sexta-feira, 1 de maio de 2009

De 26 de Abril a 01 de Maio de 2009

Depois de mais uma semana em que tivemos a reflectir entre uns e outros, nas nossas conversas, os reflexos dos 35 anos de Abril, em que todos chegamos à conclusão que é necessário repensar o país, ou pelo menos houve uma sensibilização para tal junto dos cidadãos sobretudo no mais novos.
Neste momento, em que o mundo começa a dar sinais, mais que evidentes de ruptura é necessário continuar com a nossa consciência bem iluminada. Não podemos cair na alienação. Insisto nesta matéria pois considero que faz falta consciência e paciência nos vários sectores da nossa sociedade. É necessário, que o nosso tempo, não seja mais um tempo, mas um tempo que seja marcado pela mudança. A mudança que Abril começou.
Desta vez irei falar do que foi a semana pelo país e pelo mundo, já que na última semana dediquei o tema a 25 de Abril de 1974.
A semana começou com os ecos dos discursos proclamados na Assembleia da República, destacando-se o discurso de Sua Excelência, o Presidente da República em que apelou a uma maior concentração dos partidos na resolução dos problemas do país. Na verdade, olhamos hoje para o expectro político nacional e o que vemos é a inexistência de projectos, de alternativas ao futuro do país. Talvez porque o sistema e o regime demonstra sinal de desgaste ao nível de pessoas.
A nível internacional, a semana iniciou com os indícios de gripe suína que começou no México e alastrou a nível mundial, alastrando aos EUA e levando a OMS a alertar para riscos de pandemia. Na verdade, esperemos que não seja mais um daqueles alertas como a Gripe das Aves, BSE entre outras... (para meio entendedor...)
Na religião, ficou marcado pela canonização de S. Nuno de Santa Maria, em que o Cardeal-Patriarca de Lisboa declarou que o Estado ligou pouco à canonização. Nem o Estado, sendo laico, deveria emisquir-se. No entanto, ficaria bem, uma homenagem a um homem que elevou o nome de Portugal e que colocou sempre à frente dos seus interesses o país. E isso será de enaltecer nos tempos que correm. Quanto ao resto, fica para os cristãos reflectirem.
A semana prossegue com a gripe suína, com casos de mortos no México e suspeitas em três continentes. É a globalização... Não a queriam? Aí têm...
A nível nacional é a informação que a Caixa, o BES e o BPI estão em risco de perder 130 milhões de um empréstimo a espanhóis. Terá sido mesmo empréstimo? Com tantos casos de corrupção já se poderá suspeitar de tudo.
No futebol, o ópio do povo, o FC do Porto e o Benfica manterão as suas posições à 25ª Jornada da Liga.
Na diplomacia, são os contacto informais entre os EUA e Cuba que irão estar em cima da mesa. Na verdade, mais uma porta aberta da presidência Obama. Ao mesmo tempo que continua o alerta para a epidemia global da gripe mexicana, tendo a OMS aumentado o nível de alerta de pandemia. Será só fumaça...? A ver vamos...
Porém, ficamos a saber, em consequência das comemorações do 25 de Abril, que os ex-prisioneiros do Tarrafal, pediram para que a prisão fosse museu. Eu acho muito estranho que ex-prisioneiros façam este pedido... Mas enfim!
Para além disto, a semana, não só foi de balanço por cá, como também nos EUA e no mundo, com os 100 dias da presidência Obama. Na minha perspectiva ainda não supreendeu. Prometeu que fechava Guantánamo, fechou. Abriu o espaço diplomático com Cuba, já se esperava. Mandou julgar os agentes da CIA pelo abusos em Guantánamo, já se esperava. Acalmou os ímpetos mundiais contra os EUA, já se esperava. Duas questões que eu coloco são estas: de onde vem o dinheiro para a estimulação da economia americana? E, é Obama capaz de terminar com a Guerra do Golfo? Na verdade, não se estará a tapar o sol com a peneira? A minha convicção é que sim.
Depois dos apupos à Ministra da Educação, em Fafe, os alunos irão ser interrogados sobre professores que estarão envolvidos na intentona. Que democracia-maravilha... Soube também por portas e travessas da utilização de uma imagens de alunos pelo PS para uma campanha do fabuloso "Magalhães" sem autorização das pessoas em questão. Assim se vai. "No pasa nada..."
Na economia a descida das taxas de juro está a demorar a chegar a quem tem empréstimo à habitação. Afinal, o BCE, o BdP expliquem de uma vez por todas o porquê desta situação. Já ninguém compreende. Expliquem...
No seguimento da semana mais um contributo científico. Na verdade, um desenvolvimento no estudo do autismo, em que segundo os especialistas é a má comunicação das células que poderá explicar o autismo. Mais um contributo, para a desmistificação do autismo que assola ainda alguns cidadãos.
A nível nacional, os partidos irão aumentar em 55 vezes o valor do que podem receber em dinheiro vivo. Esta matéria suscita-me uma dúvida: como andam as finanças dos partidos políticos em Portugal? Todos os militantes pagam quotas?
Continua o alerta no ar com a OMS a dizer que a pandemia está iminente e com um bebé nos EUA a ser a primeira vítima mortal fora do México. Mas, afinal, porque é que andam a aterrorizar as pessoas?
A semana vai terminar com um ataque inesperado contra a família real holandesa que causou cinco mortos, saindo a família real ilesa. Ao que parece o atacante teria ficado desempregado, sem casa, etc... No entanto, teremos de analisar esta situação de uma outra forma. A História irá fazer o seu julgamento.
No dia em que escrevo, 01 de Maio de 2009, final de uma semana e Dia Internacional do Trabalhador fica esta notícia que eu seleccionei do jornal "Público", para marcar este dia e que se refere ao nosso país, passo a citar: "Uma crise que fez aumentar 20 vezes o número de trabalhadores com contratos suspensos, em que de Janeiro a Abril triplicou o número de processos de lay-off abertos". Além disso não quero esquecer neste dia, os recém-licenciados, os jovens-desempregados, os trabalhadores a recibo verde, o trabalho precário e todos os desempregados, não esquecendo uns quanto que estão na iminência de passarem para este estado de situação. São só alguns termos-chave para este dia.
No entanto, quero lembrar, aqui, a todos aqueles que neste momento enfrentam a palavra desemprego, que há que ser optimista e não baixar os braços. Não podemos parar de lutar, não podemos desistir. Esta é a nossa "guerra colonial" e temos de agarrar, serrar os dentes porque havemos de conseguir. Se a geração de 1974 conseguiu, nós também conseguimos.

Sinais do tempo...




Títulos do jornal "Público" de 26 de Abril a 01 de Maio de 2009