sábado, 31 de outubro de 2015

Quando fores convidado para um banquete, não ocupes o primeiro lugar

Nas palavras de Jesus de hoje fez-me pensar na política e no estado a que chegou a politica portuguesa. A politica é a arte de bem governar as nações. Uma arte nobre que nos remete para o serviço. Servir os povos, estar disponível, humilhar-se diante de todo o povo para unicamente servir. É do serviço que vem o poder. O poder não vem da ganância, nem da soberba nem do nosso egoísmo. O poder vem do serviço e da humildade. Muito menos colocar esse serviço para servir as nossas ideologias ou os nossos egos. Esse poder que é conferido a um governante é antes de tudo e só ao serviço dos povos e da pessoa humana. As razões pelas quais se vai para a politica é para servir e nada mais. É desse serviço que provém o poder. É dessa humildade que advém o poder. O que temos assistido em Portugal depois de 04 de Outubro tem sido a um exemplo de avidez e ganância do poder pelo poder. De nada servirá governar uma nação se não se tiver o objectivo principal de servir essa nação para o bem comum e a dignidade da pessoa humana, acima de toda e qualquer ideologia seja de Direita ou de Esquerda. Portugal não pode correr o risco de experiências politicas, mas tem de correr o risco por um projecto sólido e de entendimento entre as duas forças da Esquerda e da Direita, reunidas num Bloco Central e isso ficou bem expresso pela vontade do Povo Português. Só não vê quem não quer...
Além disso, o Evangelho de hoje fez-me pensar também nesta comemoração que todo o mundo hoje celebra que é o Halloween. O Halloween é a manifestação na sua plenitude de um mundo que tem sede do Sagrado e de Espiritualidade, mas que rejeita esse Sagrado, que rejeita essa espiritualidade. A espiritualidade é hoje o maior deficit da vida humana. E é para isso que serve a Teologia. O ser humano não pode continuar sem o Sagrado na sua vida nem lhe ser indiferente. São João Paulo II no inicio do seu pontificado disse para abrir e escancarar as portas a Cristo, mas não disse para que se retirasse o Sagrado da vida das pessoas. Acontece que esse abrir de portas, foi encarado como a banalização desse Sagrado em algumas frentes. Porém, não defendo o voltarmos ao Catecismo de Pio V, ou de Pio X, ou à Reforma de Trento, muito menos às missas em latim, antes porém defendo uma Igreja e uma Religião que cumpra o seu papel no Mundo. Abrir as portas para que o Mundo possa beber desta fonte que é Jesus Cristo, sem conservadorismo e sem progressismo. Uma Igreja que encontre o equilíbrio, em ordem a que todos os homens e mulheres de boa vontade encontrem em Jesus Cristo, o seu Caminho, a sua Verdade e a sua Vida e Vida em abundância. Foi isso que quis o Concílio Vaticano II. Caso contrário, mergulharemos no paganismo "hallowinistico" como estamos a assistir...

jjmiguel
FOTO: fernandooliveira.com.br