segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Segunda-feira da XXXI Semana do Tempo Comum - Lc 14, 12-14

A liturgia de hoje é, à semelhança de outras vezes, uma proposta de atitude moral dada por Jesus a quem o rodeava. Sabemos que toda a acção missionária de Jesus vai-se concentrar nos mais fragilizados do povo, com aqueles que era postos à margem da sociedade. Desta forma, para que todos pudessem compreender bem as palavras de Jesus, ele procura a linguagem do banquete para dizer, que o mais importante não é dar de comer às pessoas ricas e familiares, mas sim aos mais pobres que não têm nada de comer. Claro que, mesmo para os dias de hoje nós deveríamos de tomar a iniciativa e oferecer um almoço a quem mais necessita, mas será este evangelho uma proposta de missão? Ou então uma chamada de atenção? Este evangelho é as duas coisas, sendo que uma não pode estar sem a outra. Desta forma, olhemos para o evangelho e, à semelhança do que disse Jesus, possamos nós também fazer.


andré araújo 

domingo, 30 de outubro de 2016

No XXXI Domingo do Tempo Comum - Lc 19, 1-10

“Eu hoje devo ficar em tua casa”. O episódio de Zaqueu é nos bem conhecido. Zaqueu era chefe de publicanos. Os publicanos na época de Jesus eram os cobradores de impostos, por isso não eram bem vistos pela sociedade de então (hoje também não...). Zaqueu queria ver Jesus, queria estar com Ele. Sendo pequeno esforçou-se para o ver e subiu a uma árvore. Ao vê-lo Jesus disse que queria estar com ele na sua casa. As pessoas começaram a murmurar por Jesus querer ir a casa de um cobrador de impostos. Mas Jesus foi na mesma... Deste encontro despontou a vida e a alegria em Zaqueu. Na verdade, não foi para os que já tem saúde que Jesus veio. Jesus veio para os doentes, para os fragilizados, para os pobres, para os marginalizados. E este é o papel dos cristãos no mundo. Hoje assistimos em algumas das nossas comunidades cristãs a rejeição e não o acolhimento. Assistimos ao apontar de dedos por este e aquela serem recasados ou divorciados, por este ou aquela serem homossexuais, por este ou aquela serem corruptos e mais um sem fim de julgamentos que são feitos em praça pública. Felizmente sei que existem muitas comunidades cristãs em que estes factos são contrários e se pautam por uma pastoral de acolhimento. No entanto, ainda é o desvio que é a norma. Abrir o nosso coração ao acolhimento de todos aqueles que estão fragilizados pelos caminhos da sua vida e que todos possam ser acolhidos no coração de Jesus, para que neles se possa realizar a vida e a esperança, porque damos de graça o que de graça recebemos: a Graça e a Vida em Jesus Cristo a todos os homens e mulheres de boa vontade e assim possa realizar a civilização do Amor e a Cidade de Deus possa ser já aqui neste mundo uma realidade.


jjmiguel 

sábado, 29 de outubro de 2016

Sábado da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 14, 1. 7-11

“Quem se humilha será exaltado” Um dia citaram-me estas palavras numa circunstância em que pensei que era tempo de se fazer justiça perante uma situação que já há algum tempo durava. Na verdade, resolvi cortar a fundo perante uma situação que estava a ser injusta. Na verdade, somos chamados a ser humildes, mas não somos chamados a ser parvos. Tudo se trata de uma questão de identidade e de fazer valer diante de todos naquilo em que acreditamos e que são os nossos valores e a nossa ética. Por outro lado, não somos chamados a agradar aos outros, mas em última instância a Deus. Ser-se humilde, não é ser-se parvo. Ser-se humilde é fazer-se servo de todos, é saber assumir que estamos mal, quando na verdade estamos mal, no entanto não podemos deixar de ser quem somos para agradar a uns e a outros. Sermos humildes para agradar a Deus e não aos homens.

jjmiguel

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Sexta-feira da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 6, 12-19


