domingo, 3 de fevereiro de 2013

No Domingo IV do Tempo Comum

A primeira leitura nos fala da vocação do profeta, de quem é profeta.
Tomemos como exemplo Jeremias, o profeta da leitura de hoje.
Em primeiro lugar, sua vocação veio de Deus e se confundiu com a geração de sua vida.
Ele era bom, inteligente, sensível, cheio de qualidades. Como qualquer vocacionado, queria viver sua vida como um jovem da época: desfrutar da juventude, namorar, casar, ter filhos, enfim, formar uma família. Jeremias só se conscientizou do chamado de Deus quando tinha vinte anos.
Ele foi consagrado, foi ungido para essa função. Além do mais seu campo de ação seria todo o universo conhecido.
Pensaríamos que, por ter sido escolhido por Deus, sua vida tenha sido um mar de rosas, mas não! Enfrentou guerras vindas de todos os lados, quando exercia sua função, falando em nome de Deus. Dificilmente era aplaudido e, geralmente, escorraçado, marginalizado. Enfrentou lutas de todo tipo, mas não se intimidou, o Senhor estava com ele e o protegia.
Mas por que essas tribulações na vida de quem só queria fazer o bem e falava em nome de Deus, em nome do amor?
Jeremias, como qualquer profeta foi enviado para principalmente reconduzir as ovelhas perdidas, mas elas não quiseram ouvi-lo, não quiseram saber de Deus. Interessa-lhes continuar nos seu erros, praticando a injustiça e a opressão. Por isso as agressões ao profeta.
No Evangelho, vemos Jesus de Nazaré, o Profeta, exercendo sua missão e, como Jeremias e tantos outros que falaram de Deus, corrigindo o povo no seu modo de entender a Lei do Amor. Diz que a salvação trazida por ele é para todos os povos, não apenas para Israel.
Jesus dá nova visão de Deus. Anuncia um Deus próximo, misericordioso, que coloca o perdão e o ser irmão como o grande ato de louvor a Ele. Jesus não quer condenar o pecador, mas faz de tudo para que ele mude de vida, Jesus quer salvar todos. Os escribas e doutores não suportam isso. Ficam perturbados e expulsam Jesus da sinagoga, da cidade, e o povo deseja precipitá-lo em um abismo, para que morra.
Afinal, quem é esse Jesus, quem ele pensa que é? Foi criado ali e sua família é conhecida por todos. Onde ele estudou para ensinar algo diferente do que aprendemos? Basta!
A reação dos conterrâneos de Jesus é muitas vezes copiada por nós. Pensamos que sabemos tudo e não será qualquer um que irá nos ensinar o melhor caminho de chegarmos a Deus. Sabemos rezar, fizemos catecismo!
Não aceitamos desafios, estamos acomodados, não queremos nos esforçar para crescer. É fácil e cômodo decretar a morte. Difícil é lutar pela vida, pela recuperação e perseverança. Desistir é fácil! Persistir e saber esperar é difícil!. Quem ama, acredita, espera, faz de tudo para salvar, como Jesus de Nazaré, Profeta da Esperança e do Amor!
Nossa reflexão se conclui com a segunda leitura que é chamada: “Hino à Caridade”. São Paulo nos diz, desenvolvendo o discurso de Jesus, que a caridade tudo suporta, tudo perdoa. “Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é caridade”!
Sejamos abertos ao novo, àquilo que nos fala ao coração, que sentimos que é de Deus. Construamos um mundo novo, sendo profetas do Amor e do Perdão! Anunciemos a vitória da Vida!

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