É necessário que me glorie? Na verdade, não convém! Apesar disso, recorrerei às visões e revelações do Senhor. Sei
de um homem, em Cristo, que, há catorze anos - ignoro se no corpo ou se
fora do corpo, Deus o sabe! - foi arrebatado até ao terceiro céu. E sei que esse homem - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - foi arrebatado até ao paraíso e ouviu palavras inefáveis que não é permitido a um homem repetir. Desse homem gloriar-me-ei; mas de mim próprio não me hei-de gloriar, a não ser das minhas fraquezas. De certo,
se quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois diria a verdade. Mas
abstenho-me, não vá alguém formar de mim um juízo superior ao que vê em
mim ou ouve dizer de mim. E
porque essas revelações eram extraordinárias, para que não me enchesse
de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me
ferir, a fim de que não me orgulhasse. A esse respeito, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.» De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Por
isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas
perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é
que sou forte.
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
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