“Toda a multidão procurava tocar Jesus” Felizes todos aqueles que viram e ouviram, que tocaram e contemplaram o que os nossos olhos a uma distância de dois mil anos não viram. Mas felizes também somos nós que acreditamos em tudo aquilo que nos contaram acerca deste Jesus, o Nazareno. Na verdade, é por Ele e só por Ele que continuamos este caminho. Como discípulos do Senhor na nossa boca, no nosso coração, no nosso rosto devemos ter o espelho deste mesmo Jesus, o Nazareno do qual tantas maravilhas ao longo destes séculos se tem contado e que ainda hoje está vivo na vida do mundo. Neste dia de São Simão e São Judas Tadeu, queremos ter presentes na nossa oração pessoal todos aqueles que hoje, neste tempo, perante as adversidades do mundo ainda dão a sua vida em nome deste mesmo Jesus. Ainda me continuo a questionar, como tantos e tantas: que mal faz Jesus ao mundo, para que tantos ainda O odeiem? Afinal, Jesus só nos fala de uma palavra: Amor! Se Jesus fala de amor, então porquê tanto ódio à sua mensagem, porquê tanta indiferença e tanta descrença? Seremos nós indiferentes ao Amor também? Porque é que facilmente acreditamos mais no mal, do que no Amor?


jjmiguel

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Quinta-feira da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 13, 31-35

“Mas vós não quisestes” Somos uma sociedade que busca, que anseia, que deseja encontrar-se consigo própria, mas isso só será possível quando tivermos a coragem de olharmos para dentro de nós próprios e muito provavelmente ver o que não queremos ver. Assusta quando alguém diz que não se quer confrontar consigo própria, sinal de há algo que essa pessoa não quer ver nem ouvir. É aqui que está a verdade de Jesus... É que Jesus entra no interior de cada um de nós e vai até onde nós não queremos que ele vá. Perante o homem, Deus não tem limite, porque Deus tomou um rosto, tomou a própria carne do homem em Jesus Cristo e por isso só em Jesus está a verdadeira salvação, a verdadeira vida, porque Ele sabe e conhece o sofrimento humano e é por isso que a Cruz é uma denúncia inquietante para o mal que existe no coração do homem. Não procuremos mais outras salvações e não queiramos das nossas vidas caminhos directos para o Céu. Saibamos assumir as nossas limitações, as nossas fraquezas, as nossas doenças e os nossos sofrimentos e voltemo-nos para a Cruz para que por ela possamos ter novamente a vida e a esperança. Queremos esconder a Cruz da nossa vida, porque não queremos assumir o nosso mal. Morrer para o mal para viver para o Amor...


jjmiguel

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Quarta-feira da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 13, 22-30

“Esforçai-vos por entrar pela porta estreita” Viver um caminho espiritual não é uma linha recta para o Céu. Um caminho espiritual tem muitas curvas, muitos avanços e muitos retrocessos. Um caminho espiritual tem momentos de abundância de água, mas também momentos de grande aridez. Um caminho espiritual tem momentos de grande Luz, mas também de imensas trevas. Porém, em todos estes contra-tempos somos convidados à coragem e à força a não desistir. Todos os dias são dias de conversão, parafraseando o Beato Tiago Alberione. Deste modo seria bom que neste caminho todos os dias houvesse um tempo de exame de consciência para que pudéssemos analisar o que foi bom e menos bom e para que o que foi menos bom pudesse ser ainda melhor. Não podemos continuar com um cristianismo de debitar orações diante do sacrário. Queremos um cristianismo vivido e meditado à Luz da Palavra em que o fim de tudo fosse o bem comum e a salvação das almas.


jjmiguel

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Terça-feira da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 13, 18-21

“A que é semelhante o reino de Deus?” Jesus fala-nos em parábolas para nos dar a conhecer o reino de Deus. Em algumas ocasiões me terão perguntado o que era o reino de Deus. Este reino de Deus não é tempo, nem espaço. O reino de Deus está para lá do nosso tempo e do nosso espaço. Em boa verdade, queremos e desejamos que tudo nos seja explicado racionalmente, pela luz da ciência, mas não conseguimos suportar a palavra “mistério”. Mergulhar no mistério do reino é o convite a que todos os dias somos convidados. O mistério vai-se revelando à medida que vamos vivendo na alegria, no amor e na justiça e tudo isto pressupõe uma relação. Abrir-se ao mistério é abrir-se ao Outro na sua descoberta, em ordem à descoberta do Amor e onde está o Amor, aí está Deus.


jjmiguel

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Segunda-feira da XXX Semana do Tempo Comum - Lc 13, 10-17

“Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado”. Estas são as palavras do chefe da sinagoga pelo facto de Jesus ter curado em dia de sábado. Observo o mundo e por vezes tenho a livre sensação de que ainda pensamos como este chefe da sinagoga! Será que temos dias especificos para amar? Será que temos dias específicos para o nosso arrependimento? Há uns dias atrás vinha uma imensa discussão sobre a comunhão na boca ou a comunhão na mão. Tristes cristãos que vivem nestes beatismos e não se dão de conta do Amor de Deus! Sinal que ainda temos muito caminho a percorrer em ordem ao conhecimento da lógica de Deus! Mas sobre isto a Igreja Católica é clara e passo a citar: "Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a Sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão."  In "Redemptionis Sacramentum", nº 92.


jjmiguel

domingo, 23 de outubro de 2016

No XXX Domingo do Tempo Comum - Lc 18, 9-14

Uma das grandes mensagens de Deus é que todos somos Iguais. Nenhum de nós se deve fazer grande aos olhos de Deus, pois, cada um na sua simplicidade e humildade deve amar a Deus como ele é, e não tentar ser mais do que os outros. Todos nós somos pecadores e, não interessa se pecamos mais ou menos, se somos menos ou mais injustos, interessa sim, reconhecer essa nossa condição perante Deus. Desta forma, se cada um é como é, Jesus diz-nos que quando há um reconhecimento concreto do que somos e do que fazemos somos capazes de compreender aquilo que Deus nos dará. A exaltação de uma pessoa nunca deve ser o mote para baixar outra, cada um de nós peca, mais ou menos, peca, mas o maior reconhecimento está quando a pessoa sabe que cometeu um erro e é daí que se destaca a humildade, pois aos olhos humanos essa pessoa é humilde e pela sua humildade Deus o exalta. Se por outro lado, uma pessoa se exalta, rebaixando outras,  aos olhos de Deus essa pessoa é humilhada, a base disto tudo é a igualdade, todos somos iguais e todos pecamos.


andré araújo

sábado, 22 de outubro de 2016

Sábado da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 13, 1-9

Na liturgia de hoje Jesus convida à conversão. Este convite à conversão é algo que deve ser feito com trabalho e não apenas com um pouco de esforço. Jesus ao dar aqueles exemplos todos, pretende dizer que, todos somos pecadores e que nos devemos arrepender para não acabar como os outros acabaram. Este convite à conversão deve suscitar a cada um dos ouvintes a um encontro concreto com Jesus e com Deus. A parábola que Jesus emprega aqui, é para exortar a cada uma das pessoas que não basta ser uma boa árvore, ou ser um bom seguidor de Cristo, porque se não tem adubo para crescer e dar fruto não será grande coisa. Jesus pretende dizer que cada um para ser uma boa árvore de fruto tem de ser regado e adubado para que assim a partir da conversão seja capaz de anunciar a boa nova.


andré araújo

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Sexta-feira da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 12, 54-59

Jesus mais uma vez tende a mostrar o que é concreto. No tempo de Jesus era hábito as pessoas fazerem a leitura futura do estado do tempo, mas para Jesus isso é como que, um paradoxo, ou seja, sabem fazer uma leitura do tempo futuro, mas não conseguem ver o presente. Aqui destaca-se a expressão “sinais do tempo” numa interpretação concreta, pretende dizer que há sinais que nos revelam o que pode vir a acontecer. Desta forma, Jesus, a partir de uma atitude moral, procura mostrar às pessoas que tudo tem um sinal e, que mesmo as nossas ações têm sinais concretos. Por isso, para Jesus há uma preocupação, não pelo futuro, mas pelo presente, Ele quer mostrar às pessoas que, não importa saber compreender o estado futuro do tempo, mas importa compreender o tempo presente, pois é a partir dele que nós compreendemos os sinais dos tempos.


andré araújo

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Quinta-feira da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 12, 49-53

A liturgia de hoje apresenta-nos a tomada de consciência da missão de Jesus. Ele afirma nas suas palavras que o que trás é a divisão e a discórdia. É efetivamente isto que Ele trás. Note-se que isto apenas e, só apenas acontece, porque há pessoas que não querem acolher a sua palavra e desta forma tendem a virar-se contra Jesus e contra a mensagem de Jesus. O que se aconteceria se Jesus viesse à terra? Provavelmente aconteceria o mesmo. Pois, Jesus neste evangelho tenta dizer que, a mensagem que Ele trás, como é diferente, causa um certo incómodo às pessoas, pois, para algumas, ela é uma mensagem de esperança, mas para outras é uma mensagem de revolta. O mesmo aconteceria hoje se Jesus viesse à terra para uns esta seria uma mensagem de esperança, para outros seria de revolta. Jesus utiliza aqui a metáfora do fogo para dizer que, como a maneira que provoca o fogo, Jesus provocará o fogo com a sua mensagem.


