domingo, 30 de junho de 2013

No Domingo XIII do Tempo Comum

in paroquiadetarouca.blogspot.com
«Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.» 

As palavras de Jesus no Evangelho são muito claras.
Somos chamados à nossa vocação cristã, a vocação de seguir Jesus Cristo. Quantos de nós não passamos a vida a olhar para trás.
Seguir Jesus Cristo implica por isso deixar tudo e deitar as mãos ao arado. Sabemos que este deitar as mãos ao arado não é fácil. Importa por isso consolidar a nossa fé em Jesus Cristo.
Vivemos muitas vezes amarrados a pormenores da vida que não nos levam a lado nenhum e esse não é o caminho cristão. O caminho cristão passa por seguir o exemplo do Seu Mestre - Jesus Cristo. Seguir Jesus Cristo implica perdoar, amar e pacificar.
Causa um certo desconforto ver e ouvir cristãos tristes, amargurados com a vida. Gente que passa a vida a queixar-se, sem esperança. Se o Mundo vive um défice de esperança cristã é porque os cristãos se alienaram de dar esta esperança cristã.
"Deitar as mãos ao arado", seguir o Evangelho para Caminhar, Edificar e Confessar. Estas são as trê
s dimensões que os cristãos são chamados a testemunhar no Mundo.
Caso contrário, "não está apto para o Reino de Deus." O Reino de Deus que acontece aqui, hoje e agora...

josé miguel

sábado, 29 de junho de 2013

Na Solenidade de São Pedro e São Paulo, apóstolos

in peroladecultura.blogspot.com
A Igreja celebra hoje a Solenidade de São Pedro e São Paulo.
Pedro e Paulo duas colunas poderosíssimas que Deus escolheu para fazer erguer a sua Igreja.
Não se pode esconder algumas hipotéticas divergências em Pedro e Paulo, no entanto podemos retirar daqui para nossa reflexão a diversidade na Igreja. Porém, ainda que hipoteticamente Pedro e Paulo pudessem divergir em alguns aspectos, nunca a questão da unidade em torno da Pedra Angular - Jesus Cristo - foi abalada.
Ao longo destes dois milénios a Igreja tem passado por momentos de esplendor, mas também por momentos de grandes trevas. Mas o que incomoda e provoca é que apesar de muitas vezes na Barca de Pedro se viver dias de tempestade, ela permaneceu sempre a navegar sem naufragar. Qual o segredo?
Primeiro que tudo à que dizer que a Igreja não é uma instituição absolutamente humana, ela é de iniciativa divina. Olhar a Igreja exclusivamente de uma perspectiva humana é imensamente redutor. A Igreja é muito mais que homens. E por isso se mantém firme, ainda que os ventos a possam abalar.
Humanamente falando, desde inicio a Igreja é constituida por homens. Homens que erram, homens de bem, homens de mal, homens de paz. No entanto, humanamente mantém-se firme, porque ao contrário de vários Impérios e Reinos, Povos e Nações que ela ao longo destes dois milénios de História tem visto cair, a Igreja resolve os seus assuntos internamente. Não busca fora, o que terá que resolver dentro. Poderá levar tempo, mas resolve e quando resolve busca o equilíbrio equitativo.
Por isso, que as palavras do Nosso Mestre e Senhor a Pedro possam fazer eco neste dia:
"Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno nada poderão contra ela."


sexta-feira, 28 de junho de 2013

O caminho da Fé é difícil, Jesus não disse que era fácil...

«Pode uma criança nascer de um homem de cem anos?"
Na primeira leitura vemos como Abraão, coloca em causa a palavra que vem do Alto. No entanto Deus diz-lhe que lhe dará descendência. Abraão somos nós que tantas vezes no meio dos nossos problemas e tribulações da vida, falta-nos a Fé. A Fé de acreditar que a Deus nada é impossível. Por vezes pela nossa oração, parece que Deus se torna mudo. No entanto, a lógica de Deus não é a lógica humana e muitas vezes o que nos parece bom, pode não o ser para nós naquele momento. Tal e qual como os pais na sua relação com os filhos, muitas vezes é necessário uma chamada de atenção. No entanto não devemos deixar de acreditar, porque Deus é Pai, ama-nos e sabe bem do que necessitamos. Não nos preocupemos...
«Senhor, se quiseres, podes purificar-me.»
Este é um acto de Fé. Acreditar...
Na vida somos este leproso de que nos fala o Evangelho! Acreditar que é possível no meio da tribulação. Muitos de nós, por vezes, porque estamos cansados, porque não avistamos luz ao fundo túnel deixamos de acreditar, deixamos de ter Fé. Mas é necessária a perseverança, a paciência. Que nada nos turbe, porque Ele está connosco!
Como vivemos a nossa Fé no meio dos problemas da vida?
O caminho da Fé é difícil, Jesus não disse que era fácil...

