sexta-feira, 20 de março de 2015

Condenemo-lo à morte infame

Dizem os ímpios, pensando erradamente: "Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos as faltas de educação. Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo filho do Senhor. Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua vista nos é insuportável. A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos são muito diferentes. Somos considerados por ele como escória e afasta-se dos nossos caminhos como de uma coisa impura. Proclama feliz a morte dos justos e gloria-se de ter a Deus como pai. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos o que sucede na sua morte. Porque se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo." Assim pensam os ímpios, mas enganam-se, porque a malícia os cega. Ignoram os segredos de Deus e não esperam que a santidade seja premiada, nem acreditam que haja recompensa para as almas puras.

Do Livro da Sabedoria