terça-feira, 21 de junho de 2016

Terça-feira da XII Semana do Tempo Comum

“Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas”. Um dia pensei que devia ajudar toda a gente, porque achava que toda a gente precisava de ajuda. E é correcto pensar assim, porque todos somos filhos e logo irmãos no mesmo Deus e Pai que está acima de tudo e de todos. Porém, a certa altura perguntava-me até que ponto nos devemos entregar e dar? Porém, cheguei à conclusão que nos devemos dar de graça o que de graça recebemos ilimitadamente, no entanto que uma ressalva: é que existe quem necessite de ajuda, mas quer a nossa ajuda para nada, porque ao fim e ao cabo, não quer sair do seu espaço de conforto. Nestes casos, pergunto-me até que ponto devemos ajudar, porque muito provavelmente estaremos a dar pérolas a porcos, porque o comodismo e a cegueira poderá ser tão grande que há quem não veja a mão de Deus mesmo diante dos seus olhos e nestes casos, não podemos insistir, porque poderemos estar a desperdiçar forças. Vivemos hoje num mundo em que vivemos nos nossos espaços de conforto e de lá não queremos sair, porque nos é seguro. Se não saímos dos nossos espaço de conforto, então o que andamos a fazer e que mundo queremos contruir? A construção de uma civilização do Amor só se fará com a saída dos nossos espaços de conforto e ir ao encontro e prestar ajuda a quem de facto necessita, porque cuidado poderemos estarmos a gastar forças desnecessárias para o anúncio do Reino.


jjmiguel