josé miguel

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Edificar a casa

Edificar uma casa sobre a rocha. Um tema proposto para hoje pelas leituras.
Saber edificar com bons alicerces, sobre a rocha, para que caso venha uma tempestade seja uma casa resistente. Esta é sempre a finalidade de uma boa construção.
Pois bem, esta casa somos nós. A rocha firme Deus. Os alicerces a Fé.
Hoje queremos construir esta casa sem Deus, sem a Fé. E está à vista o que se está a passar. Muitas casas que estão pura e simplesmente a desabar perante este tornado da secularização.
Não podemos continuar a resistir a querer uma vida sem Deus. Uma vida sem Deus, é uma vida sem sentido. Saber em quem acreditar pela graça da Fé, é hoje urgente.
São Paulo diz: "sei em quem acreditei...", saibamos nós também dizer as mesmas palavras!
Aceitar Deus na nossa vida, é aceitar o que somos. Aceitar a nossa fragilidade humana e para isso é necessário da nossa parte um acto de humildade. Teremos nós essa humildade?
Deus está no meio de nós, Ele quer ficar hoje contigo na tua casa...
Aceita-O!

josé miguel

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.

«Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.(...) Pelos frutos, pois, os conhecereis.»
As palavras de Jesus para este dia...
Vivemos um tempo de gritos. Desde as manifestações no Norte de África, no Brasil, na Turquia, na Europa, assim como todos os dias somos bombardeados por um mundo de informação que não pára. Basta analisarmos as Redes Sociais a aí temos a amostra.
Mas de que vozes se tratam? Qual a sua qualidade?
Há muito lixo na Internet, mesmo no que diz respeito às coisas da Fé. É importante sabermos seleccionar o essencial. Concentrar o nosso espírito naquilo que nos possa fazer madurar a nossa Fé.
Em boa verdade, é necessário deixar que Jesus Cristo fale e não Lhe abafar a voz.
Sabemos que existe por aí muita gente que Lhe quer silenciar a voz, isto porque provavelmente tem medo que Jesus Cristo fale. No entanto Ele permanece, no silêncio do nosso coração. Saibamo-lo escutar...

josé miguel

terça-feira, 25 de junho de 2013

Do Beato João Paulo II, papa

Quem mata, com actos terroristas, cultiva sentimentos de desprezo pela humanidade, manifestando desespero pela vida e pelo futuro: nesta perspectiva, tudo pode ser odiado e destruído. O terrorista considera a verdade em que crê ou o sofrimento que padece tão absolutos, que legitimam a sua reacção de destruir inclusivamente vidas humanas inocentes. […] A violência terrorista é totalmente contrária à fé em Cristo Senhor, que ensinou os seus discípulos a rezar: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6, 12).


Na verdade, o perdão é antes de mais uma decisão pessoal, uma opção do coração que se opõe ao instinto espontâneo de devolver o mal com o mal. Tal opção tem o seu termo de comparação no amor de Deus, que nos acolhe apesar do nosso pecado, e o seu modelo supremo no perdão de Cristo que do alto da cruz rezou: «Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). 


O perdão tem pois uma raiz e uma medida divinas. Isto, porém, não exclui que se possa acolher o seu valor também à luz de considerações humanas razoáveis. A primeira delas deriva da experiência que o ser humano vive em si próprio quando comete o mal: apercebe-se da sua fragilidade e deseja que os outros sejam indulgentes para com ele. Deste modo, porque não fazer aos outros aquilo que cada um espera que seja feito a si próprio? Cada ser humano abriga dentro de si a esperança de poder retomar o percurso da vida sem ficar para sempre prisioneiro dos próprios erros e culpas. Sonha poder levantar de novo o olhar para o futuro, para descobrir novas perspectivas de confiança e de empenhamento.
in evangelhoquotidiano.org

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Na Solenidade do Nascimento de São João Baptista

in ecclesia.com.br
Neste dia a Igreja convida-nos a celebrar a Solenidade do Nascimento de São João Baptista.
Quem foi São João Baptista? São João Baptista foi aquele que segundo a tradição bíblica anuncia a chegada messiânica de Jesus e que depois acaba por ser martirizado às mãos do rei Herodes.
A João Baptista é lhe confiada a missão de anunciar a chegada de um tempo novo para a vida do Mundo.
"É necessário que eu diminua para que Ele cresça." (Jo 3) Palavras de João Baptista para nós hoje cristãos. Na verdade, é necessário que também nós sejamos anunciadores da chegada deste tempo novo na sociedade de hoje. É necessário saibamos diminuir para que brilhe o rosto de Cristo aos que não encontram sentido na sua, aos desamparados, aos fragilizados. Esse é o papel do cristão e não o podemos negar.
"Eu vos baptizo com água, (...) Ele vos baptizará com o Espírito Santo e com o fogo." (Mt 3, 11) Cristo que purifica, que renova e dá vida. Assim acontece com o baptismo em Cristo. Pelo baptismo somos novas criaturas, segundo São Paulo. O cristão, a exemplo de Jesus, tem o dever de ser neste momento concreto da vida do mundo sinal de vida e de esperança. Somos filhos da luz, não somos filhos das trevas.
Dizia ontem, no Angelus, o Papa Francisco que era necessário ir "contra a corrente". Diante de uma cultura que endeusa a morte, a nossa postura é pela vida, pela esperança e pela caridade.

