É natural que o jejum de Cristo seja vulgar entre os cristãos. É natural que os membros imitem a Cabeça (Col 1, 18). Se recebemos os bens desta Cabeça, não suportaremos também os seus males? Quereremos rejeitar a sua tristeza e participar apenas das suas alegrias? Se é assim, estamos a mostrar-nos indignos de fazer corpo com esta Cabeça. Porque tudo o que Ele sofreu foi por nós. Se nos repugna colaborar na obra da nossa salvação, não estamos a ser colaboradores. Jejuar com Cristo é pouca coisa para quem quer sentar-se com Ele à mesa do Pai. Feliz o membro que tiver aderido em tudo a esta Cabeça e a tiver seguido para onde quer que ela vá (Ap 14, 4). Pois, de ela fosse cortado e separado, seria imediatamente privado do sopro da vida.
De São Bernardo, monge cisterciense e doutro da Igreja