quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Uma homenagem...

CANTAR ALENTEJANO
Vicente Campinas*


Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar


* Este poema foi musicado por José Afonso, no álbum «Cantigas de Maio», editado no Natal de 1971

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ser ou não ser!

Quero neste momento, deixar mais umas perguntas na rede a todos os navegadores deste espaço. Deixá-los a pensar...
A Espanha está em recssão económica, a França está no mesmo caminho.
Vários países nacionalizam bancos e outras instituições.
E em Portugal? Estamos em recessão ou não?
Se estamos o que anda o Governo português a fazer? E se não estamos que medidas estão a ser tomadas?
Certo é, que neste país se vive um momento em que nada se passa, e isso é problema dos outros...

Meter a cabeça na areia...

Bons hábitos de "tuga"


08 de Outbro de 2008

Os G-4

Neste fim-de-semana passado fiquei apreensivo, e já não é a primeira vez que isto acontece sobre a Cimeira que reuniu em Paris os quatro grandes da Europa para decidir o que vai acontecer face à crise financeira que parece estar a instalar-se.
A pergunta que coloco é esta: Numa matéria tão importante como é a vida financeira da Europa, porque é que só se reunem quatro países-membros quando a União Europeia é constituída por 27 estados-membros?
Afinal, isto da Europa parece ser para alguns...
Afinal, algo vai mal nesta Europa. Quem legitimou os G-4?
E não me venham os europeístas com retórica democrática, porque isto de democracia não tem nada.

07 de Outubro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Em nome da Res Publica!

Comemorámos a Res Publica!
Seria bom que volvidos 98 anos da Implantação da República fizessemos um exame de consciência como esta se tem processado. Os historiadores que andam enredados em guerrilhas, sem interessa nenhum que venham cá para fora falar.
A Monarquia já sabemos o que é (nem vamos discuti-la). E a República?
Neste momento, em que vivemos momentos de grande ansiedade e expectativa, é necessária consciência de cidadania (que anda nas ruas da amargura) e não colocar outra vez a cabeça na areia.
Talvez a fundação de uma nova República fizesse falta. Mas não daquelas de trazer por casa...


06 de Outubro de 2008

Um símbolo nacional... não imposto!

Desde há uns tempos a esta parte que têm nascido por aí muitas vozes no sentido de fazer renascer o fado. E nnão é por acaso qundo uma nação vai mal que tal puxar-lhe por aquilo que a identifica?
Na verdade existem muitas boas vozes, como é o caso de Mafalda Arnauth, Katia Guerreiro, Camané, Raquel Tavares, etc...
Vozes que quer queiramos quer não irão marcar uma geração.
Entendo que o fado e a sua sonoridade não pode morrer - é algo nosso...
Mas não inventem "Amálias" porque essa é única e corresponde a uma época.
As tradições e os símbolos da nação vão-se criando pela vivência e vontade de um povo, não são forçadas, nem impostas.


05 de Outubro de 2008

Talvez... o Bloco Central!

A Aliança da Esquerda parece que vai seguir em frente.
O PCP e BE lá se vão unir, pelo menos virtualmente.
Provavelmente terá os seus frutos práticos.
No entanto, este é um sinal que de facto os tempos não estão fáceis.
Se a Esquerda se une, por outro lado a Extrema-Direita começa a ter adeptos. Vejamos o caso austríaco.
A clivagem social está prestes a acontecer também na política, já que ao nível económico é o que se está a ver.
Porque não um Bloco Central?
No entanto, no espírito democrático português muito caminho ainda terá de ser percorrido para se chegar aqui, independentemente que isso aconteça a muito curto prazo.


04 de Outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A praxe e o medo

Depois de ter assistido a um debate com alguns pensadores, da nossa praça pública, sobre a questão da praxe e a tradição académica, o comentário que tenho a fazer é só este: o que se quer fazer de uma sociedade que não sabe o que é liberdade e confunde autoridade com autoritarismo...
Na verdade é o que temos na praxe académica.
Liberdade não é libertinagem e autoridade/autoritarismo não é raiva e selvajaria. A praxe académica foi transformada nisto.
Onde estão os verdadeiros valores da praxe? Não existe... A sociedade, em geral, já pouco ou nada tem nesta matéria de valores.
Uma sociedade que vive um medo chamado fascismo, ordem, hierarquia não poderá ser uma sociedade democrática.
Em democracia existe fascismo e comunismo e teremos de saber lidar com estes dois conceitos entrenhados na nossa sociedade, caso contrário, é o que temos hoje.
Todos temos medo do fascismo, e todos temos medo do comunismo. No entanto, o comunismo ainda não foi poder em Portugal, e por acaso até gostava de ver... (para contrabalançar as coisas e desmistificar algumas teias de aranha da cabeça de algumas pessoas).
A praxe foi hoje desvirtuada, à conta de uma massificação do ensino muito mal gerida, e, à conta de uma liberdade feita a "ferros."

Ninguém se queixe das decisões do Sr. Ministro e de alguns reitores. O que queriam? ANARQUIA?????