josé miguel
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.
Mateus 3:11
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.
Mateus 3:11

domingo, 23 de junho de 2013

No Domingo XII do Tempo Comum

in sumateologica.wordpress.com
Na primeira leitura do livro de Zacarias relevo a frase "contemplarão aquele a quem traspassaram". O cristão contempla a Cruz, vive a Cruz, caminha com e na Cruz. Não podemos querer uma vida de felicidade plena sem passar pela Cruz. Na verdade, é essa a ideia que durante muito tempo nos tem sido dada. Uma vida facilidade e de felicidade. E não é assim... A vida vem-nos pela Cruz. Pela Cruz, "haverá uma fonte aberta para a casa de David e para os habitantes de Jerusalém, para a purificação do pecado e da impureza." Sem a Cruz não há vida e vice-versa. Foi pela Cruz que nos veio a vida, a ressurreição.
Importa por isso pensar a pergunta de Jesus aos apóstolos: "E vós, quem dizeis que Eu sou?" Falamos tanto de Jesus quer pela Teologia, pela Filosofia, pela História e demais Ciência, mas quem é Jesus para nós? Um revolucionário, um político, um reformador, um filósofo, um poeta? Certamente... Mas muito mais que isso, muito mais, muito mais... Conhecer este Jesus de quem tanto falamos implica segui-lO. E segui-lO implica diz-nos Jesus: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me", porque "quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la." É este o caminho Cristão e não há outro. Para quem pensa seguir Jesus, sem a Cruz, pode ser tudo, mas Cristão de nome não pode ser chamado.
Exactamente por isso, São Paulo diz-nos: "
todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé." Ser baptizado implica seguir Jesus com a Cruz, confessar a Cruz. E não podemos ter medo da Cruz. A Cruz confronta, choca, revoluciona, revolta. Mas Jesus é confrontação connosco próprios com a nossa realidade, pois vem ao nosso encontro, não para nos prender, mas para nos dar a liberdade. E é nesta liberdade que Paulo de Tarso afirma:  "não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus."
Por Cristo, nos vem esta Liberdade porque Ele nos toma em seus braços e nos conforta e por Ele é retomada a vida, a esperança, a fé e a caridade.

josé miguel

sábado, 22 de junho de 2013

Dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

Contemplação para alcançar o amor:

É melhor frisar primeiro que […] o amor consiste numa comunicação mútua. Isto é, o amante dá e comunica o seu bem ao amado […]; e da mesma forma, ao revés, o amado ao amante. […]


Como preâmbulo, pedir o que pretendo. Neste caso, pedir o conhecimento interior de todos os bens recebidos, para que, reconhecendo-os plenamente, possa amar e servir totalmente Sua Divina Majestade.


O primeiro ponto é trazer à memória as bênçãos recebidas: criação, redenção e dons particulares. Pesar com muito amor quanto Deus Nosso Senhor fez por mim, quanto me deu do que é seu; depois, que o Senhor deseja dar-Se a mim tanto quanto pode e segundo o seu divino desejo. Reflectir então em mim próprio e considerar racionalmente e com justiça que devo, por meu turno, oferecer e dar a Sua Divina Majestade todos os meus bens e eu próprio com eles, como alguém que faz uma oferta num grande amor: «Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho, tudo o que possuo. Vós mo destes, a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é Vosso, disponde segundo a vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e a vossa graça, que isso me basta.» 
in evangelhoquotidiano.org

sexta-feira, 21 de junho de 2013

"Se é mesmo preciso gloriar-se, é da minha fraqueza que me gloriarei."

As palavras de São dirigidas aos Coríntios são bastante fortes.
Paulo passa todas as tribulações. Tudo por uma causa - o Evangelho de Jesus Cristo. E nós cristãos, todos nós que fomos baptizados um dia, que temos na nossa testa esse sinal que marca o acontecer de Deus em nós, que fazemos nós pelo Evangelho. Queremos ser cristãos, sem confessar a Cruz. Queremos ser Cristãos sem a Cruz. Mas é pela Cruz que somos Cristãos. Pela Cruz nos advém a vida e a esperança.
"Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam." Palavras de Jesus...
Vivemos muito precupados com o que temos, com o que deixamos de ter, para onde vamos, como vamos, como vivemos. Um mundo de aparências, em que tudo são superficialidades, felicidades falsas e passageiras. O que é isso tudo com a glória que nos está prometida?
Uma coisa só nos basta: Deus! Porque "se é mesmo preciso gloriar-se, é da minha fraqueza que me gloriarei."
Não percamos tempo no nosso Fado e sigamos em frente com Fé, Esperança e Caridade...

