segunda-feira, 25 de julho de 2016

Segunda-feira da XVII Semana do Tempo Comum

“Não sabeis o que estás a pedir”. A mãe dos filhos de Zebedeu achava que Jesus lhes podia dar poder e domínio. Ela queria que Jesus os sentasse um à sua direita e outro à sua esquerda no seu reino. O Reino de Deus não é uma lógica de poder, nem de domínio, assim como o Reino de Deus não é uma questão de títulos nobiliárquicos, de graus académicos, nem de títulos eclesiásticos. Em bom rigor, o Reino de Deus não é um questão de comida e de bebida. O Reino de Deus é serviço, é humildade, respeito pelo Outro, tolerância para com o Outro, que muitas vezes nem sequer conhecemos. Porém, o nosso olhar umbilical não nos permite olhar nos olhos do Outro, e não nos permite conhecê-lo. Vivemos numa arrogância infantil, numa sociedade que em muito terá que crescer e amadurecer e perceber que o sofrimento faz parte integrante da vida e não é para esconder. A Cruz não é para esconder, porque ela é sinal da nossa maior glória. Nós não controlamos nada, porque não somos donos de nada. Entender um Cristianismo só pela via da Ressurreição e deixar para trás a Paixão e a Morte, é reduzir o Cristianismo a nada. A vida cristã faz-se desta triologia: Paixão, Morte e Ressurreição. O problema é que parece que só queremos numa eterna Ressurreição. Porém para que essa eterna ressurreição aconteça é necessário a Paixão e a Morte e para isso crescer na fé também faz parte da nossa vida de todos os dias. Se isto for esquecido a História da nossa vida tratará de realizar os justos julgamentos...


jjmiguel