sábado, 31 de dezembro de 2016

Sábado da Oitava do Natal

O evangelho de hoje convida-nos à reflexão do nascimento de Jesus. S. João utiliza a linguagem metafórica para dar enfase ao caracter salvífico de Jesus. O verbo que encarnou e que habitou entre nós. O verbo aqui é Jesus. Porém parece que João ao dizer “o verbo encarnou”, permite-nos tirar duas conclusões, a primeira é que para João o que era importante antes do nascimento de Jesus era a Palavra e, que essa Palavra era o centro da vida e, por outro lado, como a Palavra é importante e como Jesus é também importante, João utiliza a expressão “verbo” para dizer que, assim como a Palavra é importante, também Jesus é importante e, dessa forma, para João o verbo encarnado é Jesus. Este Jesus que nasce, com uma missão própria e que vem habitar entre nós como a “Palavra de Deus” encarnada, é isso que também lhe dá o carácter de filho de Deus, como aquele que encarna e se torna a palavra de Deus feita carne.


andré araújo

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Na Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José - Mt 2, 13-15.19-23

A Igreja hoje celebra o dia da Sagrada Família. Esta é uma das festas mais importantes no contexto religioso católico, pois, ao celebrarmos a Sagrada Família, estamos a celebrar o caminho que José e Maria fizeram com Jesus. Neles vemos o exemplo de Pai e Mãe. Uma mãe que teve um filho e, que nele viu a gloria divina. Um pai que mesmo sabendo que aquele não era seu filho, assumiu-o como tal e, lhe deu um oficio e uma descendência. O papel de Maria aqui é importante, pois é nela que vemos a alegria de ter tido o filho de Deus e, nela vemos também o revelar da sua missão, não só como mãe, mas como discípula. Dessa forma o evangelho de hoje descreve-nos a fuga de José e Maria para o Egipto, não é uma fuga por medo, mas para salvaguardar o filho de Deus.


andré araújo

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Quinta-feira da Oitava do Natal - Lc 2, 22-35

O evangelho de hoje apresenta-nos a ida de Maria e José ao templo após o nascimento de Jesus. Maria e José eram judaicos e, como tal cumpriam com as leis judaicas para que o seu filho pudesse então ser abençoado por Jesus. Porém, acontece o oposto. O justo Simeão é que acaba por ser abençoado pelo menino, pois ele viu em Jesus, movido pelo Espírito Santo, a salvação. Por isso declama aquele hino, como um hino que exalta a figura de Jesus como o Salvador. O hino manifesta também a alegria de Simeão ao ver Jesus, pois é nessa alegria que ele contempla Jesus. Esta particularidade de ver em Jesus a salvação, conduz Simeão à alegria eterna e, que naquele dia foi a manifestação viva de Jesus como aquele que trará a salvação.

andré araújo    

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Quarta-feira da Oitava do Natal - Mt 2, 13-18

A Festa que hoje celebramos é em honra de todas aquelas crianças inocentes que morreram, no fundo que “deram a vida por Jesus”. De notar que o evangelho de hoje é o evangelho que retrata a fuga de José e Maria com o menino para o Egipto. Esta situação já se teria repetido também no Antigo Testamento, com a fuga do povo hebreu para o Egipto, dessa forma isto parece-se como que um pré-aviso daquilo que também aconteceria a Jesus. Sabemos que não era a intenção de Deus que as crianças morressem, mas tudo isto aconteceu para se salvaguardar o Salvador que nascera naquele momento. A aparição do anjo nada revela a José o que iria acontecer, mas avisa-o que deve fugir para que não seja atingido Jesus. Dessa forma, esta festa é como que, a recordação perpétua de todas as mortes que ocorreram naquele dia.


andré araújo

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Terça-feira da Oitava do Natal - Jo 20, 2-8

Hoje celebra-se o dia de S. João, apóstolo e evangelista. João era Filho de Zebedeu, e de Salomé, terá sido discípulo de Jesus. Segundo a tradição da Igreja, João tem um irmão chamado Tiago. João, Tiago e Pedro eram os discípulos eleitos por Deus para as maiores missões. Pedro porque era o mais velho e, como tal teria maior responsabilidade e, Tiago e João eram os mais novos e, como tal a eles também cabia missões importantes. Claro que João aqui ocupa uma posição privilegiada, pois não só a ele Jesus lhe revelava as coisas mais íntimas, como também a ele lhe foi confiada Maria, como sua mãe. De notar também que João era um dos apóstolos mais novos, o que lhe permitiu ser o último dos apóstolos de 1ª geração a morrer. Dele vem vários escritos incluindo o Evangelho, que já conta com uma visão diferente do mistério de Cristo. O evangelho de hoje fala-nos da ida ao sepulcro. Esta ida permitiu a João e Pedro, juntamente com Maria Madalena de confirmar as evidências dadas por Jesus. Quando se deslocam ao sepulcro e não vêm Jesus, torna-se evidente para ele e para Pedro que Jesus teria ressuscitado.

andré araújo    

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Segunda-feira da Oitava do Natal - Mt 10, 17-22

Hoje celebramos o martírio de S. Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. Estêvão foi um dos sete primeiros diáconos a ser instituídos na igreja depois da morte de Jesus. Ele foi um verdadeiro apóstolo de Cristo, porque testemunhou com a sua própria vida a gloriosa ascensão de Jesus aos céus. Por isso, a liturgia de hoje fala-nos da descida do Espírito Santo até nós para nos dar inspiração. Sabemos que muitas e em muitas ocasiões todos os eleitos por Deus não eram capazes de serem evangelizadores, começou com Moisés no Antigo Testamento e, agora vemos no Novo Testamento. A expressão “não vos preocupeis” pois na hora certa sereis capazes de falar com o auxílio do Espírito Santo manifesta uma certeza que Jesus dá a cada um, por outro lado, a partir disto, compreendemos que o Espírito Santo não está apenas para um, mas para todos.