josé miguel

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Num caminho de busca

"Pois de boamente aceitais alguém que surge a pregar-vos outro Jesus diferente daquele que nós pregámos, ou acolheis um espírito diferente daquele que recebestes, ou um Evangelho diverso daquele que abraçastes."
São Paulo, por estas palavras dirigidas à Comunidade de Corinto, faz a ponte entre a sua época e a nossa época. Na verdade, vagueando  um pouco por algumas livrarias, chamam a atenção os livros de auto-ajuda, bem como livros de outras espiritualidades. Um sinal evidente que o Homem actual por mais que renegue Deus e o remeta para segundo plano procura algo em ordem a um caminho de ascese interior. No outro dia lia um comentário na Facebook que passo a citar: "O homem por mais que afirme o seu ateísmo, tem sempre tendência para acreditar em alguma coisa." Vivemos actualmente o "matei Deus" de Nietzsche. No entanto, buscamos aqui e ali uma resposta para o problema da vida e da morte, do sofrimento, da dor. Algo que o Homem sempre fez da sua origem.
Mas ainda bem que mantém este seu caminho de busca. Na verdade, o problema de hoje é que temos hoje um Homem com dados adquiridos, ou seja, vive porque vive, morre porque tem de morrer, sofre porque tem de sofrer. O caminho da indiferença religiosa, terrivelmente e colossalmente pior que o caminho do ateísmo.
Voltar-mo-nos para o Alto é a resposta a este caminho de busca....

josé miguel

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Testemunho precisa-se...

As leituras de hoje poderão converter-se numa exortação: dar de graça o que de graça recebemos, para que tudo seja para a maior glória de Deus.
A cada um de nós é nos concedida uma graça que devemos ter a obrigação de a colocar ao serviço da sociedade. Não podemos esconder esse esplendor que nos foi dado por Deus. Se fomos capacitados então que possamos colocar essas capacidades ao serviço dos irmãos.
Porém Jesus no Evangelho é bastante claro nas suas palavras. Qualquer nossa acção que seja uma acção do interior e não uma acção para exteriorizar. Se temos que demonstrar Jesus Cristo aos outros, não somos nós que temos que brilhar, é Cristo que tem de brilhar em nós. A passagem do Evangelho é uma chamada de atenção para nós Cristãos. De que me vale orar, para que todos vejam que rezo, se a minha vida como cristão não espelha a minha oração. De que me vale a minha esmola, se quando sou chamado a acolher um doente, um estrangeiro, um pobre, uma criança, um idoso eu o menosprezo.
Como cristãos, somos chamados a viver a nossa vida exterior, com a vida interior que levamos. Uma vida de serviço aos outros, de oração a exemplo de Jesus Cristo. No fundo, para Ele cresça e nós possamos diminuir. Testemunho precisa-se...

josé miguel

terça-feira, 18 de junho de 2013

Se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário?

Na primeira leitura de hoje, São Paulo exemplifica aos cristãos de Corinto de como as comunidades da Macedónia que "no meio das muitas tribulações com que foram provadas, a sua superabundante alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de generosidade." Além deste exemplo ser em especial escrito num contexto de uma época para uma comunidade especifica é também para nós hoje. Também, nós, cristãos hoje nos nossos ambientes experimentamos muitas provações e tribulações. Mas não podemos desaminar, porque "tudo podemos Naquele que nos conforta." A verdade é que por vezes, porque pequenas coisas desanimamos e até em alguns casos perdemos a Fé. Mas é necessário centrar todas as nossas forças no essencial da nossa Fé - Jesus Cristo.
A este respeito o Evangelho tem duas ideias que gostaria de partilhar:  "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem." Pensarão e com razão: "Isso é impossível!" Mas Jesus dá a resposta: "se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário?" Esta é na verdade uma realidade da radicalidade evangélica: amar os nossos inimigos! Poderá parecer aos olhos humanos matéria impossível, mas a verdade é que se somos Cristãos, são palavras que nos têm que fazer interpelar. E na verdade, há hoje toda uma dimensão que terá de deixar de existir: um mundo a preto e a branco... Dirão que é impossível, pois eu digo que não! A partir do momento que a Mente, a Vontade e o Coração sejam redireccionadas para esta viver!
Porque se amamos, os que nos amam que fazemos de novo?
E aqui está a Revolução...

josé miguel

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.

As palavras de São Paulo e de Jesus nas leitura valem a pena serem citadas, porque não merecem qualquer comentário adicional:
Não damos em nada qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado. Ao contrário, em tudo nos recomendamos como ministros de Deus, com muita paciência nas tribulações, nas necessidades e nas angústias, nos açoites e nas prisões, nos tumultos e nas fadigas, nas vigílias e nos jejuns, pela pureza e pela ciência, pela magnanimidade e pela bondade, pelo Espírito Santo e pelo amor sem fingimento, pela palavra da verdade e pelo poder de Deus, pelas armas ofensivas e defensivas da justiça; na honra e na desonra, na má e na boa fama; tidos por impostores e, no entanto, verdadeiros; por desconhecidos e, no entanto, bem conhecidos; por agonizantes e, no entanto, eis-nos com vida; por condenados e, no entanto, livres da morte; por tristes, nós que estamos sempre alegres; por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo. 
As palavras do Nosso Mestre e Senhor complementam: 
Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.

