"Lançando luz sobre o apostolado da mulher em união e sob a direcção do apostolado sacerdotal.
Deixei-me guiar pelo que sempre me dizia o meu director espiritual: "Antes de iniciar alguma obra, assegura-te um grupo proporcional de almas que rezem e, se necessário, se imolem para essas obras; se quiseres que sejam vitais."
Vós tendes uma missão fundamental e vital, escondidda como as raízes, mas que alimenta o tronco, os ramos, as flores, as folhas, os frutos.
Jesus-Sacerdote e Maria sua Mãe estão sempre unidos na economia da redenção, e por isso ficam sempre unidos na economia da graça: Maria permanece até ao fim dos séculos a medianeira e a distribuidora da graça.
Maria deu-nos Jesus, o Divino Mestre, sacerdote e hóstia: Jesus é a flor da Virgem Mãe.
Da vossa oração "enviai bons operários para a vossa messe" devem surgir muitos sacerdotes para a Pia Sociedade de S. Paulo e para a Igreja. Fazei, por isso, um apostolado de vida interior, desejos, oração, sofrimento, como Maria. Com o vosso trabalho, a procura de ofertas, o serviço aos aspirantes ao sacerdócio, o zelo exercido de acordo com a vossa condição, dais muita ajuda às vocações. Queria ter muitas de vós! E que cada uma frutificasse para a Pia Sociedade de S. Paulo e para a Igreja um alter Christus, um sacerdote.
O sacerdote depois deve viver e operar.
Jesus cumpriu a sua missão; e Maria cumpriu na casa de Nazaré a tarefa dela em relação a Jesus; depois, durante a vida pública, a paixão e morte de Jesus, ainda a sua tarefa de oração. Depois da morte e ressurreição de Jesus, cumpria ainda a sua tarefa tanto em relação ao Cristo, como em relação ao seu corpo místico, que é a Igreja.
Continuareis, portanto, o vosso trabalho, a vossa oração pelo sacerdote activo, pelo sacerdote doente, pelo sacerdote defunto; e tereis uma participação especial nos frutos das missas, orações e apostolado do sacerdote.
Jesus Cristo não só está presente no mundo pelo seu corpo místico; mas está presente fisicamente, vere, realiter, substantialiter no sacrário. Da missa, da presença real, da comunhão viva deriva todo bem na Igreja, nas almas; toda a água, como nascente que se expande, toda a linfa que sobe nos sacramentos e sacramentais. As almas devem chegar a esta fonte, à união com Jesus; o restante é meio. Devemos impetrar tudo, com a alma eucarística de Maria, de Jesus, Divino Mestre, presente na Hóstia Santa.
Eis a vossa tarefa junto ao sacrário.
Lâmpadas vivas diante de Jesus eucarístico;
Vítimas com Jesus: as imolações são parte do vosso apostolado;
Servas de honra do sacrário e do seu divino Morador;
Anjos da Eucaristia que recebem e repartem;
Almas que têm fome e sede do pão eucarístico e da água da sua graça;
Corações que partilham com o Esposo eucarístico os desejos, as finalidades, os abandonos para todos, mas especialmente para a pessoa mais querida do seu coração: o sacerdote.
As confidentes primeiras de Jesus Hóstia, para escutar toda a sua palavra de vida e meditá-la, como Maria, no vosso coração.
O Divino Mestre olhe para vós com olhos de predilecção; ensine-vos os seus caminhos; infunda em vós a alegria da vocação; viva em vós ne plenitude da sua virtude.
Tende fé, não duvideis; este Jesus é infinitamente fiel às suas promessas.
Maria falou de Jesus aos apóstolos e aos evangelistas: dela, dizem os Padres, São Lucas aprendeu o que, depois, contou da vida privada de Jesus: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento, o acontecimento do encontro no templo, a submissão e o progresso na idade, sabedoria e graça de Jesus em Nazaré.
Eis por que vos está reservado também um apostolado litúrgico-eucarístico: Ao ter a alma repleta de Jesus-Hóstia, como poderíeis cumprimir no coração e oculatr sempre a vossa fé, a vossa esperança, o vosso amor? Expressá-los-eis, manifestarei e difundireis de acordo com a vossa vocação. A maneira vós a concretizastes no conjunto daquelas iniciativas que com palavra sintética já é chamado domus Dei."
Pe. Tiago Alberione, in Abundantes Divitiae Gratiae Suae, [280-290]