andré araújo

domingo, 25 de dezembro de 2016

Na Solendidade do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo - Jo 1, 1-18

“A luz brilhas nas trevas, e as trevas não a receberam.” Somos hoje convidados a contemplar o Presépio de Belém. A Palavra que estava junto de Deus, a Palavra criadora fez-se carne e nós vimos a Sua glória. Deus fez-se homem, semelhante a nós, excepto no pecado. O pecado é o estado em que nos desliga directamente da vida em Deus, fazendo-nos mergulhar na escuridão do século e do materialismo da História. Porém, poderão existir muitas luzes, mas Ele é a Luz que irradia as nossas trevas de uma vez para sempre. Muitas luzes, muitas prendas, muito consumismo, muito materialismo, muita carne e pouco espírito. O espírito natalício é de todos os dias, porque em nós todos os dias tem de brilhar esta Luz para todos os que estão longe. Nós, cristãos temos essa responsabilidade: “Ide e ensinai...” Ide e levai a Luz do Presépio. A Luz do Presépio é Luz da Paz, da Alegria, da Justiça e do Amor. O Mundo necessita urgentemente de Paz, de Alegria, de Justiça e de Amor e esse é o Caminho, Verdade e Vida em Jesus Cristo. Não podemos mais de viver de imagens virtuais, mas de imagens reais, por isso seria bom que caísse de vez esta hipocrisia que nos circunda e que mina as nossas relações, transformadas em compaixões mundanas. Seria importante que falássemos mais de Espírito do que de Carne. Seria importante que puséssemos os olhos no essencial da nossa vida do que andarmos dispersos em padrões, em leis que nos aprisionam. A vida cristã não anda em torno do “diz que disse”, mas na Palavra do Evangelho que é Jesus Cristo. Todos os cristãos são altamente responsáveis por este viver o Evangelho, do que andar filados em conversas de “lana caprina”. Não é tempo de divisões, nem de lutas internas, mas de unir esforços neste bom combate da Fé. Por isso neste dia quero lembrar de um modo muito especial os cristãos sírios e todos os cristãos que neste Mundo são vítimas de perseguição directa ou indirecta por acreditarem neste Deus que se fez carne e habitou entre nós, para que Nele vissemos, escutássemos e contemplassemos a Sua glória. Que a Luz de Cristo a todos ilumine neste Natal com a Sua Paz...
Santo Natal!



jjmiguel

sábado, 24 de dezembro de 2016

Sábado da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 67-79

“Nos deu um Salvador poderoso.” Antes de celebrarmos o Nascimento de Jesus, contemplamos no evangelho de São Lucas a oração do “Benedictus”, proferida, segundo a tradição por Zacarias. Deus visitou o seu povo e nos deu um salvador poderoso. Jesus salva, foi para isso que Ele entrou na nossa História, para que a História não tenha fim. Jesus é o centro da festa do Natal! Ou será que não é nisto que acreditamos? Extraordinário como durante este tempo de preparação para o Natal não se fala sequer no Menino Jesus. E até já o Pai Natal foi remetido para segundo plano. Muitas luzes, muitas árvores de Natal, todos preocupados com as prendas e prendinhas, mais uns jantares e almoços e Menino Jesus nem vê-lo. Peço desculpa pela forma directa, mas sinceramente foi o que senti ao longo deste tempo de Advento. Cada vez mais me pergunto se de facto estamos a celebrar este grande momento que é o Nascimento de Jesus no Presépio de Belém.


jjmiguel

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sexta-feira da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 57-66

“Não há ninguém da tua família que tenha esse nome”. Vivemos de padrões sociais. Tudo para nós tem de ser “um branco” e “um preto”, mas o Nosso Deus é um deus que desestabiliza o que se pensa estar estabilizado. Por isso somos convidados a estarmos atentos até à vinda do Senhor. Está na hora de nos prepararmos para a verdadeira Ceia do Natal que passará sem dúvida Mesa da Eucaristia, pelo lugar do Presépio. Nesta passagem do evangelho todos pensavam que Zacarias iria colocar um nome de família à criança que tinha agora nascido, segundo era tradição. Ora, a tradição foi quebrada e isto para nos dizer que Deus não é, nem de tradições balofas e amorfas, mas de tradições que façam progredir e que possam gerar vida. Se não celebrarmos a vida neste Natal em torno do Presépio, contemplando a Sagrada Família de Nazaré, então o que estamos a celebrar?


jjmiguel

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Quinta-feira da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 46-56

“Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.” Aproximam-se dias de grande solenidade e dias também de encontro. É tempo de derrubar os poderosos e exaltar os humildes. Há hoje uma fome muito grande pelo querer ser maior, por ter poder. É tempo de nos deixarmos despir dos nossos faustosos vestidos, da nossa gula, do nosso consumismo e perceber que o tempo de Natal, é um tempo todo ele contrário ao que se prega por aí... O tempo de Natal, não é tempo de compaixões mundanas, nem muito menos de filantropias que só passam de gestos e que muitas vezes duvida-se que brotem do coração. Sei que neste Natal há famílias divididas por orgulhos e rancores; casais que enfrentam um processo de divócio; filhas e filhos que se encontram zangados com os pais e vice-versa e mais um não sei quê de “coisinhas” que demonstra que estamos muito longe do espírito de Natal. Vê-se muitas luzes na rua, muitas árvores de Natal que só serve para nos ofuscar que o espírito do Natal passa pelo perdão e pelo Amor, tudo o resto é lixo!


jjmiguel

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Quarta-feira da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 39-45

“Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?” Maria vai visitar Isabel, sua prima. Isabel reconhece Maria como a Mãe de Deus. E ela o é de facto. É este facto que faz de Maria a sua entrada na nossa História cristã. Nossa Senhora de Fátima, de Lourdes, de Loureto, de Guadalupe, da Aparecida, não seriam importantes se não fosse este facto. Maria é importante porque é a Mãe de Deus e não por outro facto. Maria não é uma deusa a quem adoramos. A ela veneramos por ter sido o primeiro sacrário da história da nossa salvação. Maria acolhe Deus no seu ventre para que este entre na nossa História. Deus nasce de uma mulher, sujeita-se à Lei humana, sujeita-se à nossa condição humilhando-se ainda mais até à morte e morte na Cruz para vir ao nosso encontro, para nos vir dar a mão para que possamos regressar da morte à vida.


jjmiguel

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Terça-feira da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 26-38

“Como será isto...?” A liturgia coloca-nos num dinâmica de crescendo até à Solenidade do Nascimento de Jesus. Maria acolhe no seio o mesmo sopro da vida que nos é relatado no livro do Génesis. Maria acolhe a obra do Espírito da Vida. Deus desce à nossa condição humana, fazendo-se homem como nós, de carne e osso para nos trazer uma mensagem de Amor e de Paz para todos sem excepção. Somos ainda uma sociedade herdeira dos deuses do Olimpo e achamos que Deus ainda se encontra inacessível. Por Maria o Inacessível tornou-se acessível aos nossos olhos. Mas quanta cegueira e tanta surdez ainda nos invade... Permiti que o Amor penetre o vosso coração em todos os campos da vossa vida para o Natal, não seja mais um jantar e mais um convivio de amigos, mas sim um encontro com Jesus que é vida e esperança para o coração do mundo.


jjmiguel

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Segunda-feira da IV Semana do Tempo de Advento - Lc 1, 5-25

“Apareceu-lhe então o anjo do Senhor.” A Palavra que nos é hoje dirigida é o anúncio do anjo São Gabriel a Zacarias dizendo-lhe que sua mulher Isabel, já de idade avançada irá conceber e dar à luz um filho a quem porá o nome de João. Tal como a Zacarias, Deus coloca-se diante de nós, muitas vezes para nos dizer aquilo ao que aos nossos olhos é impossível. Andamos tão distraídos por entre árvores de Natal, iluminações e compras de Natal que nem sequer temos tempo para neste tempo de preparação para o Natal escutar Deus na nossa vida. Este tempo é de silêncio, para escutarmos o que Deus nos tem para dizer neste Natal. Com certeza com muita coisa Deus nos tem para dizer, num momento em que mundo precisa de paz e de silêncio.


jjmiguel

domingo, 18 de dezembro de 2016

No IV Domingo do Tempo de Advento - Mt 1, 18-24

O evangelho de hoje mostra-nos três coisas. A primeira é o modo como nasce Jesus, ou seja, como é que Maria concebe Jesus no seu ventre. Por outro lado, mostra-nos a aceitação de José e como é José. O Evangelho fala de um homem justo e prudente, que repudia Maria em segredo. José faz isto, pois sabe que se a repudiasse publicamente Maria iria ser alvo da morte e apedrejada, ou seja, Maria seria apedrejada até à morte por adultério e, José não queria isso. Por fim, mostra-nos a aceitação de José, a partir da presença do anjo e a “identidade” do menino. José quando recebe o anjo percebe que efetivamente Jesus é filho de Deus e por isso o aceita, como também é aí que se compreende a grande missão de Jesus. Ao dar o nome de “Emanuel” indica uma pessoa que estará sempre connosco. Esta mensagem escatológica acontece aqui, no momento da anunciação e, no momento da Cruz. Uma realidade que é transversal e que caracteriza a presença de Jesus, como alguém que está sempre connosco.


andré araújo

sábado, 17 de dezembro de 2016

Sábado da III Semana do Tempo de Advento - Mt 1, 1-17

O evangelho de hoje mostra-nos a genealogia de Jesus. Porém é necessário esclarecer uma coisa. A Genealogia patente no Evangelho não é propriamente de Jesus, mas sim de José. O evangelho diz “Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus”. É de notar a expressão “da qual nasceu Jesus”, esta da qual indica-nos Maria como aquela que carrega no seu ventre o Filho de Deus. Esta expressão indica-nos também que Jesus não é gerado por José, mas é nascido do ventre de Maria. S. Paulo em Gal. Gal 4, 4-5fala-nos de “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei”, este é o grande papel de Maria. José também tem aqui um grande papel. Pois é a partir de José que Jesus é introduzido na descendência de David, pois José assumindo-se como pai, pela sua descendência coloca Jesus como descendente de David.


andré araújo

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sexta-feira da III Semana do Tempo de Advento - Jo 5, 33-36

Jesus sabe ver em João Jatista uma luz de esperança, a partir das suas palavras e dos seus gestos. Ele coloca em João este caminho que o irá conduzir a Ele. Por outro lado, Jesus tenta mostrar que se, o povo se sente feliz com as acções de João deveria de ficar também feliz com aquilo que Jesus faz, testemunhando que aquilo que faz é com o auxilio de Deus e, que por ter o auxilio de Deus se torna ainda maior do que se fosse feito apenas por Ele. Jesus quando olha para o povo consegue entender quem deseja alcançar a santidade e, quem é capaz de escutar as suas palavras. Estas afirmações que Ele faz de João Batista é como que um reafirmar da sua própria missão, pois o que João faz, também Jesus faz, mas faz com o auxilio de Deus. É a partir destas palavras que Jesus começa a revelar-se ao povo, manifestando o encontro e a salvação que Jesus pode dar a cada um daqueles que se sente capaz de se deixar acolher por Cristo.


andré araújo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Quinta-feira da III Semana do Tempo de Advento - Lc 7, 24-34