 É este o nosso dever, a nossa obrigação, o nosso dever de Cristãos. Vivemos assim?

josé miguel

domingo, 16 de junho de 2013

No Domingo XI do Tempo Comum

in sempresosmaria.blogspot.com
Celebramos hoje o Domingo XI do Tempo Comum.
Como habitualmente a Igreja sugere-nos três leituras para a celebração da Eucaristia.
A Primeira leitura retirada do Segundo Livro de Samuel fala-nos das graças que Deus ao longo da vida do rei David foi-lhe concedendo e de como este, em seguida não foi fiel à Palavra divina. No entanto, Deus no Seu infinito Amor perdoou-lhe. Somos chamados assim ao perdão.
No Evangelho, relata-nos um episódio em que durante Jesus um jantar para o qual tinha sido convidado em casa de um fariseu, para choque de todos, perdoa à mulher que lhe lava o pés.
Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz-nos que fomos salvos pelo Amor. Não são meras palavras que nos salvam, é a nossa vida. Viver Cristo.
Somos assim exortados a fazer uma introspecção ao perdão. Num momento em que vivemos uma profunda crise nas nossas relações será necessário saber como perdoamos. Saber perdoar, saber amar. O Amor pressupõe o perdão.
Por vezes, nas nossas relações há acontecimentos que nos causam imenso mal-estar, em alguns casos de pessoas que não esperamos. Mas como gerimos na nossa Mente, na nossa Vontade, no nosso Coração esses acontecimentos.
Nesses acontecimentos, somos exortados a perceber o Outro, a ir ao encontro do Outro. Em muitos dos casos ficamos no nosso orgulho e na nossa soberba. Na verdade, é necessário cair do nosso cavalo e sermos os primeiros a dar a mão.
E na verdade, " porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama."
Saibamos amar, saibamos perdoar...

josé miguel


sábado, 15 de junho de 2013

Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não.

Na primeira leitura de hoje São Paulo, na sua carta aos Coríntios, chama-nos à nossa condição de embaixadores. E somo-lo de facto, porque somos de Cristo e se somos de Cristo o nosso comportamento, a nossa atitude perante a vida é ser sinal e testemunho. Testemunhar que Ele morreu e ressuscitou por nós. E aqui está a Revolução do Cristianismo. Nos primeiros tempos os cristãos eram acusados de acreditar num homem que tinha sido morto como um assassino numa Cruz e que tinha ressuscitado. Que coisa louca...
Pois bem, hoje esta acusação perdura... Na Cruz está contido um grande mistério à mente e à condição humana - o mistério do Amor...
"Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal." Assim nos fala Jesus no Evangelho. Não somos cristãos mornos. Numa analogia, como podemos dizer eu defendo isto, eu defendo aquilo, se depois a nossa vida em nada corresponde ao que defendemos.
Ser Cristão significa, confessar a Cruz, confessar a Ressurreição e tudo o que não seja isto é outra coisa, mas não Cristianismo.
Se o Mundo, tem sede do Evangelho, é porque nós Cristãos, provavelmente não temos cumprido a nossa missão de emabixadores. Sejamos então embaixadores de Cristo...

josé miguel

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Nós trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro


Através deste vídeo retirado da Youtube, executado pelo "Grupo das Terças" fica o meu comentário às leituras deste dia...

josé miguel

quinta-feira, 13 de junho de 2013

"Aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência."

in santo-antonio.webnode.pt
A Igreja convida-nos hoje a celebrar o grande Santo António, para uns de Lisboa, para outros de Pádua. Da minha parte prefiro que ele seja da Igreja e para a Igreja.
Da vida dos santos, somos convidados a contemplar a sua vida, o seu exemplo, a sua forma de viver do Evangelho. Muito mais que venerar as imagens nos altares, é necessário saber quem foram. E é isso que a Igreja nos convida. Certo é, que em torno de vários santos, existe toda uma religiosidade popular que será conveniente respeitar, assim nos fala Paulo VI na Exort. Apost. "Evangelii Nuntiandi".
Da vida de Santo António podemos retirar esta frase do Livro de Ben-Sirá: "aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência." Meditar a Palavra, deixar que Ele nos inunde o espírito, para depois vivê-la na nossa vida e ser testemunho de Jesus Cristo morto e ressuscitado.
Em bom rigor para que sejamos Sal da terra e Luz do Mundo. Os cristãos devem ser sal, para que com a sua vida possam dar sabor à vida. Por isso a alegria de Cristo deve irradiar a vida dos Cristãos. Luz do mundo, para que possam ser colossais tochas num mundo às escuras pelo secularismo, indiferentismo, um caminho até Deus, por Jesus Cristo.
E na verdade, foi isto que fez Santo António. Que possamos com o seu exemplo caminhar em santidade e graça...

josé miguel

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Lei existe, não para prender o Homem, mas para o libertar.

Na primeira leitura de hoje, São Paulo aos Coríntios fala-nos de como há muita mais vida para além da Palavra. "a letra mata, mas o Espírito dá vida." Vivemos muitas das vezes agarrados a palavras, a cânones, a dogmas. Mas há todo um espírito, há toda uma vida para além de palavras. O que é a palavra sem a vida? O que é a fé sem obras? Porque em bom rigor porque por Jesus Cristo fomos justificados perante Deus, e a nossa glória advém dessa mesma justificação. E "se o que era passageiro foi glorioso, muito mais glorioso será o que é permanente." É necessária a vida, é necessária a esperança, é necessária a fé, é necessário o Amor.
in glugu.com

