segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Reconheceram logo Jesus

No outro dia, fomos surpreendidos com a notícia de que em Roma tinham tapado estátuas milenares por causa da visita de Hassam Rouhani, presidente do Irão. Depois em França, houve um pedido para que não houvesse vinho à mesa durante o almoço protocolar entre os dois presidentes, acontece que em França, por causa disso não houve almoço. O "faits-divers" lançado pela imprensa suscitou-me algumas questões dignas de interesse e que com todo o gosto partilho convosco. É um simples desbafo sem melindrar ninguém. O simples esconder as estátuas, como se passou em Itália, é o esconder, é o ter vergonha do que somos. Ter vergonha da nossa identidade é não querer ver quem somos. Triste Europa que perde paulatinamente a sua identidade. A verdade é que esta vergonha de querer esconder uma identidade europeia já vem detrás, ou estamos esquecidos que aquando da aprovação do texto constitucional europeu se quis recusar que fosse escrito que a Europa tinha uma cultura fundamentalmente cristã? Penso que não devemos estar todos esquecidos... A verdade é que a muito custo a História é inegável quanto a factos: a Europa nasceu debaixo dos tectos de muitos e muitos mosteiros às mãos de Bento de Núrsia, Bernardo de Claraval e outros tantos. Não podemos negar a nossa identidade, a nossa origem. Foi o Cristianismo que foi fulcral para o que é hoje a Europa. Lamentávelmente, são muitos os pensadores, intelectuais, gente do saber científico, da política, da economia e de outras áreas que começaram a sua formação ou num Colégio Religioso, ou num Seminário ou até num Mosteiro. Mas, desgraçadamente, têm vergonha de o dizer publicamente. Poderei dar vários nomes... Todos nós nos perguntamos porque é que o Islão, ou outras religiões crescem no Mundo? A resposta é que estas mesmas religiões e neste caso o Islão não tem vergonha de assumir a sua identidade. Se o Cristianismo perdeu influência na Europa foi à mão dos próprios cristãos. Se não vejamos, por exemplo os muçulmanos conhecem o Corão detrás para a frente e de frente para trás, enquanto nós cristãos, muitos de nós nem sequer já sabemos porque somos cristãos, nem a Bíblia conhecemos (muitos a temos em casa para decorar). Os muçulmanos têm o cumprimento das cinco orações diárias, e nós nem às missas dos domingo vamos e quando vamos é porque faleceu alguém, ou como alguns dizem "por necessidade". Seja pelo falecimento de alguém, ou por necessidade, ainda bem que vão, porque é sinal que a chama da fé (embora enfraquecida) ainda lá está. Perguntar-me-ão o que tem a ver isto com as questões de identidade? Tudo... Não só na religião! Se não vejamos por exemplo o caso de pessoas que são licenciadas em História sem saberem quem foi o Conde D. Henrique, ou quem descobriu o caminho marítimo para a Índia, ou quando se deu a chegada às terras de Vera Cruz! Mas há pior... Vejamos se alguém sabe por aí quem foi o nosso primeiro Presidente da República, ou até como se coloca a bandeira nacional no mastro, porque conheço casos de tribunais, câmaras municipais, juntas de freguesia em que é colocada ao contrário e há para todos os gostos. E agora poderia relatar muitos mais exemplos. Sejamos frontais e directos: a Europa capitulou perante a invasão islâmica. E lamento mas desta vez não irá existir nenhum Carlos Martel...