domingo, 6 de outubro de 2013

No XXVII Domingo do Tempo Comum

Jesus diz-nos que é inevitável os escândalos - sobretudo diante dos mais pequenos - mas "ai de quem os provoca!" Com isto Jesus dirige a sua palavra aos que crêem possuir a verdade: os poderosos, os orgulhosos, os injustos e os violentos que, com a sua atitude e as suas palavras, provocam o escândalo aos simples e aos pequenos. Não ter em conta a debilidade, a pobreza ou a escassa preparação dos irmãos, sendo insensíveis, estes merecem a maior das penas, isto é, "ser deitados ao mar."
O discípulo deve estar disposto a perdoar sempre. Quando alguém nos ofende devemos corrigir e perdoá-lo, nunca julgar-lo ou condenar-lo. É um convite a destruir o orgulho de nos crermos superiores aos demais.
Jesus compara a nossa fé como um grão de mostarda, a partir dos valores humanamente insignificantes. Vivemos no desencanto, na indiferença, no relativismo e experimentamos que a nossa fé diminui ou está bloqueada. O que busca sinceramente a Deus mais de uma vez se vê envolto na obscuridade e na dúvida.
O mais importante da nossa vida é algo que vai crescendo em nós de maneira lenta e pausada e é fruto de uma busca paciente, da acolhida de uma graça que se nos é dada e que não está isenta de dificuldades. A nossa fé pode renascer se desde o nosso coração dizemos: "Senhor, aumenta a nossa fé". Este grito sincero pode ajudar-nos a descobrir o verdadeiro rosto de Deus e a encher-nos de uma fé mais convincente, viva, realista e alegre. Os servos verdadeiramente úteis são os que se reconhecem "inúteis", o que sabem viver no horizonte de Deus.
in "El Domingo", San Pablo, Bogotá 2013 Trad. Port. Ambasciatore Romano