Os cidadãos fazem os seus governantes, meus caros...

Reinvente-se...

Há por aí uns pensadores que afirmam: "Estamos perante o fim do capitalismo."
Será?
E viver no socialismo da miséria, como a História nos relata muitos factos???
O capitalismo, infelizmente, está ainda muito longe do seu fim.
Na verdade, o capitalismo pode acabar... Mas em que pé ficam os Estados de Providência Social? É importante saber se o capitalismo acabou, mas antes é mais importante saber e analisar como atravessam os Estados Sociais, esta crise do capitalismo? Será que daqui a 50 anos os idosos terão as sua pensões? Os jovens daqui a 50 anos terão futuro?
Se esta crise financeira é para os grandes, ninguém fala como ficam os pequenos num mundo ocidental cada vez mais envelhecido???

Televisão... para quê?

Ultimamente tenho-me deparado sobre o estado deporável em que anda a nossa televisão.
Mau jornalismo? Formatação de mentalidades? Ou criação de tacho imediato?
Na RTP, o Estado fala mais alto (como sempre foi).
Na SIC, um canal que ainda não assumiu aquilo em que ele é bom... a Informação.
Na TVI, o canal da "vox populi". O problema neste canal é saber o que vai acontecer a tanta gente que faz novelas e depois no fim terá de ir para o desemprego (graças aos grandes tubarões que para aí andam)
Afinal o que faz falta à nossa comunicação social?

Perguntem às universidades...

Depois da tempestade... o que vem?

É caso para se ouvir a mítica canção de Vitorino: "Queda do Império"
Sinal de uma maior crise financeira é que os EUA já não se entendem internamente. Isso terá consequências nefastas na economia internacional, ou não quisessem uma globalização à força.
O que resta saber é se de facto existe mesmo crise financeira, ou se esta não será mais uma estratégia do Partido Republicano para ganhar eleições em Novembro. A verdade é que o Obama já se encontra ofuscado...
As crises dão sempre muito jeitinho aos conservadores...
Afinal, uma nova ordem mundial está a instalar-se, sem que ninguém se dê conta.
Quem irá sofrer as consequências?
Os mesmos de sempre...

Tudo a mesma carneirada

De facto isto é tudo a mesma carneirada!!!
Alguém já se deparou com a quantidade de gente a entrar no Ensino Superior em áreas como as ciências da saúde? Eu percebo, mas o país não se faz só com médicos, enfermeiros, terapeutas da fala, fisioterapeutas, etc...
Qualquer dia é um país de médicos, enfermeiros e por aí fora...
Então e as humanidades (o parente pobre). Também ninguém está para pensar... O que importa é ser doutor ou engenheiro, ou então fazer a vontade aos papás...
Talvez um dia se queixem...
Há muito tempo que precisamos de um ensino superior especializado nas várias áreas do saber.



03 de Outubro de 2008

A paz podre

Depois de o deputado Alberto Martins ter assumido não restam duvidas...
As relações entre Belém e S. Bento são aquilo que há muito se esperava.
Esperemos que não tenham efeitos nefastos ao nível institucional e social, para não termos uma versão do filme Santana Lopes, ou uma outra versão mais original: Guterres II, o Delfim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um assalto conveniente!

A PJ foi assaltada (para quem não viu, nem leu)

Pelos vistos nem esta se salva ao que para aí anda. No entanto, gostava de saber para que servem notícias destas? Para descredibilizar certamente...

Temos umas das maiores instituições policiais do mundo. E isto não interessa dizer.

Na verdade, os homens que fazem a PJ têm de ser mesmo bons. Porque desde mal pagos, pelo serviço que prestam; a ter de andar em carros podres e não ter dinheiro para combustível, já para não falar na falta de recursos no combate ao crime. De factos têm de ser mesmo muito bons...

O problema é que estes homens quando estão em cima dos acontecimentos há sempre qualquer coisa que impede a investigação de prosseguir. Estranho...

Para haver democracia, é necessário segurança.

Pensem nisto...



Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008

Obama Vs McCain

Depois de ter recolhido os estilhaços das granadas lançadas na passada sexta-feira durante o combate de palavras entre estes dois senhores, só me resta concluir: afinal, nos EUA também existe vazio de ideias...

Ao fim de contas o problema não terá política, mas de quem a faz...

Pense-se nos cidadãos, e deixemo-nos de tecnocracias


Terça-feira, 30 de Setembro de 2008

Velhos hábitos...

A semana passada depois de ter assistido, via rádio, ao debate que marcou a reentreé política, no Parlamento, não entendi o porquê do Partido "Os Verdes" terem levantado a questão sobre o casamento homossexual.
Certamente assunto que merecerá uma discussão aprofundada no seio da nossa sociedade.
Na verdade, o que eu não percebo é, porque é que neste momento outros países discutem tentam resolver as consequências da crise financeira, e, em Portugal continuamos a fazer tudo como se nada se passasse na vizinhança...
Quando acordaramos pode ser tarde!!!
Velhos hábitos...


Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008