«Creio na remissão dos pecados»: O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no
perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e
na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que
Cristo ressuscitado lhes transmitiu o Seu próprio poder divino de
perdoar os pecados: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes
os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes,
ser-lhes-ão retidos» (Jo 20, 22-23).
«Um só Baptismo para a
remissão dos pecados»: Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao
Baptismo: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa-Nova a todas as
criaturas. Quem acreditar e for baptizado será salvo» (Mc 16, 15-16). O
Baptismo é o primeiro e principal sacramento do perdão dos pecados,
porque nos une a Cristo, que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou
para a nossa justificação, a fim de que «também nós vivamos numa vida
nova» (Rm 6, 4). «No momento em que fazemos a nossa primeira profissão
de fé, ao receber o santo Baptismo que nos purifica, o perdão que
recebemos é tão pleno e total, que não fica absolutamente nada por
apagar, quer da falta original, quer das faltas cometidas de própria
vontade por acção ou omissão; nem qualquer pena a suportar para as
expiar [...]. Mas apesar disso, a graça do Baptismo não isenta ninguém
de nenhuma das enfermidades da natureza. Pelo contrário, resta-nos ainda
combater os movimentos da concupiscência, que não cessam de nos
arrastar para o mal» (Cat. Rom).
Neste combate contra a
inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e vigilante para
evitar todas as feridas do pecado? «Portanto, se era necessário que a
Igreja tivesse o poder de perdoar os pecados, [...] era necessário que
fosse capaz de perdoar as faltas a todos os penitentes que tivessem
pecado, até mesmo ao último dia da sua vida» (Cat. Rom.). É pelo
sacramento da Penitência que o baptizado pode ser reconciliado com Deus e
com a Igreja. [...]
Não há nenhuma falta, por mais grave que
seja, que a santa Igreja não possa perdoar. «Nem há pessoa, por muito
má e culpável que seja, a quem não deva ser proposta a esperança certa
do perdão, desde que se arrependa verdadeiramente dos seus erros» (Cat.
Rom.). Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na Sua Igreja as
portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do
pecado.
in evangelhoquotidiano.org