João Batista assume o papel de percursor do caminho de Jesus. Ele veio antes de Jesus para preparar a todos para receberem o filho de Deus. Porém, o evangelho de hoje coloca-nos a realidade de João Batista vista aos olhos de Jesus. Ele não só assume a importância de João, como seu percursor, mas também vê nele o caminho que as pessoas devem tomar, pois a partir de João as pessoas recebem o batismo de remissão dos pecados e, com Jesus as pessoas alcançam a salvação. Desta podemos dizer, que entre João e Jesus há como que uma continuidade na missão dada por Deus a cada um deles. É de notar que, perante estas afirmações que Jesus faz e a aceitação por parte do povo mostra-nos a importância que as pessoas davam a Jesus e a João, pois após as suas palavras, as pessoas começam a procurar João, porque querem ser batizadas.


andré araújo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Quarta-feira da III Semana do Tempo de Advento - Lc 7, 19-23

No evangelho de hoje, podemos ver a dimensão salvífica de Jesus. Sabemos que Jesus realizava boas obras e fazia curas, o que o evangelho de hoje nos mostra é a preocupação de João Batista perante o que estava a acontecer. É certo que a preocupação de João não era uma preocupação negativa, no fundo ele necessitava de uma confirmação. Porém, quando os seus discípulos vão ter com Jesus, este não lhes diz se é Ele ou não, quem faz aqueles prodígios, mas dá-lhe uma mensagem. Esta mensagem é como que um testemunho vivo e assistidos pelos discípulos de João. Por fim, Jesus diz “Feliz daquele que não encontra em mim ocasião de queda” esta frase completa todo o mistério da salvação de Jesus. Aqui Ele assume-se como um lugar de encontro para quem o procura e, quem o procura tem a certeza que ele encontrará um lugar de abrigo.


andré araújo

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Terça-feira da III Semana do Tempo de Advento - Mt 21, 28-32

Jesus, no evangelho de hoje, fala da revelação. Na parábola contada por Jesus é como que se fosse um elucidar para todos aqueles príncipes dos sacerdotes e anciãos que estavam à volta Dele. Jesus tenta mostrar-lhe o caminho a seguir, indicando-lhe o seu projeto de salvação. Isto é como que, uma manifestação escatológica para o que viria acontecer com Ele. Fala de João Batista para elucidar a passagem do mesmo, dizendo que, à semelhança de todos os outros que não ouviram João, eles também não ouvem Jesus. Aqui se compreende a passagem da sagrada escritura que diz “Feliz daqueles que ouvem a palavra de Deus e a poem em prática” no fundo Jesus tenta que a partir das suas palavras, as pessoas sejam capazes de ouvir a voz Dele e se sintam a caminho para a salvação.


andré araújo

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Segunda-feira da III Semana do Tempo de Advento - Mt 21, 23-27

No evangelho de hoje podemos ver duas coisas: a dureza com que Jesus lidava com os príncipes dos sacerdotes e com os anciãos e a forma como Jesus ensinava. Jesus vai ao templo, em toda a sua vida, para orar ou para ensinar. Lá temos oportunidade de ver a verdadeira ação de Jesus. Por diversas passagens somos confrontados com a forma como Jesus sente o templo e, como Jesus ensina no templo. São duas realidades diferentes. Jesus pode ensinar, como já vimos, com palavras, mas também pode ensinar com gestos concretos, o caso da venda que é feita no templo quando Jesus diz “A casa de meu Pai não é casa de comercio”, no fundo com isto Jesus pretende dizer, que nesta nova vida inaugurada por Jesus, o templo é casa de oração e não de comércio. Também é no templo que Jesus instrui as pessoas, desta forma para Jesus o templo não é apenas um lugar de culto, mas também de instrução.


andré araújo

domingo, 11 de dezembro de 2016

No III Domingo do Tempo de Advento

O tirano deixará de existir, o escarnecedor desaparecerá. e serão examinados os que só pensam no mal, aqueles que pelas suas palavras fazem condenar os outros, os que armam ciladas no tribunal a quem promove a justiça, e aqueles que por um nada arruínam o justo.

Do Livro de Isaías

sábado, 10 de dezembro de 2016

Sábado da II Semana do Tempo de Advento

Como ao faminto que sonha que está a comer, mas acorda com o estômago vazio, ou ao sequioso que sonha que está a beber, mas acorda extenuado com a garganta seca, assim sucederá à turba das nações que lutam contra o monte de Sião.

Do Livro de Isaías

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Sexta-feira da II Semana do Tempo de Advento

No futuro, Jacob lançará raízes, Israel produzirá rebentos e flores que encherão de frutos a superfície do globo. Porventura o feriu Ele, como o fez aos que o feriam? Ou matou-o, como o fez aos que o matavam?

Do Livro de Isaías

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Na Solenidade da Imaculada Conceição

Assim como pelo pecado de um só, veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só, virá para todos a justificação que dá a vida. De facto, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só, todos se tornarão justos.

Da Carta de São Paulo aos Romanos

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Quarta-feira da II Semana do Tempo de Advento

Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comidas de boa gordura, vinhos puríssimos. Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; destruirá a morte para sempre.

Do Livro de Isaías

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Terça-feira da II Semana do Tempo de Advento

Por isso Vos glorifica um povo forte, Vos teme a cidade das nações terríveis, porque sois o baluarte do humilde, o baluarte do pobre na sua angústia, um refúgio contra a tempestade, sombra contra o calor; pois o sopro dos violentos é como a tempestade na invernia, o alarido dos bárbaros é como o calor em terra árida. Vós mitigais o calor com a sombra de uma nuvem; o coro dos violentos se dissipa.

