eu pergunto que raio de sociedade é esta, que nem no seu futuro pensa? Que sociedade é esta que vive sem referências, sem identidade...
Uma sociedade que não cuida nem dos jovens, nem dos idosos, não é uma sociedade - é um colossal monstro, que sem rumo, extermina e devassa os mais fracos à sua passagem!
E, sinceramente não quero pensar, que a Brigada do Reumático voltou...
Em 1974, a Brigada do Reumático do 28 de Maio de 1926 era uma pedra no sapato...
Em 2010, ao que parece emerge por aí a Brigada do Reumático do 25 de Abril de 1974. Só espero que não estejam a fazer o mesmo que os antecessores...
Mas ao que parece a repetição da História parece inevitável...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Uma questão de vida...
De facto, estas palavras continuam a fazer sentido e durante estes últimos dias pensei nelas:
"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela!"
Na verdade, o Cristianismo, também tem uma mensagem para o Mundo...
Porém, o Cristianismo não é um puro facto, ou um acto do social. O Cristianismo vive-se, pura e simplesmente vive-se...
"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela!"
Na verdade, o Cristianismo, também tem uma mensagem para o Mundo...
Porém, o Cristianismo não é um puro facto, ou um acto do social. O Cristianismo vive-se, pura e simplesmente vive-se...
sexta-feira, 26 de março de 2010
No rescaldo...
Ainda no rescaldo da Conferência dada pelo eminentíssimo Prof. Dr. José Mattoso, no âmbito da I Semana da História e Arqueologia, realizada na Universidade de Évora, e organizada pelo Núcleo de Estudantes de História da mesma universidade.
Na verdade, houve uma pergunta que no regresso a casa eu fazia a mim próprio e que quero partilhar convosco:
Se de facto, os números do desemprego na área profissional da História é elevado, e se de facto existe um "mar imenso" de trabalho e de estudo por fazer em Portugal, porque é que existe um elevado número de licenciados de História no desemprego?
Afinal, quem investiga em Portugal na realidade?
Não quero acreditar, que no mundo da investigação histórica estamos perante um sistema corporativo e feudalizante...
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: Projecto "Rua da Saudade": Coliseu dos Recreios do Porto / Hoje (26 de Março de 2010) - 22h
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: Projecto "Rua da Saudade": Teatro Curvo Semedo de Montemor-O-Novo / 27 de Março de 2010 - 21.30h
Na verdade, houve uma pergunta que no regresso a casa eu fazia a mim próprio e que quero partilhar convosco:
Se de facto, os números do desemprego na área profissional da História é elevado, e se de facto existe um "mar imenso" de trabalho e de estudo por fazer em Portugal, porque é que existe um elevado número de licenciados de História no desemprego?
Afinal, quem investiga em Portugal na realidade?
Não quero acreditar, que no mundo da investigação histórica estamos perante um sistema corporativo e feudalizante...
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: Projecto "Rua da Saudade": Coliseu dos Recreios do Porto / Hoje (26 de Março de 2010) - 22h
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: Projecto "Rua da Saudade": Teatro Curvo Semedo de Montemor-O-Novo / 27 de Março de 2010 - 21.30h
quinta-feira, 25 de março de 2010
Um pequeno retorno
No regresso ao Alentejo, por um dia, foi bom voltar e ver novamente algumas caras que durante algum tempo marcaram um momento da minha vida, que concerteza não irei esquecer...
A esse propósito, aqui vos deixo uma frase, de um grande senhor que ontem (24 de Março de 2010) tive o prazer de me cruzar em pleno Palácio do Vimioso-Universidade de Évora, e que academicamente irá ser para mim uma referência, para o resto da minha vida: Prof. Dr. José Mattoso.
"Em História, temos de utilizar todos os documentos e não só alguns. Papéis são papéis: não há bons, nem maus".
A esse propósito, aqui vos deixo uma frase, de um grande senhor que ontem (24 de Março de 2010) tive o prazer de me cruzar em pleno Palácio do Vimioso-Universidade de Évora, e que academicamente irá ser para mim uma referência, para o resto da minha vida: Prof. Dr. José Mattoso.
"Em História, temos de utilizar todos os documentos e não só alguns. Papéis são papéis: não há bons, nem maus".
Prof. Dr. José Mattoso, in revista "Actual", supl. jornal "Expresso", nº 1951, 20/03/2010
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: Projecto:"Rua da Saudade" - 26 de Março de 2010/Coliseu do Porto. 27 de Março/Teatro Curvo Semedo - Montemor-o-Novo.
terça-feira, 23 de março de 2010
Consciência
No final do dia de ontem, estive a ler a Carta Pastoral de S.S. Bento XVI aos Católicos da Irlanda!
