segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Segunda-feira da XXIII Semana do Tempo Comum - Lc 14, 25-33

“Os escribas e os fariseus ficaram furiosos.” Jesus é notado na sinagoga onde irá curar um paralítico em dia de sábado. Há duas perspectivas neste evangelho que não quero deixar passar pela superfície. Por um lado temos a figura do paralítico que representa o nosso pecado, que representa todas as nossas doenças interiores e que não nos deixam caminhar para Deus e para a Luz. Por outro lado, temos os fariseus e os escribas que ficaram cheios de raiva, porque Jesus tinha curado um paralítico em dia de sábado. O sábado para os judeus é dia sagrado e como tal deve ser respeitado. A pergunta que salta ao espírito é esta: temos dias estipulados para praticar o Amor? Não há dias para praticar o Amor, porque todos os dias são dias de Graça e de Vida. Vivemos hoje numa sociedade em que tudo tem regras, até existem regras para praticar o Amor, por isso a nossa vida é muitas vezes um quebra-cabeças e por isso quando somos confrontados com o Amor muitas vezes ficamos como estes escribas e fariseus. O Amor causa revolta, sobretudo a quem não o vive no seu coração. Na verdade, para vivermos no Amor é preciso que bem dentro de nós não existam tempestades nem guerras, mas antes a paz e a concórdia. Saibamos viver no Amor, para que brote a Vida, a Esperança e a Coragem de fazermos do nosso quotidiano esta Cidade de Deus, onde todos têm espaço.


jjmiguel