Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido,
assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos
do mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente
«tudo permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que
fica a promessa da Sua vinda?» (2P 3,4) Mas, no tempo designado, haverá
uma «revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos
«resplandecerão como o sol no Reino de Seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).
Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss). Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível: manifestam-se quando Deus quer. [...]
Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada? [...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia: «Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós; mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir. Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores, quando mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que vemos não é senão a camada exterior dum reino eterno. É nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé.
Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss). Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível: manifestam-se quando Deus quer. [...]
Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada? [...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia: «Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós; mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir. Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores, quando mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que vemos não é senão a camada exterior dum reino eterno. É nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé.
in evangelhoquotidiano.org