Uma carta dura, frontal e directa (nunca tinha lido algo tão duro por parte de um Papa)...
Se foi tardia, não discuto...
Se podia ter sido melhor, não discuto...
No entanto, como Cristão Católico Apostólico Romano, (perdoem-me o desabafo) sinto-me indignado, envergonhado e mais um sem fim de adjectivos...
A pedofilia, quer seja na Igreja, quer seja onde fôr, é um acto condenável e terá de ser punido. Faça-se justiça de qualquer forma...
Porém, umas ressalvas que quero falar enquanto Cristão Católico, pois penso que é minha obrigação:
Primeiro: não é com o fim do celibato dos padres que se resolve a questão. Reflicta-se e repense-se a formação dos Seminários. Eu, como Cristão Católico, EXIGO, sacerdotes bem formados, com valores morais e éticos, que sejam sinal de Cristo no Mundo. Gente que envergonha o Cristianismo, mais valia não estar lá. Porque o Cristianismo, não são actos rituais e sociais. O CRISTIANISMO VIVE-SE!!! Quem faz da religião uma profissão, ou um acto social, mais vale retirar-se. Quem quiser entender que entenda...
Segundo: o ser celibatário, é uma opção de vida, como tantas outras. É preciso saber viver no celibato. Se não sabem, existem outras formas de vida, tão dignas ou ainda mais que o celibato... Como em tudo é preciso saber vivê-lo. O Padre, quando é padre, é para as comunidades, e para as pessoas, e está no meio delas, como um sinal de uma moralidade e de uma ética religiosa, neste caso cristã, que deverá procurar defender pelo seu exemplo de vida. Tal como um Imã, deverá ser sinal dos valores muçulmanos, ou um Rabino, que deverá ser sinal dos valores judaicos.
Terceiro: O Cristianismo, não tem de ser poder: tem de ser luz, paz e amor entre os homens de boa vontade, e enquanto não fôr visto nesta perspectiva, a Religião Cristã não tem condições para responder ao Homem. O Cristianismo tem de dar uma resposta à grave crise moral e de valores que a sociedade actual do Terceiro Milénio atravessa. E não é com exemplos destes (como os da Irlanda) que se pode chegar a algum lado. Não tem de ser melhor, nem pior que o Islão, o Budismo, o Judaísmo ou o Hinduísmo. Pura e simplesmente terá de ser vivido pelos Cristãos no meio desta religiões, como um modo de vida, não como um acto do social. Não temos que embarcar em Jihad's ou em Cruzadas. Isso é do passado. Como Cristãos só temos de afirmar no Mundo aquilo em que acreditamos, a fim de dar uma resposta. NÃO TEMOS DE IMPÔR NADA!!! Não precisamos do Tribunal do Santo Ofício (que na boca de alguns é a morte do Cristianismo, há mais vida para além disso) Simplesmente, dar uma resposta... Se somos melhores ou piores, isso não nos deve importar, enquanto Cristãos! A Religião (seja ela qual fôr) terá de fazer o seu papel no mundo. E se o Mundo atravessa, um período baixo da existência humana, foi porque a Religião (seja ela qual fôr) se demitiu do seu verdadeiro papel no Mundo. Quem quiser entender, entenda...
Quarto: a imprensa, em Portugal, falou em dez casos de padres indiciados no nosso país. Como é óbvio, fico indignado e envergonhado... Só espero, que a Igreja Católica Portuguesa não se cale e haja Justiça.
Quinto: só mais uma coisa, que não posso deixar de dizer. Só estranho, e tenho pena, que estes casos tenham vindo a público no ano da Visita Pastoral de S.S. Bento XVI, e no ano das Comemorações do Centenário da República.
Sexto: porém, só coloco uma questão: Porquê tanto ódio à Igreja Católica? Porquê tanto ódio à Religião?
Já agora: Porquê tanto ódio no Mundo e no coração do Homem?
Afinal, não foi Deus, Alá, Buda, Jahvé que criaram o ódio...
Onde fica o Amor? Onde mora a Paz? A Paz que tanto ansiamos...
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: "Projecto: Rua da Saudade", Coliseu do Porto / 26 de Março de 2010
Uma carta dura, frontal e directa (nunca tinha lido algo tão duro por parte de um Papa)...
Se foi tardia, não discuto...
Se podia ter sido melhor, não discuto...
