“Os
escribas e os fariseus ficaram furiosos.” Jesus é notado na sinagoga onde irá
curar um paralítico em dia de sábado. Há duas perspectivas neste evangelho que
não quero deixar passar pela superfície. Por um lado temos a figura do
paralítico que representa o nosso pecado, que representa todas as nossas
doenças interiores e que não nos deixam caminhar para Deus e para a Luz. Por
outro lado, temos os fariseus e os escribas que ficaram cheios de raiva, porque
Jesus tinha curado um paralítico em dia de sábado. O sábado para os judeus é
dia sagrado e como tal deve ser respeitado. A pergunta que salta ao espírito é
esta: temos dias estipulados para praticar o Amor? Não há dias para praticar o
Amor, porque todos os dias são dias de Graça e de Vida. Vivemos hoje numa
sociedade em que tudo tem regras, até existem regras para praticar o Amor, por
isso a nossa vida é muitas vezes um quebra-cabeças e por isso quando somos
confrontados com o Amor muitas vezes ficamos como estes escribas e fariseus. O
Amor causa revolta, sobretudo a quem não o vive no seu coração. Na verdade,
para vivermos no Amor é preciso que bem dentro de nós não existam tempestades
nem guerras, mas antes a paz e a concórdia. Saibamos viver no Amor, para que
brote a Vida, a Esperança e a Coragem de fazermos do nosso quotidiano esta
Cidade de Deus, onde todos têm espaço.
jjmiguel