quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Da Carta a Diogneto

Os cristãos não diferem dos demais homens pela terra, pela língua ou pelos costumes. Não habitam cidades próprias, não se distinguem por idiomas estranhos, não levam vida extraordinária(...) Mas habitando, conforme a sorte de cada um, cidades gregas e bárbaras, é acompanhando os usos locais em matéria de roupa, alimentação e costumes, quer manifestam a admirável natureza da sua vida, que todos reputam extraordinária. Habitam as suas pátrias, mas como estrangeiros(...) Tudo suportam(...) casam-se e procriam, jamais lançam fora o que geraram(...) Vivendo na carne, não vivem segundo a carne(...) O que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo: como por todos os membros do corpo está difundida a alma, assim os cristãos por todas as cidades do universo(...) habitam no mundo, mas não são do mundo...



FOLCH GOMES, pág. 110, "Carta a Diogneto", in Carlos Verdete e Senra Coelho, "História da Igreja: das origens até o Cisma do Oriente (1054), vol I, Ed. Paulus, Lisboa, 2009, pág. 143