Vivemos de tantos medos na nossa vida, que esses medos nos levam ao cansaço e à descrença. Temos a sensação que Jesus vai a dormir à popa do barco. E nós cheios de medo nas tempestades da nossa vida. É tempo de acreditar que Jesus mesmo que tenhamos a sensação que Ele está a dormir, Ele está connosco. Do que temos medo? É tempo de acreditar que há um outro mar e que é preciso nos fazer ao largo, avançar e caminhar. Gostaria de tomar as palavras do recém-eleito presidente português, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, de que é necessário ir à busca de todos aqueles que vivem nas periferias da nossa sociedade. É exactamente também isto que defende o Papa Francisco. Porém, o importante é sairmos mesmo em busca de todos esses que estão nas periferias, e por isso é preciso deixarmos as palavras e irmos à acção. Por conhecimento de causa, foi isto que fez o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Saiu do seu comodismo e foi às periferias. Testemunhei por duas ou três vezes o seu empenho em aparecer em eventos, conferências e em outras causas. Uma verdadeira maratona e missão de se dar e entregar-se a um país. Com objectivos eleitorais ou não, certo é que partiu, sozinho e em missão. E falo por conhecimento de causa. Sei que a campanha eleitoral já terminou e também sei que o Povo foi quem mais ordenou. Mas sei que a vitória eleitoral do Prof. Marcelo foi a entrega a uma causa e a uma missão com um nome: Portugal! Estamos, na verdade, cheios de palavras bonitas. É preciso deixarmos cair os nossos medos, entregarmo-nos a esta causa que é a causa da mensagem da Vida que se espelha no Evangelho e seguirmos, sem medo, nesta missão. Sinceramente não percebo a raiva da Esquerda e da sua "colagem" a ideais que estão provados pela História que são obsoletos. Ir às periferias da nossa sociedade é este o objectivo que nos deve congregar a todos de todas as formas possíveis e deixarmos cair os preconceitos ideológico-políticos, os preconceitos religiosos, os preconceitos sociais. Não é hora de nos ficarmos pela mesquinhez, pelos nossos medos. É hora, é tempo de acreditar que para além da política, da economia, é tempo de união, seja em Portugal, seja no Mundo e partirmos. Tenho conhecimento de pessoas que passam a vida a queixar-se, do país, do Mundo, de tudo e de todos, mas depois nem vão votar, passam a vida a manifestar-se, a fazer greves, para eles tudo está mal e acho que até eles estão mal. Pergunto a essas pessoas: o que é que querem? Que trabalhem para eles? Não nos podemos ficar no nosso cómodo, atormentados nos nossos medos. Do que temos medo, ainda não temos fé, esperança e caridade...?
jjmiguel