domingo, 22 de janeiro de 2017

No III Domingo do Tempo Comum - Mt 4, 12-23

“O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou.” Trevas e luz; morte e vida. São algumas palavras deste excerto que nos é dado pelo evangelho deste domingo. É neste limbo em que hoje vivemos. Entre a morte e a vida. Entre as trevas e a luz. Vivemos com os corações muito endurecidos com as trevas do nosso sofrimento, afogados nos nossos problemas, vivendo somente para nós e esquecendo que existe um Outro, que até pode ser diferente de nós na língua, na religião, na cultura mas que muito provavelmente necessita da nossa mão, necessita da nossa Paz, da nossa Graça, do nosso Amor. Em tudo vemos trevas, em tudo vemos morte, mas é preciso passar da morte à vida. das trevas à Luz! Quando passarmos as barreiras da raça, da religião, da cultura, da língua, quando soubermos que na nossa Casa Comum todos podem habitar, segundo as suas diferenças, estaremos prontos para vivermos na mesma casa. Por isso, somos chamados por Jesus a abrir os nossos braços, o nosso coração à Sua Luz, para que possamos nos nossos ambientes ser Luz da Paz, da Graça, da Justiça e do Amor. E assim se cumprirá o que nos diz no Evangelho: “Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.”


jjmiguel

sábado, 21 de janeiro de 2017

Sábado da II Semana do Tempo Comum - Mc 3, 20-21

"Os parentes de Jesus puseram-se a caminho para O deter, pois diziam: «Está fora de Si»". A linguagem da fé não é fácil de entender. Há hoje na nossa sociedade, esta mesma experiência. Há quem opine e que ache que a linguagem da fé está fora de moda e para “louquinhos”. A linguagem de fé não é uma questão de modas. E a fé não é para "louquinhos", nem velhos ultrapassados, nem para ultra-conservadores. A fé é para hoje e por isso a Palavra todos os dias aqui anunciada é mesmo para hoje e não para o dia de ontem, nem para gente louca. Ou será que falar de Amor é loucura? A Religião e a Fé falam de Amor, de Paz, de Justiça e de Alegria e se estas não falam disto, não estão a cumprir a sua principal missão no mundo.

jjmiguel

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Sexta-feira da II Semana do Tempo Comum - Mc 3, 13-19

“Escolheu estes doze”. Jesus é quem escolhe. Jesus escolhe homens e mulheres de diferentes idades a exercer o sacerdócio comum dos fiéis. Cada cristão baptizado tem o dever e a obrigação de anunciar com palavras e obras o Evangelho de Jesus. Não se é preciso ser padre, diácono, bispo, cardeal, papa, religioso para se ser discípulo do Senhor, pois todos a partir do baptismo somos discípulos do Senhor. É Jesus quem escolhe. Desde 2013 que Jesus escolheu o Card. Jorge Mario Bergoglio, para tomar o leme da barca de Pedro é a ele que devemos respeito, por isso todas as insubordinações seja de quem for ao Santo Padre são um grande sinal de desobediência e de respeito para com o Vicário de Pedro, que em 2017 é o Sumo Pontífice Francisco. Podemos concordar ou discordar, de algumas atitudes, uma vez que se conhecermos bem os textos canónicos, saberemos que Paulo de Tarso também discordou de Pedro, mas não consta que lhe tivesse desobedecido ou lhe tivesse colocado em causa o seu lugar em causa no leme da Barca. Além disso, olhar para a Igreja de uma perspectiva conservadora ou progressista é não querer caminhar, nem querer mudar nada. Mais, é não perceber o que é a Igreja. Mas, percebe-se bem que Francisco não está preocupado com esses tristes pleitos no interior da Barca. Francisco está preocupado em fazer cumprir a missão que lhe foi confiado por Jesus, como essa devia ser a preocupação para qualquer cristão. Jesus é quem escolhe. Segundo os textos canónicos, Jesus escolheu homens para dirigir a sua Igreja, mas não consta que tivesse proibido as mulheres de anunciar a Sua mensagem. Por isso somos chamados não a ambicionar a cargos e a títulos de poder, mas antes que a nossa ambição seja de levar com a nossa vida a mensagem de Jesus Cristo. Jesus Cristo escolhe cada um para um ministério que deve desempenhar com empenho e talento e não nos obriga a mais, seja homem ou mulher. A questão das mulheres serem sacerdotes, na Igreja nem se devia colocar, porque a Igreja não é exclusivamente hierarquia. A Igreja é bem mais que hierarquia e títulos de poder. A Igreja é Jesus Cristo.