Do Livro de Isaías

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Segunda-feira da II Semana do Tempo de Advento


A terra foi contaminada pelos seus habitantes, porque transgrediram as leis, desprezaram os preceitos, romperam a aliança eterna. Por isso a maldição devora a terra, e os seus habitantes sofrem a pena dos seus crimes.

Do Livro de Isaías

domingo, 4 de dezembro de 2016

No II Domingo do Tempo de Advento - Mt 3, 1-12

O Evangelho de hoje mostra-nos duas coisas a pregação de João Batista, no anuncio do reino e a figura de João Batista. Segundo a tradição João Batista era filho de Isabel, parente de Maria. João Batista anuncia o reino que há-de vir. “Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus”, no fundo João Batista anuncia a vinda do Messias. João era típicamente um nómada, a forma como se vestia e pregava despertava um certo interesse pelas pessoas. A liturgia de hoje mostra-nos a verdadeira condição de João Batista como aquele que vestia peles e comia mel silvestre e gafanhotos, o que nos indica que permanecia constantemente no deserto. João pregava a vinda do Messias e, pela prática do batismo João encaminhava cada uma das pessoas ao encontro de Jesus, por isso é que no momento em que Jesus lhe pede o batismo João não se sente capaz de o fazer, porque sabe que Jesus é que é o salvador. 


andré araújo

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sábado da I Semana do Tempo de Advento - Mt 9, 35-10, 1. 6-8

A Igreja hoje celebra S. Francisco Xavier este grande missionário que levou além-fronteiras o evangelho de Jesus. Jesus em certa medida também foi um missionário pois, Ele pregava, curava e ensinava a todos os povos sem distinção. É isso que o evangelho nos mostra hoje, onde Jesus, pela acção do Espírito Santo, dá a cada um dos doze o poder de curar e de expulsar os espíritos impuros é aqui que começa a missão de cada um, ir às cidades e manifestar o poder de Deus, curando e expulsando os espíritos e, também de pregar a boa nova de Jesus. No fundo, parece que o objetivo de Jesus era não só salvaguardar pelas pessoas, mas também que essas pessoas fossem portadoras também deste evangelho da boa nova e, que fossem novos seguidores de Jesus. 

andré araújo

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Sexta-feira da I Semana do Tempo de Advento - Mt 9, 27-31

A liturgia de hoje mostra-nos um dos milagres de Jesus. Quando Jesus opera sempre um milagre salvaguarda as pessoas para que nada contém. Porém é-nos dito pelo evangelista que após Jesus ter operado o milagre eles logo correm a divulgar o milagre operado. Claro que este milagre acontece pela fé. Note-se que em qualquer milagre Jesus pergunta se, “tens fé? Vai a tua fé te salvou”, no fundo cada um de nós tem de ter fé para que Jesus possa operar em nós os seus milagres e as suas intenções. Claro que este “abrir os olhos” é também um convite a cada um de nós, que abra os olhos para receber as graças de Deus. Jesus opera sempre nos outros, mas é como que um convite a que cada um de nós. Pela nossa fé seremos salvos, mas é necessário construir uma fé solida para que sejamos capazes de aguentar as tormentas.


andré araújo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Quinta-feira da I Semana do Tempo de Advento - Mt 7, 21. 24-27

Para Jesus era importante que as suas palavras fossem postas em prática, era como que uma atitude moral, mostrando que o que seria então importante era construir uma fé sólida a partir das suas palavras. A utilização da casa como exemplo das suas palavras e a utilização da areia e do vento e, das rochas, parece mostrar que para Jesus a fé tem de ser bem sólida para que nos momentos de dores e de aflições sejamos capazes de aguentar as tormentas e, dessa forma sermos capazes de salvaguardar a nossa fé. As pedras servem de apoio para os alicerces da casa e, que sem ela somos incapazes de compreender o mistério da nossa fé. Por outro lado, Jesus exorta mais uma vês aquilo que já tinha dito outras vezes que é necessário escutar e por em prática as suas palavras, isto encaminha-nos para o que diz S. Tiago mostra-me a tua fé sem obras que eu pelas minhas obras te mostro a minha fé, no fundo é necessário que a nossa fé seja edificada pelas obras de Jesus para que sejamos capazes de transmitir a todos este amor que vem de Deus.

andré araújo

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Quarta-feira da I Semana do Tempo de Advento - Mt 4, 18-22

Em toda a vida Jesus é-nos apresentado o quotidiano das pessoas, ou seja, Jesus sempre que exortava as pessoas fazia-o com o que era mundano, no fundo adotava a sua linguagem aos recursos que cada uma das pessoas tinha. A liturgia de hoje descrevemos o chamamento de Cristo a Pedro, André, Tiago e João. A tradição diz-nos que Pedro e André eram irmãos, porém é-nos apresentado também Tiago e João como irmãos, todos eles eram pescadores, com algumas semelhanças, mas eram pescadores. Jesus no momento em que os chama convida-os a pescar homens, mas este pescar homens é uma metáfora, no fundo o que Jesus faz é convidá-los a Segui-Lo e a auxiliá-lO na construção dos seus seguidores, pois, segundo a tradição, estes foram os primeiros a serem escolhidos por Jesus. Também segundo a tradição André terá sido cruxificado em Acaia com a cruz em X e não como era habitual. Posteriormente, segundo a tradição, André torna-se então o fundador e símbolo do Patriarcado de Constantinopla.


andré araújo

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Terça-feira da I Semana do Tempo de Advento - Lc 10, 21-24

