sábado, 30 de julho de 2016

Sábado da XVII Semana do Tempo Comum

“O rei ficou consternado.” Herodes ouviu falar da fama de Jesus e no seu interior emergiu os remorsos de ter mandado decapitar João Baptista. A verdade é que Herodes tinha apreço por João Baptista, mas Herodes vivia amancebado com a mulher do seu irmão, e esta não gostava de João Baptista, porque este denunciava tal facto. No momento em que Herodes podia ter evitado a morte de João Baptista ele para não ficar envergonhado diante da sua mulher e dos convidados, mandou decapitar João Baptista. Vem isto a propósito, porque tal como Herodes hoje na nossa sociedade vivemos este problema de identidade. Temos vergonha daquilo que somos. Em boa verdade, temos vergonha de dizer que somos cristãos porque em alguns dos casos temos medo de ser injuriados, ou até de outro tipo de retaliações. Temos vergonha de dizer que seguimos Jesus Cristo e que defendemos a Vida, a Esperança e que acreditamos na Ressurreição. Temos vergonha da Cruz e remetemo-la para segundo plano. Mas a nossa vida cristã é a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus. Uma vida cristã sem esta “triologia” é uma vida cristã mundana e sem espírito, porque não tem nada que lhe dá sentido. Como dizia ontem e reitero: ou somos Cristãos, ou não somos Cristãos. Muito francamente, há uma linguagem que cada vez mais faz sentido na Igreja: a linguagem do “sim” e do “não”. A Igreja não tem de ter medo de perder gente porque é exigente, a Igreja tem de fazer valer no Mundo a vida de Jesus Cristo e isso significa dizer que “sim” e dizer que “não”, quando terão que ser ditos. Uma linguagem de “nin’s” é que não pode existir na Igreja. Para meio entendedor meia palavra basta...

jjmiguel