jjmiguel

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Quinta-feira da II Semana do Tempo Comum - Mc 3, 7-12

“Veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia.” Porque é que as pessoas hoje se afastam da Igreja? Notai que segundo o Evangelho ia ter com Jesus uma grande multidão, sinal que muita gente o procurava. Então porque é que hoje no mundo ocidental e sobretudo na Europa vemos o esvaziar das nossas igrejas? Será necessário que todos nós cristãos europeus possamos fazer uma introspecção acerca deste assunto. E como fazer chegar a mensagem do Evangelho às pessoas? Será andar vestidos com batinas e com missas em latim? Será através dos meios de comunicação social? Será transformar as nossas Eucaristias em autênticos circos litúrgicos? Em primeiro lugar nenhuma solução será dada enquanto não se ouvir a voz do Espírito no silêncio do coração orante dos cristãos. Em segundo lugar nenhuma solução será dada enquanto os cristãos não se configurarem na sua vida quotidiana com Jesus Cristo. Os cristãos vivem Jesus Cristo, falam de Jesus Cristo com as acções e com o coração.


jjmiguel

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Quarta-feira da II Semana do Tempo Comum - Mc 3, 1-6

“Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?” O que é bem? O que é mal? O que é a vida? Vivemos muito aprisionados a dogmas que nos retiram a liberdade. Os dogmas não nos servem para tirar, mas para dar. Uma lei quando é feita é para dar, e não para aprisionar. Na verdade, não se consegue entender como é que uma sociedade que passou por um processo em que se exaltou a liberdade, continua tão presa a preconceitos e a imagens pré-concebidas. Uma sociedade que não se consegue libertar de leis e dogmas que não levam a lado nenhum. Vem isto a propósito do fenómeno religioso. A Religião, seja ela qual for, não pode ser factor de guerra e de conflito, mas de Paz e de Amor. Hoje, está-se a criar esse estigma e por isso seria importante que os líderes e os responsáveis religiosos começassem a pensar de como demonstrar ao Mundo de que a Religião tem uma mensagem muito importante para dizer ao Mundo – a mensagem do Amor.


jjmiguel

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Terça-feira da II Semana do Tempo Comum - Mc. 2, 23-28

“O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.” Chegou a hora e o tempo em que somos chamados a saber o que é mais importante na nossa vida. Será o sábado? Será o homem? Vivemos entulhados em caminhos, em gritos e não conseguimos perceber o essencial da nossa vida. De nada vale, se não tivermos Amor. De nada vale se não tivermos Paz nos nossos corações. Quanto mais temos, mais queremos ter. Não nos contentamos com o que temos? Olhai à vossa volta, tudo nos foi dado por Deus. O que é que queremos mais? Não procuremos felicidades fáceis...


jjmiguel

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Segunda-feira da II Semana do Tempo Comum - Mc 2, 18-22

“Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho”. Jesus convida-nos a uma vida nova. A uma mudança interior total. Não podemos caminhar a tapar buracos. Ou se está, ou não se está! Por a isso a vida em Jesus Cristo não é uma vida de “nim’s”. Por isso, primeiro que tudo é preciso saber viver com a nossa vida o Evangelho. Andamos muito preocupados com crises, mas não conseguimos perceber que nestas crises são oportunidades positivas para dar um salto para que possamos ser melhores. Por isso a vida cristã é caminho com Cristo, e não sem Ele.


jjmiguel