E assim, no Evangelho, Jesus diz-nos: "não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, mas completar." Na verdade, uma frase que vem a propósito. Ser cristão, não é ser dogmático, muito menos reger-se por canônes. Sabemos que existem alguns cristãos que poderão viver assim, à boa maneira da cultura da época de Jesus. Quem na verdade vive assim conhece pouco do Cristianismo. A Lei existe, não para prender o Homem, mas para o libertar. O Cristão é pela Lei, mas pela Lei que possa libertar o Homem do seu sofrimento e que lhe possa dar vida. Libertar o Homem do seu pecado.
Percebemos assim, a importância do sacerdócio comunitário do Cristão. E em boa verdade, podemos ser Leigos, Diáconos, Padres, Bispos, Cardeais e Papa, senão conseguimos passar mais além que a Palavra em si, como podemos ser testemunho de Jesus Cristo.
A Palavra serve a vida, não a vida ao serviço da Palavra, porque na Palavra deve haver vida.

josé miguel

terça-feira, 11 de junho de 2013

Somos Cristãos com a Cruz e com a Ressurreição

Na primeira de leitura de hoje, São Paulo aos cristão de Corinto diz algo muito importante e que deve servir para o nosso viver de Cristãos: "Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que nós pregámos entre vós, não foi sim e não, mas foi sempre um sim." E por isso o nosso viver em Jesus Cristo deve ser sempre um sim ou um não. Os cristãos não podem ser gente de "nim's". Temos entre nós quem tenha medo de assumir Jesus Cristo em sua vida. Somos Cristãos com a Cruz e com a Ressurreição.
De outra forma a coisa não vai...
in hildaferreira.com.br
No Evangelho de São Mateus complementa este sentido. Jesus diz-nos: "Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens." Aqui está o que temos de ser no mundo. Ser sal, a fim de temperar equilibradamente a sociedade e a humanidade. Se estamos em crise é porque como Cristãos não estamos a ser nem sal, nem luz. Podemos ser tudo, mas não estamos a ser nem sal, nem luz.
Nestes tempos é pedido a mim, a ti (que me lês) que sejas Cristão de Sim, para que possas ser Sal e ser Luz! Testemunha com a tua vida Jesus Cristo, com o teu sofrimento, com a tua alegria! Ele está contigo!
Não tenhas medo...

josé miguel

segunda-feira, 10 de junho de 2013

"Temos pois uma firme esperança em vós"

Depois da Solenidade de Pentecostes, da Solenidade da Santíssima Trindade, da Solenidade do Corpo de Deus e do Sagrado Coração de Jesus, entramos num tempo novo para a Igreja - o Tempo Comum. O tempo em que somos convidados a ser testemunho da Ressurreição do Senhor, depois de termos contemplado o dia de Pentecostes.
Neste tempo somos chamados a sair do nosso cenáculo e estarmos e vivermos no mundo. Os cristãos não podem estar no mundo e viver completamente alienados do se passa à sua volta.
Razão tem o Papa Francisco quando afirma que os cristãos devem estar na Política. E se a Política está suja é porque os cristãos não estão lá, e se estão não se nota a sua presença. Falamos de Política, mas podemos falar de Economia, da Cultura entre outros sectores da sociedade.
Há por aí quem se assuste quando se diz que "os cristãos devem estar na política". Mas não se pode ter medo. Há muito tempo que faz falta ouvir-se novamente uma expressão: "militância cristã". Não falamos de um partido político, nem muito menos em movimentos revolucionários, tão somente em que cada cristão seja Cristão no seu ambiente quotidiano, e claro está, isto implica todos os sectores da Sociedade incluindo a Política.
Se assim não fôr, como podemos viver as "bem-aventuranças" que hoje nos são ditadas pelo próprio Jesus Cristo?

josé miguel

domingo, 9 de junho de 2013

No Domingo X do Tempo Comum

Deus visitou o seu Povo. O Deus da vida está entre nós. Duas frases que podemos ter em conta ao ler as leituras para este Domingo.
Na primeira leitura do Primeiro Livro dos Reis é nos relatado como Deus, através do profeta Elias devolve a vida ao filho da dona da casa onde estava hospedado. "agora eu sei que tu és um homem de Deus e que as tuas palavras vem do Senhor." E nós, acreditamos que só este Deus nos pode dar ou retirar a vida?
No Evangelho, Jesus ressuscita o filho de uma viúva. O povo dá glória a Deus por este extraordinário milagre. "Jovem, eu te ordeno, levanta-te!" Palavras que necessitamos de escutar na nossa vida. Temos o coração aberto a este "levanta-te". Sabemos que existe muitos de nós que estão vivos, mas mortos para a vida. Gente completamente resignada. A vida é uma luta, e é essa luta que faz da vida uma Vida.
Esperamos muitas vezes o mais fácil e porque não enfrentar o mais dificil? O Homem cria deuses para tudo, mas por sua vez também cria monstros, e em seguida tem medo de os enfrentar.
Acreditar na vida é muitas vezes enfrentar estes monstros, criados pelo nosso medo humano. Medo de enfrentar a nossa realidade. Poderão dizer: "Mas tudo está dificil!" Sim está! - respondo eu... Mas, diz o ditado: "Enquanto há vida há esperança!" E é preocupante, quando vemos sobretudo cristãos amargurados, de braços caídos, sem esperança, sem vida, muitas até sem Fé. Pergunto: que anúncio fazem de Cristo que é vida e vida em abundância? E este é o sacerdócio de cada e todo o cristão: ser sinal de esperança, de fé e de caridade junto dos outros que estão vencidos pela vida, de Jesus Cristo.
Assim nos fala São Paulo, na sua carta aos Gálatas. Ele que era um perseguidor da Igreja é chamado pelo próprio Jesus Cristo a ser testemunho do próprio Jesus junto daqueles que não conheciam Cristo.
E esta é a nossa missão: ser testemunho de Cristo, não somente com palavras, mas com obras. Obras que sejam expressão de vida, de fé e de amor.

