Noemi tinha um parente por parte do seu marido, Elimélec; era um homem poderoso e rico, chamado Booz. Rute,
a moabita, disse a Noemi: «Por favor, deixa-me ir respigar nos campos
de alguém que queira acolher-me com bondade.» E ela respondeu-lhe: «Vai,
minha filha.» Ela foi e entrou num campo, respigando atrás dos ceifeiros. Aconteceu que aquele campo era propriedade de Booz, parente de Elimélec. Booz disse a Rute: «Já ouviste, minha filha. Não vás respigar noutro campo; não te afastes deste e junta-te às minhas servas. Repara
no campo por onde vão a ceifar e vai atrás delas. Pois ordenei aos meus
servos que não te incomodem. E se tiveres sede, vai à bilha e bebe da
água que eles tiverem trazido.» Rute,
prostrando-se por terra, disse-lhe: «Porque encontrei tal bondade da
tua parte, tratando-me como natural, a mim que sou uma estrangeira?» Replicando,
Booz disse-lhe: «Já me contaram tudo o que fizeste pela tua sogra,
depois da morte do teu marido: como deixaste o teu pai, a tua mãe e a
terra onde nasceste e vieste para um povo que há bem pouco nem
conhecias.
Do Livro de Rute
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