quinta-feira, 14 de abril de 2016

O pão que Eu hei-de dar é a minha carne

O pão é sinal de alimento. Jesus entitula-se como o “pão da vida”. Claro está que muitos de nós ainda pensamos que estamos a falar de um louco que procura actos de canibalismo. Aliás, os apóstolos e os cristãos foram nos primeiros tempos difamados de que eram canibais, porque acreditavam num louco que passava a vida a dizer que era “pão da vida” e quem comesse da sua carne nunca mais morreria. O problema é que são volvidos já muitos séculos e ainda há quem pense o mesmo. Aliás, de que pão está a falar Jesus? Esta é uma pergunta que deverá ser colocada não só aos não-crentes, mas também aos cristãos. Sabe-se e é conhecido que para alguns este pão, não passa simplesmente disso mesmo, de uma palavra. Certo é que estamos diante não propriamente de uma mera palavra, mas de uma palavra que é Vida, que vive e é eficaz! Por isso não percebo como é que existem cristãos que ainda acham que a transubstanciação do pão e do vinho é um mero e simples “faz de conta”. A transubstanciação não é teatro, nem muito menos a Eucaristia é um ritual social como ir ao cinema ou a uma festa social. Vamos à Eucaristia para nos alimentar das coisas do Espírito pela Palavra que escutamos e pelo Corpo e o Sangue de Jesus Cristo que tomamos. Ou também temos medo e vergonha que acreditamos que o Pão e o Vinho se transubstanciam em Corpo e Sangue de Jesus Cristo? Muito sinceramente acho que a segunda opção é o que se passa hoje...


jjmiguel