“Herodes tinha medo de João, pois
sabia que ele era justo e santo”. O evangelho deste dia convida-nos à meditação
do martírio de João Baptista. Este era visto como justo e santo por parte do
rei. Note-se que a geração do pecado não está em Herodes, mas na sua filha.
Aqui, o rei vê João com medo, não que ele tivesse medo de alguma coisa de mal
lhe acontecesse por parte de João, mas porque o rei acredita que a mensagem de
João era sincera e verdadeira. Numa leitura mais profunda, João aparece como o
profeta que proclama a vinda do Messias e, esta proclamação da vinda do Messias,
era geradora de desconfianças e de conflitos. Também toda a pregação de João se
centra não só, numa “pregação escatológica”, mas também numa pregação moral,
pois, a partir do evangelho nós sabemos que João apelava a uma correta atitude
moral e, foi esta pregação de uma correta ação moral, que levou João ao
martírio.
André Araújo