domingo, 29 de maio de 2016

No IX Domingo do Tempo Comum

“Mas diz uma palavra e o meu servo será curado.” O relato do evangelista Lucas é precioso e todo ele está mergulhado no sentimento da esperança. O centurião romano buscava curar o seu servo que estava doente. Neste centurião estamos nós que buscamos a paz e a serenidade para os nossos conflitos interiores. Com certeza que a resposta está em Jesus. A quem buscamos? Ele tem palavras de vida eterna. E nós temos sede de vida. Notai a fé deste centurião. Na verdade ele não queria que Jesus fosse a sua casa, pois bastava-lhe a palavra de Jesus para que o seu servo fosse curado. O centurião tinha consciência da sua fragilidade, em bom rigor tinha vergonha do seu pecado e da sua miséria, e por isso não queria que o Deus da Vida entrasse na sua casa, mas percebe que só este Deus pode derramar sobre ele a Sua graça. Foi exactamente para os débeis e frágeis que Deus se fez um de nós, tornando-se também Ele frágil como nós. Em profundidade é a fé que nos move, que nos faz acreditar que tudo é possível na vida em Deus. Por outro lado, é o Amor que é gerador desta vida, desta esperança. Jesus é a nossa esperança. Depositamos em muitas coisas a nossa esperança, mas esquecemos de colocar totalmente a nossa esperança Naquele que é a Luz, a Paz, a Justiça, a Alegria. Jesus bem sabia o que este centurião e o seu servo necessitavam. Jesus entra pelas nossas casas, ausculta bem o nosso interior e sabe bem do que necessitamos. Por isso é necessário que estejamos de coração aberto à Sua altíssima vontade e só Nele nos possamos confortar quando fazemos as experiências de deserto. Quando o caminho da nossa vida atravessa a noite-escura. Mas da noite, vem o dia, da morte, surge a vida, e por isso a nossa vida cristã terá que ser esperança centrada em Jesus Cristo. Não deixemos que as vozes do mundo nos mergulhem em verborreias, quando um só Verbo é eficaz. O Verbo que se fez carne e habitou entre nós.

jjmiguel