A Liturgia de hoje mostra-nos a acção do Espírito Santo. Toda a acção de Jesus é sempre acompanhada pela acção do Espírito Santo, este rejubilar de alegria é como que uma manifestação de amor dada a Jesus pelo Espírito Santo. Note-se que Jesus diz muito concretamente ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho, é aqui que se expressa a condição da Santíssima Trindade. Onde está o Pai está o Filho que chega até nós pelo Espírito Santo e, é nesta relação filial entre o Pai e o Filho que nós somos convidados a colocar tudo o que somos em Cristo e em Deus. Deus dá tudo a seu Filho para que ele possa manifestar o seu poder aos discípulos e, para que sejam testemunhas vivas do amor e do poder de Deus. Por isso é que Jesus faz aquela exortação muito queriam ter visto e ouvido o que cada um de vós viu e ouviu, mas esses não foram contemplados, isto demonstra a verdadeira glória que Jesus tem para com os seus discípulos.


andré araújo

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Segunda-feira da I Semana do Tempo de Advento - Mt 8, 5-11

Começamos o Advento, um tempo de espera Daquele que “advir”, no fundo, um tempo de oração pelo nascimento do nosso salvador. Assim também o evangelho nos exorta a isso mesmo. No momento da eucaristia nós fazemos memória a esta passagem, nomeadamente com a expressão do centurião “senhor eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e eu serei salvo” esta expressão congrega em si o mistério da salvação, por um lado cada um de nós se reconhece como pecador e, por outro cada um de nós pode ser algo da salvação feita por Deus. Nota-se também que a exortação feita por Jesus é como que uma chamada de atenção, para a partilha e para o amor, onde Jesus prolonga essa oferta de amor e partilha não apenas a uns, mas do ocidente a oriente, no fundo a todos.


andré araújo

domingo, 27 de novembro de 2016

No I Domingo do Tempo de Advento - Mt. 24, 37-44

“Estai vós também preparados.” A Igreja inicia hoje o Tempo de Advento. O Tempo de Advento  é um tempo de expectativa, de ansiedade, de penitência, de sofrimento por esta espera do Nosso Mestre e Senhor que está para chegar para nos devolver à vida. A Palavra há muito proclamada fez-se carne e nós vimos, ouvimos, contemplámos, tocámos. Deus habitou entre nós! Deus veio ao encontro do Homem! Será que o Homem de hoje quer-se encontrar com Deus? Penso que sim, mas falta-lhe descobri o Amor. Neste tempo de preparação para o Natal, não seja um tempo só de ir à procura da melhor prenda, da filantropia burgueso-maçónica, de uma compaixão mundana, de uma misericórdia balofa, de nos afundarmos num mundo afundado por um consumismo que está desregulado resultado de um sistema capitalista que nos engoliu. Os meus votos é que este tempo de Advento é que de facto seja um tempo em que possamos derrubar barreiras, muros e possamos acolher no nosso coração o Menino Jesus, nascido na mais profunda pobreza. Que Deus se possa fazer Homem no coração de cada homem e mulher de boa vontade! Apetece-me parafrasear o Beato Paulo VI: Homens, sede homens neste Natal de 2016, porque o Mundo precisa de Paz!


jjmiguel                                                          

sábado, 26 de novembro de 2016

Sábado da XXXIV Semana do Tempo Comum - Lc. 21, 34-36

“Não suceda que os vossos corações se tornem pesados.” Jesus exorta-nos a termos cuidado, para não nos afundarmos demais nas preocupações da vida, porque podemos no meio dessas preocupações perder o sentido e morrermos definitivamente. Hoje preocupa cada vez mais a morte espiritual. Damos muita importância à morte, mas não conseguimos ver na morte, um sinal de vida e de esperança e isto porque estamos afundados demais e centralizados demais em preocupações desnecessárias, quando uma só coisa é necessária: sermos cada vez mais configurados com Jesus, Nosso Mestre e Senhor, e o segredo está na oração. A oração é um diálogo, e um diálogo pressupõe uma intimidade, e quanto maior for essa intimidade com Jesus, mais Jesus se faz presente na nossa vida. Os cristãos falam de Jesus Cristo, porque O vivem, porque O experienciam na e com a sua vida de discipulos. Por isso, “vigiai e orai!”


jjmiguel

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Sexta-feira da XXXIV Semana do Tempo Comum - Lc. 21, 29-33

“As minhas palavras não passarão.” “Jesus Cristo, ontem hoje e sempre”, assim cantamos em algumas ocasiões nas nossas comunidades durante as Eucaristias. Na verdade, por Jesus, Deus entrou na História do mundo. O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o mesmo Deus que viu surgir e cair muitos impérios. Deus é... Todos os atributos que lhe possamos atribuir é limitá-lo aos nossos limites no tempo e no espaço. Por isso quando procuramos explicar quem é Deus é o mesmo que estarmos a colocar diante da nossa racionalidade e logo estamos a limitar um Ser que é muito mais que os nossos limites e que é mistério e que por ser mistério ao longo da nossa vida se vai revelando nas nossas relações. O homem está condenado a ser um ser em relação, caso contrário perde o seu sentido de viver, porque a sua vocação é amar e ser amado. Neste viver no Amor, está a pessoa de Deus, porque o Amor é a essência da vida de Deus.


jjmiguel

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Quinta-feira da XXXIV Semana do Tempo Comum - Lc. 21, 20-28

“Erguei-vos e levantai a cabeça.” Jesus mais uma vez nos dá a conhecer que muito se passará, muitos serão os acontecimentos em que parece que o mundo está a chegar ao fim. Muito frequentemente isso se passa na nossa vida. Com frequência temos sentimos que à nossa volta tudo vai desabar. Porém Jesus diz-nos para nos erguermos, levantarmos a cabeça e ter coragem. Os cristãos estão no mundo, vivem no mundo, por isso não se podem alienar dos problemas do mundo e esse é a missão de todo e qualquer batizado: ser embaixador de Cristo. Um embaixador tem uma missão diplomática junto de outro Estado, assim é a vida cristã. Somos nós cristãos batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, que devemos ser no mundo representantes fiéis da missão de Jesus Cristo no mundo: a proliferação da Paz e do Amor. Se não formos isto, podemos ser muitas coisas, menos cristãos.