josé miguel

sábado, 8 de junho de 2013

Na Memória do Imaculado Coração de Maria

Hoje, em especial no Coração da Mãe...
Maria, a Mãe de Deus, a mulher a quem foi confiada a missão de aceitar no seio o Filho de Deus humanado. Assim como aceitou o Filho de Deus também a nós nos aceita como filhos, porque também somos filhos, no seu Amor de Mãe.
Em Maria, há o silêncio, a paz. Como todas as mães conserva tudo em seu coração. Aos nossos olhos do Mundo, como devia ser duro para Maria e para José, ouvir estas respostas que à primeira vista são irreverentes de Jesus? Mas Maria aceitava... Aceitava como quem ama, porque amar é aceitar? E qual é a mãe que não aceita o seu filho, ainda que ele seja o que seja. Aqui está o amor no seu estado mais puro. Este amor que tudo aceita que tudo dispõe para servir, para se abrir à realidade do Outro. Assim é o coração de Maria, assim é o coração da Mãe.

josé miguel

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Neste dia a Igreja convida-nos a celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. O que nos fala ao espírito esta solenidade? Fala-nos do Amor. O Amor que o nosso Pastor tem por nós.
Na primeira leitura do livro de Ezequiel revela-nos como Deus no seu infinito Amor, como Bom Pastor vai ao encontro das suas ovelhas que andam perdidas, para lhes retomar a vida, para as congregar em torno a si.
Assim nos fala Jesus no Evangelho de São Lucas: "Eu lhes asseguro que também no céu haverá mais alegria por um pecador que se arrepende, que por noventa e nove justos, que não necessitam arrepender-se." Deus não quer encontrar-se com os justos, mas com todos aqueles que sofrem do seu pecado, que por sua vez esse pecado os faz sofrer. O Pastor é então aquele que não vai somente ao encontro dos justos, mas dos que estão perdidos, e que lhes dá uma palavra de Fé, Esperança e Caridade. Recordemos a passagem de Zaqueu no Evangelho...
Assim afirma, São Paulo à comunidade de Roma: "Dificilmente haverá alguém que queira morrer por um justo (...) E a prova de que Deus nos ama está em que Cristo morreu por nós quando éramos pecadores." Dar a vida, estar ao serviço, acolhimento, paz, concórdia palavras que nos remetem para o sacerdócio.
O que é ser padre hoje?
Neste momento pessoalmente, penso em todos os sacerdotes que de alguma forma foram e são modelo e referência na minha forma de viver a Fé. Neste dia em que Sua Santidade, Francisco, nos convida a uma Jornada Internacional para a Santificação dos Sacerdotes.
Rezemos pelos sacerdotes...

josé miguel

quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo."

Somos convidados hoje a passar em revisão as nossas relações humanas. Sabemos bem qual o seu estado actual. Na verdade, a verdadeira face da crise de que se tanto fala, mas que nos querem fazer crer que tudo não passa de política e economia. Uma meia-mentira...
Na primeira leitura do livro de Tobias, assistimos à descrição do casamento de Tobias com Sara, e vemos como ele e ela se respeitam mutuamente. No entanto há que relevar a forma como colocam Deus na sua relação e na sua vida. Nas nossas relações sociais e familiares colocamos Deus no centro da nossa vida?
Porém, no Evangelho, Jesus resume os dez mandamentos da Lei em dois: "Amarás o Senhor Teu Deus, com todo o Teu coração, com toda a Tua alma, com toda a a Tua mente e com todas as tuas forças. (...) Amarás o teu próximo como a ti mesmo."
O Amor... esta palavra que teimamos em não descobrir na nossa vida. se não descobrimos o Amor, também tão pouco poderemos descobrir Deus. Como podemos dizer que somos filhos de Deus se não amamos?
O nosso caminho para Deus, o caminho de santificação passa indubitavelmente pelo Amor. "Ama e faz o que quiseres!" (Santo Agostinho)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

"Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos. Estão pois muito enganados."

