Paulo bem sabia que não temos de travar uma guerra material, mas temos de combater com grande esforço na nossa alma contra os nossos adversários espirituais. Qual comandante de um exército, dá pois o seguinte preceito aos soldados de Cristo: "Revesti-vos das armas de Deus, a fim de poderdes resistirdes às emboscadas do demónio" (Ef 6, 11). E foi para que possamos ir buscar aos actos dos antigos modelos para a nossa guerra espiritual que quis que se lessem na assembleia os relatos das suas façanhas. Assim, se formos espirituais, nós que aprendemos que "a Lei é natural" (Rom 7, 14), abordaremos essa leitura "das realidades espirituais em termos espirituais (1Cor 2, 13). E consideraremos ao ver as nações que aatacarm visivelmente o Israel material, qual é o poder das nações dos inimigos espirituais, desses "espíritos maus que andam espalhados pelos ares" (Ef 6, 12), travando guerras contra a Igreja do Senhor, que é o novo Israel.
De Orígenes, presbítero e teólogo