São Vicente, diácono e mártir |
Há medos que se tornam tradição, há tradições que se tornam mortais. O medo de Israel pelos filisteus era uma tradição, rompida por um jovem, que teve a ousadia de estender a mão para fazer o bem. A prescrição de Israel de não fazer acção alguma em dia de sábado era mortal, porque impedia inclusivamente de praticar boas obras. Jesus, que havia de quebrar as cadeias da morte na cruz, desde agora antecipava audaciosamente que Ele era o Senhor da vida. A liturgia da Palavra demonstra-nos que a fé cristã é uma fé ousada, motivando-nos a estender consecutivamente a mão para fazer o bem, ainda que tenhamos de vencer medos arcaicos. Em qualquer circunstância, devemos ter a audácia de promover a vida, e a vida em abundância, ainda que tenhamos de nos opor a tradições imorais.
in Liturgia Diária, Paulus, Lisboa 2014