andré araújo

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Quarta-feira da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 12, 39-48

Na liturgia de Hoje podemos tirar duas conclusões. Jesus convida a vigiar e à fidelidade. Jesus pretende dizer com a parábola que todos devem estar vigilantes, pois a hora da vinda do Filho do Homem pode estar próxima. Provavelmente, pode ser um anúncio pascal de Jesus, da sua morte, mas a grande mensagem aqui é a fidelidade. Na parábola podemos ver que há um convite concreto que é feito. É dado ao administrador algo para ele gerir, mas ele deve gerir com empenho e trabalho. Também nós somos convidado a gerir a vinha do Senhor. Devemos trabalhar fielmente nela e, nunca por em causa o nosso trabalho. Pois, se Deus dá a cada um um dom ou um trabalho, se essa pessoa o fizer bem, será recompensado, mas se fizer mal não será. Não se trata de uma espécie de “lei de talião”, mas da fidelidade com que desempenhamos o trabalho. Se o trabalho for bom Deus agradece o teu empenho e, continuamente Ele te dará mais trabalho para que assim possa enriquecer o reino de Deus com o teu empenho.


andré araújo

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Terça-feira da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 10, 1-9

Jesus aqui designa 72 discípulos! Há uma missão concreta para eles. Cada um deles deve ir às cidades e lá anunciar a boa nova. A expressão “a paz esteja convosco” é um indicativo de diálogo e também um costume da época. Nota-se também que esta expressão é como que um indicativo de acolhimento, pois ainda hoje se utiliza muito na liturgia. Celebra-se a festa de S. Lucas um dos evangelistas e que segundo a tradição terá sido discípulo de Jesus. Lucas tenta, no seu evangelho salientar as parábolas de Jesus de forma a que a sua mensagem seja bem compreendida. Também é em Lucas que nós notamos o carácter misericordioso de Jesus. As três parábolas da misericórdia contidas no seu evangelho é uma evocação concreta quer à missão de Jesus, quer a lição que Jesus pretende dar a cada um de nós.


andré araújo

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Segunda-feira da XXIX Semana do Tempo Comum - Lc 12, 13-21

Na liturgia de hoje, Jesus convida-nos à partilha. Aos olhos de Deus nós devemos partilhar tudo com quem mais necessita. O ato da partilha é um ato de misericórdia para os outros. Se nós não somos capazes de partilhar o que temos em excesso para nós, como podemos amar Deus? A vida é algo que nós temos todos em comum, mas as riquezas não! Dessa forma, para Jesus nós devemos de ser mais ricos aos olhos de Deus do que aos olhos do homem. De que serve ao homem ter muito dinheiro se não tem amor? Desta forma, neste evangelho Jesus utiliza a parábola para explicar à multidão de que, vais vale partilhar do que ter em abundância e, aos olhos de Deus ser pobre em misericórdia. Nós, no nosso quotidiano, devemos verdadeiramente partilhar com os outros aquilo que é a mais para nós. Devemos ser como ouro na vida do outro, devemos acima de tudo, ser ricos nesta misericórdia do que nas coisas inúteis da vida. E é daí que vem a frase “mais vale ser rico aos olhos de Deus do que rico aos olhos do homem” pois, para o homem a riqueza é algo cumulativo e que não de dá à partilha, para Deus, a riqueza é algo distributivo e que se deve dar à partilha, pois, a Deus não importa se se é rico materialmente, mas sim espiritualmente. 


andré araújo

domingo, 16 de outubro de 2016

No XXIX Domingo do Tempo Comum - Lc 18, 1-8

“Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa.” Justiça e clamor duas palavras que são sublinhadas hoje nesta passagem do Evangelho. Ao ver as imagens de Aleppo, na Síria, são tantos e tantas os que clamam por justiça. Olhamos as imagens de gente que sai das suas terras para se refugiar à procura de justiça e de paz para as suas vidas. Estamos diante de um mundo que clama por paz, justiça e alegria. O mundo clama pelo reino de Deus. Na verdade, esse reino já chegou e está bem presente nos nossos corações. O mundo certamente terá paz, justiça e alegria quando escutar o coração e o amor reinará quando todos nas nossas diferenças formos capazes de ser uns para os outros aquilo que somos de facto: feitos à imagem e semelhança de Deus! O mundo procura muitas soluções quando só uma é necessária: a resposta do Amor!


