O Evangelho de hoje fala-nos de uma mulher que estava doente e Jesus em dia de sábado curou-a. Porém, a retaliação chegou logo de imediato por parte do chefe da sinagoga dizendo que não se devia curar em dia de sábado. Duas ideias me emergiram daqui: a primeira é que não há tempo, nem espaço para a acção da graça de Deus em nós. Deus não é um juíz severo pronto a levar-nos para a penitenciária e a castigar-nos. Deus é Pai, pleno em misericórdia e acolhe-nos de braços abertos como um pai que acolhe o seu filho quando este se arrepende, seja quem for desde que tenha o seu coração aberto à sua vontade. A segunda ideia é que vivemos agarrados de mais aos nossos rituais, às nossas regras institucionais que não nos deixam ver o Amor de Deus para connosco. As regras existem não para prender mas para libertar. Tenho muitas vezes a sensação, tal qual como o Papa Francisco, que algumas das nossas paróquias por vezes são autênticas sucursais de burocracia, em vez de dar lugar ao acolhimento, à abertura e espaço ao Amor de Deus para com todos os homens e mulheres de boa vontade. Façamos da nossa comunidade cristã um verdadeiro espaço de acolhimento e de paz a todos os nossos irmãos crentes e não-crentes e só assim construiremos uma civilização do Amor. A cada Cristão em missão hoje não são pedidas palavras bonitas, mas testemunho de vida...
jjmiguel