Imaculada Conceição |
Ela acolhe no seu ventre o Filho de Deus.
Maria, podia ter dito naquele momento um não a Deus, elevada pela dúvida, pelo medo. Mas, humildemente e acreditando afirma um "Sim" e deixa que seja Deus que conduza a sua vida.
Hoje, somos convidados a tomá-la como exemplo.
Na nossa vida, quantas são as vezes que pelo medo, pela nossa falta de confiança em Deus, muitas vezes nos falta a Fé. Maria acreditou e deixou-se conduzir. Foi a sua Fé que a alimentou e que a levou a aceitar este alto desígnio de Deus.
A Fé é esta confiança. Colocar tudo nas m
ãos de Deus, deixar que seja Ele que nos conduza a nossa vida, deixar que seja Ele que nos leve neste caminho, quando tudo parece estar perdido.
Podemos imaginar, como não foi fácil para Maria, dizer a José que ia ter um filho e que esse filho era fruto do Espírito Santo. Humanamente isto é uma loucura... Ainda hoje o continua a ser.
Mas a Fé tudo pode. "Tudo podemos Naquele que nos conforta..." diz-nos São Paulo. E Maria acreditou no conforto de Deus.
Na sociedade da sua época, uma mulher que tivesse um filho fora da relação era julgada pela justiça do seu tempo. Podemos imaginar também o temor de José. Mas eles acreditaram, deixaram que fosse Deus a conduzi-los.
A Fé deve ser esta esperança para nós. Esperar em Deus. Esperar que seja Ele que nos conduza o percurso da nossa História. Deixar que Ele nos fale também, como falou a Maria. No entanto, esperar em Deus, não é nos colocarmos numa posição de comodismo. Esperar em Deus é aceitar, confiar, ainda que tudo pareça muito escuro à nossa volta, mas continuar e tomar o caminho da vida que Ele nos tem para dar.
Maria, foi este exemplo para nós. Vivendo na cultura e na sociedade da sua época não teve medo do desígnio que Deus lhe confiava.
Maria, é pois para nós uma referência para o estado social actual. Viver o nosso tempo, com todas as suas dificuldades e facilidades, mas vivê-lo e acreditando que Deus não nos abandona. Ainda que sejamos frágeis, Ele aceita-nos.
Com Maria, confiemos-Lhe a nossa vida...
Por José Miguel M. Serrão, AR