jjmiguel

sábado, 15 de outubro de 2016

Sábado da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 12, 8-12

Sempre que pensarmos em Cristo, lembremo-nos do amor com que Ele nos nos concedeu tantas mercês e da caridade que Deus mostrou ao dar-nos em penhor o próprio amor que tem por nós. O amor pede amor. Procuremos pois ir meditando nisto e despertando-nos para amar. Na verdade, se o Senhor nos concede uma vez a graça de nos imprimir no coração este amor, tudo será fácil para nós e muito faremos em breve tempo e com pouco trabalho.


Das obras de Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Sexta-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 12, 1-7

Quando o Senhor se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos na sua glória. 1Jo 3, 2

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Quinta-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 47.54

Neste dia todos somos todos convidados a olhar e a relembrar aquela hora de Treze de Outubro de 1917, em que três crianças juntamente com 70000 pessoas presenciaram um momento de Deus. Há muitos e muitas que questionam o fenómeno de Fátima, certo é que Fátima não é um lugar qualquer. Para quem já experienciou e pode experienciar, mesmo sendo não crente, é um lugar onde onde podemos mergulhar numa paz que tranquiliza todos os nossos espíritos. Onde nos podemos sentir amados pelo regaço materno da Mãe de Deus. Não podemos negar que Fátima emerge num contexto histórico quer para Portugal, quer para o Mundo nevrálgico, por aí é um facto consumado. Porém, há várias perguntas que volvidos quase cem anos eu pessoalmente coloco: como é que três crianças afirmam e defendem com tanta veemência o que viram e ouviram? E se Fátima é um embuste, então porque é que acorre para lá gente de todo o mundo e dos mais diversos credos, cem anos depois? Ora se o milagre do sol foi um fenómeno de paranóia social, ou de ilusão de óptica, porque é todos os dias se dão milagres de conversão em Fátima aos pés de Maria, a Mãe de Deus? E conheço vários casos... Não queiramos explicar racionalmente mistérios, porque são isso mesmo: mistérios!

jjmiguel

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quarta-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 42-46

“Ai de vós...” Jesus encontra-se nesta passagem do texto sagrado num discurso de condenação às atitudes dos fariseus e dos doutores da Lei. Jesus não tem nada contra a Lei, simplesmente como Ele próprio o disse: veio não para revogar a Lei, mas antes para suplantá-la. Na verdade há factos que acontecem na nossa vida que nenhuma lei positiva poderá legislar e essa é tão só a lei do nosso coração. Não vale de nada eu cumprir e fazer cumprir o Código de Direito Canónico, a Constituição da República se no coração não houver Amor. Por algumas vezes tenho dito que podem legislar acerca de tudo, mas nunca poderão legislar a consciência humana e o que está para lá da ordem natural de todas as coisas.


jjmiguel

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Terça-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 37-41

“Quem fez o interior não fez também o exterior?” Continuamos nesta dimensão do nosso interior. Deus que nos criou, criou-nos completos, por isso somos bem mais que matéria. Vivemos muito ligados ao que vemos. Vivemos ligados a imagens que não são a realidade, porque vivemos na espuma da vida. Na verdade, preferimos viver na espuma da vida porque temos medo de ver o que vai por dentro. O que está lá por dentro, talvez não queiramos mesmo ver, porque muito provavelmente é mesmo lixo e cheira mal. Desse modo preferimos limpar o exterior do que o interior. Ora, Jesus confronta, como confrontou este fariseu que tinha notado que ele não tinha feito as abluções antes de comer. Do que vale cumprir rituais, se dentro de nós a nossa vida é perversidade e rapina?


jjmiguel

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Segunda-feira da XXVIII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 29-32