Na primeira leitura do livro de Tobias, vemos como é importante o poder da oração. Acreditamos no poder da oração junto de Deus? Como rezamos hoje? Em alguns casos a nossa oração por vezes transforma-se em "pedidos", em "negócios". A  oração tem de ser para nós momento de encontro, momento de diálogo, de reconhecimento pelo que somos e de conversão. E a conversão implica a mudança de vida perante Deus. E pela nossa conversão pela fé Deus devolve-nos sempre com uma resposta ao acreditar na vida.
Assim responde Jesus aos saduceus, sobre a ressurreição dos mortos. Salvaguardar que a questão que é colocada a Jesus pelos saduceus, somos também nós, os Cristãos, que muitas vezes a colocamos."No dia da ressurreição, quando ressuscitam dos mortos, de qual dos sete será mulher?" Acreditamos nós de facto na ressurreição dos mortos?
A isto Jesus responde aos saduceus e a nós em concreto e muito directamente: "Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos. Estão pois muito enganados."
Sabemos que hoje a nossa fé cristã, por vezes está transformada numa fé para mortos. E compreensivelmente numa cultura em que se fomenta a morte e não a vida.
Quem é Deus para nós? A Vida ou a Morte? A Fé é para nós sinal de Vida ou de Morte? A Religião para que serve? Para prestar culto aos mortos, ou para prestar culto à vida?

josé miguel 

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus."

Na primeira leitura, Tobias julga a sua esposa por ter supostamente roubado um cordeiro, no entanto, a realidade é outra.
O que é a realidade? Conhecemos a realidade na sua totalidade?
Esta reflexão leva-nos à forma como hoje conhecemos o Outro. Na realidade conhecemos o nosso Outro na sua totalidade, ou deixamo-nos levar pelo preconceito, ou pelos pré-juízos? Por que muitas vezes pensamos que conhecemos o Outro e na realidade total estamos muito longe da Verdade Real. Na verdade, existe um Outro que pode estar a sofrer e que nós desconhecemos e que preferimos julgar sem conhecer.
Deste modo, Jesus diz-nos: "Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus."
Por isso falamos do que conhecemos, do que não conhecemos não conhecemos porque a realidade na sua totalidade, não nos foi concedida a graça de a conhecermos e "a Deus nunca ninguém O viu."

josé miguel

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"A pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se pedra angular."

O texto sagrado da primeira leitura fala-nos de Tobit, que vela pelo bem dos seus irmãos da sua comunidade e que acabou acusado pelo bem que fazia aos seus irmãos. Certamente conheceremos muitos casos de gente que se dá aos irmãos e acaba por ser perseguida pela restante comunidade. E podemos perguntar: porque é que os bons são perseguidos e não os maus? Exactamente para lhe sigamos o exemplo de vida, pela sua doação à comunidade e aos irmãos.
Assim foi o próprio Jesus Cristo."A pedra que os construtores rejeitaram, tornou-se pedra angular." Se ele amava, porque foi morto como se se tratasse de um assassino? Para que nos ficasse o exemplo deste infindável Amor que Deus tem por nós. "De tal maneira, que Deus amava o Mundo que lhe deu o Seu próprio Filho." Porque na vida, há Amor, há Alegria, mas também há Sofrimento, e temos de saber viver com os dois. E esta é a realidade...
Por isso somos convidados a viver em Deus com a nossa Mente, a nossa Vontade, o nosso Coração...

josé miguel

domingo, 2 de junho de 2013

Na Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo

"O Senhor alimentou-nos com a flor da farinha e saciou-nos com o mel dos rochedos."
A Igreja convida-nos hoje a contemplar no pão e no vinho da Eucaristia o Corpo e o Sangue do Nosso Mestre e Senhor, como nosso alimento espiritual e de vida. Deus humilha-se perante nós pecadores para se fazer nosso alimento, porque nos ama. No nosso pecado, vem ao nosso encontro... Oh Sagrado Mistério...
Deus não tinha necessidade de vir ao nosso encontro, porque Ele não precisa de nós, somos nós que precisamos Dele. Mas, ainda assim vem ao nosso encontro como seus seres amados. Infindável mistério de Amor no seu estado mais puro... A Eucaristia é este mistério. O banquete para todas as almas de boa vontade, para que todos fiquem saciados.
É o próprio Cristo que se oferece como alimento, que se humilha nas mãos de um sacerdote para ser nosso alimento. Actualizando a sua humilhação na Cruz, actualizando a Sua Ressurreição.
E aqui está a justificação para a nossa presença diária e/ou dominical na Eucaristia - "Buscai o alimento, que permanece até à vida eterna."
Em cada Eucaristia anunciamos a Sua morte, proclamamos a Sua Ressurreição e aqui está a nossa identidade de Cristãos.

sábado, 1 de junho de 2013

"Com que autoridade fazes isto?"

Desde o nosso nascimento Deus coloca em nós a sabedoria para podermos responder ao problema da vida. Na verdade, a vida não é complicada, no entanto é necessário saber vivê-la.
A nossa relação com Deus passa exactamente por saber colocar diante Dele toda a nossa existência pela oração. A oração não são negócios com Deus, para fazer de Deus a luz da nossa vida. Colocar nas suas mãos a nossa vida e ter a humildade de aceitar tudo o quer nos é dado.
No entanto, a nossa arrogância e o nosso orgulho fazem-nos perguntar: "com que autoridade fazes isto?" Na verdade as dúvidas no caminho da Fé, são reforço para o caminho, mas que essas dúvidas não sejam obstáculo ao nosso caminho...
Ter fé, é saber confiar. Saibamos confiar.

josé miguel