Deus aceita as nossas ofertas de dinheiro e apraz-lhe que dêmos aos
pobres, mas com esta condição: que todo o pecador, quando oferecer a
Deus o seu dinheiro, ofereça também a alma. [...] Quando o Senhor diz:
«Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus» (Mc 12, 17),
que quererá Ele dizer, senão: «Tal como dais a César, nas moedas de
prata, a sua imagem em efígie, dai também a Deus, em vós mesmos, a
imagem de Deus» (cf Gn 1, 26)?
Assim, e como já bastas vezes dissemos, quando distribuirmos dinheiro
aos pobres, ofereçamos a nossa alma a Deus de forma a que, onde estiver o
nosso dinheiro, possa também estar o nosso coração. De facto, por que
nos pede Deus que demos dinheiro? É seguramente porque sabe que lhe
temos um apreço especial e que não deixamos de pensar nele; e porque
sabe que, onde tivermos o dinheiro, teremos também o coração. Eis porque
Deus nos exorta a construir tesouros no céu através de dádivas feitas
aos pobres; é para que o nosso coração vá até onde tivermos enviado o
tesouro e para que, quando o sacerdote disser: «Corações ao alto»,
possamos responder de consciência tranquila: «O nosso coração está em
Deus».
in evangelhoquotidiano.org