No entanto, como Cristão Católico Apostólico Romano, (perdoem-me o desabafo) sinto-me indignado, envergonhado e mais um sem fim de adjectivos...
A pedofilia, quer seja na Igreja, quer seja onde fôr, é um acto condenável e terá de ser punido. Faça-se justiça de qualquer forma...
Porém, umas ressalvas que quero falar enquanto Cristão Católico, pois penso que é minha obrigação:
Primeiro: não é com o fim do celibato dos padres que se resolve a questão. Reflicta-se e repense-se a formação dos Seminários. Eu, como Cristão Católico, EXIGO, sacerdotes bem formados, com valores morais e éticos, que sejam sinal de Cristo no Mundo. Gente que envergonha o Cristianismo, mais valia não estar lá. Porque o Cristianismo, não são actos rituais e sociais. O CRISTIANISMO VIVE-SE!!! Quem faz da religião uma profissão, ou um acto social, mais vale retirar-se. Quem quiser entender que entenda...
Segundo: o ser celibatário, é uma opção de vida, como tantas outras. É preciso saber viver no celibato. Se não sabem, existem outras formas de vida, tão dignas ou ainda mais que o celibato... Como em tudo é preciso saber vivê-lo. O Padre, quando é padre, é para as comunidades, e para as pessoas, e está no meio delas, como um sinal de uma moralidade e de uma ética religiosa, neste caso cristã, que deverá procurar defender pelo seu exemplo de vida. Tal como um Imã, deverá ser sinal dos valores muçulmanos, ou um Rabino, que deverá ser sinal dos valores judaicos.
Terceiro: O Cristianismo, não tem de ser poder: tem de ser luz, paz e amor entre os homens de boa vontade, e enquanto não fôr visto nesta perspectiva, a Religião Cristã não tem condições para responder ao Homem. O Cristianismo tem de dar uma resposta à grave crise moral e de valores que a sociedade actual do Terceiro Milénio atravessa. E não é com exemplos destes (como os da Irlanda) que se pode chegar a algum lado. Não tem de ser melhor, nem pior que o Islão, o Budismo, o Judaísmo ou o Hinduísmo. Pura e simplesmente terá de ser vivido pelos Cristãos no meio desta religiões, como um modo de vida, não como um acto do social. Não temos que embarcar em Jihad's ou em Cruzadas. Isso é do passado. Como Cristãos só temos de afirmar no Mundo aquilo em que acreditamos, a fim de dar uma resposta. NÃO TEMOS DE IMPÔR NADA!!! Não precisamos do Tribunal do Santo Ofício (que na boca de alguns é a morte do Cristianismo, há mais vida para além disso) Simplesmente, dar uma resposta... Se somos melhores ou piores, isso não nos deve importar, enquanto Cristãos! A Religião (seja ela qual fôr) terá de fazer o seu papel no mundo. E se o Mundo atravessa, um período baixo da existência humana, foi porque a Religião (seja ela qual fôr) se demitiu do seu verdadeiro papel no Mundo. Quem quiser entender, entenda...
Quarto: a imprensa, em Portugal, falou em dez casos de padres indiciados no nosso país. Como é óbvio, fico indignado e envergonhado... Só espero, que a Igreja Católica Portuguesa não se cale e haja Justiça.
Quinto: só mais uma coisa, que não posso deixar de dizer. Só estranho, e tenho pena, que estes casos tenham vindo a público no ano da Visita Pastoral de S.S. Bento XVI, e no ano das Comemorações do Centenário da República.
Sexto: porém, só coloco uma questão: Porquê tanto ódio à Igreja Católica? Porquê tanto ódio à Religião?
Já agora: Porquê tanto ódio no Mundo e no coração do Homem?
Afinal, não foi Deus, Alá, Buda, Jahvé que criaram o ódio...
Onde fica o Amor? Onde mora a Paz? A Paz que tanto ansiamos...
Mafalda Arnauth, Susana Félix, Viviane e Luanda Cozetti: "Projecto: Rua da Saudade", Coliseu do Porto / 26 de Março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
E com três letras apenas se escreve... PEC
PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento
O que mais se tem falado nos últimos dias. Como é de esperar aqui também se fala. Para dizer que o PEC só veio dar a conhecer quem vai pagar a factura: os mesmos de sempre... E de demagogia isto não tem nada!
Mas alguém pensou o contrário?
O que mais se tem falado nos últimos dias. Como é de esperar aqui também se fala. Para dizer que o PEC só veio dar a conhecer quem vai pagar a factura: os mesmos de sempre... E de demagogia isto não tem nada!
Mas alguém pensou o contrário?
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