jjmiguel

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Quarta-feira da XXXIV Semana do Tempo Comum - Lc. 21, 12-19

“Eu vos darei língua e sabedoria.” Jesus revela-nos o que irá ser a vida dos discipulos de Jesus. Uma vida de provações, de dissabores, de sofrimento, de perseguição... Fica expressa que a vida e a missão dos discipulos de Jesus é uma vida de amargura e desgraça, porém não é esse o sentido que Jesus quer expressar. Jesus expressa que os discipulos de Jesus terão que fazer a experiência da Cruz para poder dar testemunho da vida e do Amor de Deus expresso no estandarte da Cruz. Não podemos ser cristãos sem Cruz. Falar de Jesus Cristo sem a cruz, não é falar de Jesus Cristo. Falar somente de Jesus ressuscitado, sem a provação da Cruz é falar de um cristianismo mundanizado e de uma mera filosofia de vida. A vida humana tem sofrimento, tribulações e problemas, não é mera felicidade eterna. O sofrimento existe para que possamos experimentar e sentir na pele o Amor e a Vida, bem como a morte é uma realidade para que possamos expressar a vida e a vida em abundância.


jjmiguel

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Terça-feira da XXXIV Semana do Tempo Comum - Lc 21, 5-11

“Não será logo o fim”. Jesus em diálogo com os seus discípulos tem um discurso em que dá a revelar um cenário colossalmente apocaliptico. Muitos houve, há e haverá que fizeram deste discurso de Jesus como o anúncio do final dos tempos. Na verdade, é um discurso escatológico. Mas o que significa escatologia? A escatologia, de uma forma simples, é o estudo que se dedica às últimas realidades do género humano, do cumprimento final da história da salvação. Jesus não nos fala do fim da História, mas aponta para a plenitude dos tempos. Esta plenitude dos tempos é já experimentada num aqui e num agora, na medida em que fazemos da nossa vida, uma vida configurada com Cristo crucificado, morto e ressuscitado. Deste modo a vida cristã é vivida num “já”, mas num “ainda não”. Este já o tempo em devemos viver Jesus Cristo, mas ainda não, porque Ele só se manifestará no dia da Sua vinda, e em que nós o conteplaremos na glória. É por isso que a nossa vida humana é muito frágil perante colossal realidade, resta-nos o Amor e viver no Amor, para que possamos viver já a vida de Deus. Saibamos viver a nossa missão que nos foi confiada aqui, para que um dia possamos saborear a Paz, a Alegria, a Justiça e o Amor de Deus sem espaço, nem tempo. Porque agora vemos com um espelho, um dia veremos face a face.


jjmiguel

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Segunda-feira da XXXIV Semana do Tempo Comum - Mt 12, 46-50

“Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai.” Da leitura da Escritura, Maria, juntamente com a família de Jesus querem falar com Jesus, mas Jesus numa primeira impressão como leitores, parece que os rejeita. Na verdade, Jesus não rejeita, mas reconhece em Maria como aquela que foi a primeira a fazer a vontade do Pai. O mistério do Cristianismo está neste doar-se totalmente, integralmente nas mãos de Deus. Não somos donos da nossa vida, mas antes somos simples servos, como foi Maria. Por isso o cristão vive esta missão de com a sua vida testemunhar Jesus Cristo e o Seu Evangelho na relação com os outros, porque é essa nessa relação que se manifesta a vida de Deus – o Amor.


jjmiguel

domingo, 20 de novembro de 2016

Na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Lc 23, 35-43

O evangelho de hoje relata o momento em que Jesus está na cruz e é aclamado Rei dos Judeus. Jesus sofre com a troça dos outros, Jesus sente dor, Jesus está na Cruz. Para Jesus este momento é um momento de diálogo entre Ele e o Pai. Jesus sente-se magoado não pelo seu destino, mas pela troça que fazem Dele. De tal forma, que neste momento um ladrão bom vai em sua defesa e, Jesus promete-lhe a vida eterna junto d' Ele no reino celeste. Jesus é coroado rei pelo Judeus não porque o seja de facto, mas eles fazem-no por troça, pois, se efectivamente Ele é filho de Deus, segundo os Judeus, tem poder para se salvar, mas o que Jesus escolhe é o inverso. Jesus aceita viver este momento na cruz para nos salvar e, mostrar aos judeus que todo o seu poder não é para Ele mas para cada um de nós. Jesus vive este momento para que, no momento em que se der a ressurreição Ele seja capaz de fazer sentir em cada um dos judeus este poder que vem de Deus. Porque Ele veio para que tenhamos vida e vida em abundância.

andré araújo 

sábado, 19 de novembro de 2016

Sábado da XXXIII Semana do tempo Comum - Lc 20, 27-40

Os saduceus são um grupo dos judeus que não acreditavam na ressurreição. Desta forma, ao fazer a pergunta a Jesus não se trata de um modo de conhecer efectivamente o que é a ressurreição, mas de pôr à prova todo o conhecimento de Jesus. Em nenhum lado da Sagrada Escritura se encontra uma afirmação de Jesus negando os ensinamentos de Moisés, encontra-se sim, uma nova interpretação dos ensinamentos de Moisés. Jesus não responde directamente aos saduceus, mas indica-lhes que a ressurreição não é um acto terreno, mas um acto divino. No momento em que se dá a ressurreição há uma mudança na pessoa, pois ela entra neste novo reino que há-de vir. Jesus para evidenciar melhor a sua afirmação recorda o momento em que Deus aparece na sarça ardente a Moisés, onde Deus recorda que é o Deus de Abraão, Isaac e Jacob, o que demonstra que este é um Deus dos vivos e não de mortos.

