quinta-feira, 16 de junho de 2016

Quinta-feira da XI Semana do Tempo Comum

“Quando orardes não digais muitas palavras”. Jesus ensina aos discípulos a oração que até hoje é para nós aquela que nos identifica enquanto cristãos. Nesta oração está condensada toda uma vida, para ser vivida na pessoa de Jesus. Falo-vos da oração do “Pai-nosso”. Muito frequentemente a dizemos banalmente sem muitas vezes termos a noção do que estamos de facto a dizer. Importa por isso hoje, em silêncio, e meditarmos sobre cada frase e palavra desta belissíma oração ensinada pela boca do Nosso Mestre e Senhor. Porém, importa também saber o que é rezar. Rezar não é uma negociata com Deus, como se Deus fosse o Banco Nacional e as igrejas umas sucursais. Rezar é dialogar e penetrar na mais profundidade intima com Deus. Dialogar com Deus tal qual como se Ele fosse um amigo intimo e confidente a quem contamos tudo. Porém não é necessário grande diálogo porque Ele nos penetra, porque Ele nos conhece e sabe bem do que precisamos, porque é Pai! Qual é o pai que não conhece o seu filho? Muito frequentemente vou até junto do sacrário na igreja ali me sento num profundo silêncio, sem dizer nada, sem pedir nada, porque sei que Ele sabe o que eu preciso e necessito para o caminho. Abrir o coração à Sua vontade, é isso que nos falta. Confiar, mesmo que às vezes diante de nós não saibamos porque acontecem ou para onde nos levam os factos da nossa vida. Porém, tudo tem um significado e nada acontece por acaso, mas antes porque Ele tem para nós uma missão e devemos estar atentos, porque Ele nos pede que sejamos os Seus braços, é por aqui que todos somos responsáveis uns pelos outros e por esta Casa Comum e que pela qual temos que cuidar dela.


jjmiguel