“Pede um sinal”. No outro dia escutava este comentário: “Milagres, essa coisa não existe!” Fiquei a refelctir sobre esta afirmação e pensava que vivemos muito de coisas palpáveis, e de um racionalismo extremo. O problema cristão é que em Jesus Cristo se cruza a fé e a razão porque por Ele, Deus entrou na nossa História. Deus entra na história de cada um de nós, e nós ainda por cima pedimos milagres e sinais. Ainda vivemos muito num paganismo reminiscente em que ainda temos muito uma ideia verticalizada de Deus. Conseguimos genuflectir aos pés de uma imagem de um santo, e tocar a imagem do santo, mas não somos capazes de ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento, e digo isto porque já assisti a este facto, não falo sem conhecimento de causa. Pedimos sinais, pedimos milagres, pedimos razões para tudo justificar na nossa vida, mas só um sinal nos foi dado: Jesus Cristo estendeu os braços, morreu numa Cruz e ao terceiro dia ressuscitou. A vida venceu e vence sempre a morte e a resposta está totalmente no Amor que damos incondicionalmente aos outros e a nós mesmos.


jjmiguel

domingo, 9 de outubro de 2016

No XXVIII Domingo do Tempo Comum - Lc 17, 11-19

Quando caminhava para Jerusalém, Jesus passou através da Samaria e da Galileia. Ao entrar numa aldeia, dez homens leprosos vieram ao seu encontro; mantendo-se à distância, gritaram, dizendo: «Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós!» Ao vê-los, disse-lhes: «Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.» Ora, enquanto iam a caminho, ficaram purificados. Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»

Do Evangelho segundo São Lucas

sábado, 8 de outubro de 2016

Sábado da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 27-28

“Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” esta é a grande diretriz que Jesus coloca a todos os seus discípulos. É não só importante ouvir a palavra de Deus, como também colocá-la em prática. Desta forma há uma orientação concreta. Jesus dá-nos a palavra de Deus e, cada um deve colocá-la em prática. Ao colocar a palavra de Deus em prática está a participar da mesa da palavra que à semelhança da fração do pão, esta também deve ser partilhada. Claro que a partilha deve ser feita por todos aqueles que recebem a palavra de Deus. Esta é uma partilha especial, uma partilha concreta de amor e de verdade. Não devemos ter medo de partilhar, mas sim, devemos partilhá-la com amor. Esta partilha coloca em nós um sentido de missão, pois, todos nós devemos de ser missionários portadores desta mensagem de Deus.

andré araújo    

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Sexta-feira da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 1, 26-38

A liturgia de hoje apresenta-nos a escolha de Maria como eleita por Deus, aquela que achou graça diante de Deus. Aqui Deus escolhe uma mulher simples para acolher no seu ventre o filho do Altíssimo. É apresentado um atributo divino que nos encaminha para uma perspectiva futura, ou até mesmo escatológica. As palavras “conceberás e darás à luz o Filho do Altíssimo” coloca em Maria duas coisas, a eleição de Deus para Maria, e também a missão de Maria ser a portadora desta esperança escatológica. A graça que Maria acha diante de Deus permite-lhe ter um filho, que é o Filho de Deus, por obra do Espírito Santo. Desta forma, Deus permite a Maria que ela conceba longe do pecado e ao conceber Jesus longe do pecado, fica livre desta mancha eterna do pecado. Nas palavras de Maria “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”, ela coloca-se ao serviço de Deus, não só para carregar no seu ventre esta esperança escatológica, como também, para ser discípula e Mãe do salvador.


andré araújo

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Quinta-feira da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 5-13

“Pedi e recebereis” são estas as palavras de destaque nesta secção do Evangelho. Aqui, Jesus apresenta um ponto de vista concreto. Tudo o que pedimos recebemos, claro que na sociedade de hoje isso não é tão certo assim, mas na visão de Jesus essa deveria de ser uma normativa concreta. Quando nós acolhemos o irmão acolhemos na verdade e no amor e também na doação. Jesus termina dizendo “Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”, desta forma Jesus pretende dizer que também o Pai do Céu dará o Esprito Santo a quem o pede. Nota-se então a partir de Jesus que há uma preocupação com o Pai para olhar por aqueles que pedem. Este pedir não é tanto um pedir por pedir, mas um pedir em oração, um pedir neste diálogo íntimo com Deus, na sua verdade e no seu amor. Pois, a partir deste diálogo íntimo com Jesus há uma normativa concreta, um encontro em Deus e o seu fiel.


andré araújo

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Quarta-feira da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 11, 1-4

