“Quem
quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos.” O pecado é,
antes de mais, ofensa a Deus, ruptura da comunhão com Ele. Ao mesmo tempo, é um
atentado contra a comunhão com a Igreja. É por isso que a conversão traz
consigo, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, o que
é expresso e realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e
Reconciliação.Só Deus perdoa os pecados. Jesus, porque é Filho de Deus, diz de
Si próprio: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (Mc
2, 10) e exerce este poder divino: «Os teus pecados são-te perdoados!» (Mc 2,
5) (35). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder
aos homens para que o exerçam em seu nome. Cristo quis que a sua Igreja fosse,
toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua actividade, sinal e instrumento
do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue.
Entretanto, confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério
apostólico. É este que está encarregado do «ministério da reconciliação» (2 Cor
5, 18). O apóstolo é enviado «em nome de Cristo» e «é o próprio Deus» que,
através dele, exorta e suplica: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5,
20).
Do
Catecismo da Igreja Católica, nº 1440, 1441 e 1442