Na liturgia de hoje o evangelista apresenta-nos a oração ideal para Jesus. A partir dela nós podemos perceber que ela é composta por um pedido de perdão e de súplica e que em certa medida nos encaminha para a santidade. Lá colocamos a nossas intenções de modo que, seja dado a cada um aquilo que é necessário. Pede-se o pão de cada dia, como fonte de alimento, pede-se o perdão das nossas ofensas, assim como cada um deve perdoar. No fundo, há uma busca não só pelo bem pessoal, mas também pelo bem comum. Um bem que deve ter em conta a alegria do próximo e o auxílio de quem é mais pobre. Esta oração chamada de “oração do Pai-Nosso” é também um pedido de auxilio e uma súplica a Deus. Aqui, e talvez o mais importante é que nós reconhecemos Deus como Pai e é nesse reconhecimento que nós elevamos a nossa súplica a Deus.

andré araújo    

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Terça-feira da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 10, 38-42

A liturgia de hoje coloca-nos uma identidade concreta: “uma só coisa é necessária”! Esta é a identidade concreta. Não temos a certeza de que coisa é necessária aos olhos de Jesus, mas sabemos certamente qual era a sua grande preocupação, ou seja, Jesus não indica essa coisa necessária, mas diz de forma implícita. Esta ajuda, este acolhimento e tantas outras coisas tornam-se necessárias à medida que somos acolhidos por Jesus, na palavra, na fração do Pão, à união fraterna e também à oração. Todos estas coisas tornam-se necessárias quando nos damos a Jesus, quando amamos Jesus e, também quando vivemos com Jesus! Esta seção do evangelho torna-se muito implícita, mas na realidade ela é implícita aos nossos olhos, pois, se olharmos atentamente para a ação de Jesus, sabemos que qual é para Jesus esta coisa necessária.


andré araújo

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Segunda-feira da XXVII Semana do Tempo Comum - Lc 10, 25-37

Jesus em todas as suas intervenções procura sempre fazer uso da linguagem do povo. Na liturgia de hoje é colocado pelo evangelho uma situação de misericórdia. Na parábola em questão é  apresentado um levita (um dos membros do povo judaico com mais poder e autoridade), um sacerdote (que representava a parte sacramental de toda a cultura judaica) e por fim, um samaritano (que era considerado um estrangeiro e por isso nem valor tinha), com esta parábola Jesus pretende dizer que muitas vezes usa de misericórdia para com aqueles que são postos de lado e, que a misericórdia não deve ser só um uso por parte da comunidade, mas por parte de todos. Desta, forma, este samaritano, que era estrangeiro, foi de certa o que mais usou de misericórdia, pois, mesmo sendo ele negado por toda a cultura judaica, não olhou a essa negação, como também usou de misericórdia por aquele que estava lá estendido no chão.


andré araújo

domingo, 2 de outubro de 2016

No XXVII Domingo do Tempo Comum - Lc 17, 5-10

“Fizemos o que devíamos fazer.” Os apóstolos pedem hoje a Jesus “Aumenta a nossa fé!” Como seguidores de Jesus Cristo deviamos ter esta coragem e esta humildade de virar o nosso coração para que diante de Jesus, nós, cristãos de hoje possamos também dizer: “Aumenta a nossa fé!” Muitos de nós hoje podemos viver desalentados pelos mais diversos motivos. Desde o trabalho à família, à comunidade da paróquia, ao próprio viver da sociedade, mas no meio deste turbilhão saibamos voltar o nosso olhar para Aquele que é a essência da nossa vida: Jesus Cristo! Saibamos-Lhe dizer: “Aumenta a nossa fé!” Há muitas circunstâncias que nos podem levar ao cansaço e à nossa perda de fé. No entanto, pedimos muitas coisas a Deus, mas talvez a mais essencial não a peçamos que é a Fé. Acreditar, ter um sentido, um caminho que é iluminado nas nossas “noites-escuras”. Essa luz é a Fé. A Fé de saber em quem acreditamos e que não nos deixa sós, afinal no príncipio era a Palavra e a Palavra habitou no meio de nós.


jjmiguel 

sábado, 1 de outubro de 2016

Sábado da XXVI Semana do Tempo Comum - Lc 10, 17-24

Deus de infinita bondade, que abris as portas do vosso reino aos pequeninos e humildes, fazei que sigamos confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, para que, por sua intercessão, cheguemos ao conhecimento da vossa glória.

Da Liturgia das Horas