andré araújo 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Sexta-feira da XXXIII Semana do Tempo Comum - Lc 19, 45-48

A liturgia de hoje mostra-nos uma segunda manifestação de Jesus no templo. Jesus ia muitas vezes ao tempo para rezar, o que nos recorda a “veia” judaica de Jesus. Por outro lado, o amor que Jesus sentia pelo templo e pela oração dá-nos uma ideia do que Ele procurava no templo. Para Jesus e, segundo as escrituras, ali era um lugar de culto, de oração, no fundo de um encontro verdadeiro com Deus. Jesus ao manifestar que o templo não é uma casa de comercio, mas sim de culto, imprime caracter ao que ele verdadeiramente é, desta forma, Jesus nesta manifestação um pouco bruto, pretende dar ênfase à oração como um lugar de encontro e o templo como casa de Deus.

andré araújo 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Quinta-feira da XXXIII Semana do Tempo Comum - Lc 19, 41-44

A liturgia de hoje apresenta-se que como uma mensagem escatológica, não da pessoa de Jesus, mas para a cidade de Jerusalém. Jerusalém era a cidade eleita de Deus mesmo antes de Jesus nascer e, após Jesus nascer. A expressão “dias virão” por parte de Jesus é uma expressão de lamentação, o que indica a agonia com que Jesus se encontra ao saber dos tormentos que a cidade sofrerá por não acolher a paz. Desta forma, Jesus após ter sido aclamado na entrada triunfal em Jerusalém e, depois de ter proferido uma mensagem de paz, Jesus sente este apaziguamento, pois a cidade foi incapaz de perceber a sua mensagem, uma mensagem não só dirigida a Jesus, mas também à cidade. O fato de Jesus chorar denota um certo carinho de angústia que Jesus sente pela cidade, é um chorar porque, sendo Ele filho de Deus sabe os verdadeiros tormentos que a cidade sofrerá por causa dos seus erros e pecados. 

andré araújo

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Quarta-feira da XXXIII Semana do Tempo Comum - Lc 19, 11-28

A liturgia de hoje mostra-nos o benefício do dinheiro. No fundo e a partir desta linguagem metafórica tão rica em Lucas, compreendemos que a quem tem talentos deve-os pôr a render. Porém, o que esta parábola nos quer dizer é que, entre o momento em que morre Jesus até ao dia em que Ele vier, devemos pôr em prática os ensinamentos que Jesus nos deu, desta forma, ao colocá-los em prática haverá um maior número de fieis e, desta forma será mais fácil proclamar o evangelho. A utilização desta parábola é semelhante à parábola dos talentos (Mt 25, 14-29), pois ambas reflectem exactamente isto, a quem é dado os talentos tem de os pôr a render em benefício de Deus.

andré araújo

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Terça-feira da XXXIII Semana do Tempo Comum - Lc. 19, 1-10

Lucas é um dos evangelhos mais ricos quando se trata em colocar em destaque acontecimentos concretos. Hoje a liturgia fala-nos de um cobrador de impostos de nome Zaqueu. Na cultura judaica aqueles que cobram impostos são pecadores, pois vivem a ganancia e a luxuria, o que para os judeus é um pecado. Desta forma, Jesus ao comer na casa de Zaqueu estava também a ser um pecador. Por outro lado, e a mensagem mais importante que o evangelho nos quer mostrar é que é o Zaqueu que procura Jesus. Esta procura de Jesus por parte de Zaqueu já indica uma mudança, que mesmo antes do encontro com Jesus ele estava a fazer. Nota-se desta forma em Zaqueu uma tomada de consciência e de encontro com Jesus para alcançar a salvação. Por isso, Zaqueu ao dar parte dos seus bens está a colocar de lado a riqueza e, a acolher nele a riqueza do filho do homem.


andré araújo

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Segunda-feira da XXXIII Semana do Tempo Comum - Lc 18, 35-43

A liturgia de hoje mostra-nos um milagre de Jesus. Toda a vida de Jesus foi um conjunto de milagres, parábolas e ensinamentos morais sobre a reta ação de cada uma das pessoas que ele encontrava pelo caminho. Na liturgia de hoje o evangelho de Lucas apresenta-nos um milagre e também um atributo a Jesus. Sabemos que Jesus era filho de David por ser da descendência de José. José em toda a sua vida, não dá só um oficio a Jesus, mas também uma descendência, por outro lado, é-nos apresentado um milagre, mas a importância não está tanto no milagre, mas na expressão que Jesus diz “Vai, a tua fé te salvou”, no fundo o que Jesus pretende dizer é que pela fé daquele homem ele conseguiu a cura, isto remete-nos para o que nos diz S. Tiago na sua carta “a fé sem obras está completamente morta”, desta forma, para ser uma fé verdadeira temos de praticar boas obras e, para alcançarmos os milagres e as curas de Jesus também temos de ter fé.


andré araújo

domingo, 13 de novembro de 2016

No XXXIII Domingo do Tempo Comum - Lc. 21, 5-19

“Mas não será logo o fim.” A liturgia encaminha-nos para o fim de um ano liturgico que acontecerá no próximo domingo com a Solenidade de Cristo-Rei. Jesus dá-nos conta neste evangelho de guerras, de fenómenos, de perseguições aos cristãos, porém não será o fim. E de facto não é o fim. Há muitas correntes fundamentalistas que fazem a previsão do final de todas as coisas, que profetizam o fim do mundo. Bem como outros que profetizaram o fim da História. A História não acaba e o mundo muito menos. Acaso um artista poderá destruir a sua obra? Acaso Deus, Criador de todas as todas coisas quer acabar com o que criou? E nós, homens e mulheres, que nos foi dada a incumbência de gerir esta casa comum, como a temos gerido? Somos racionais demais para pensarmos que a vida se confina a este mundo. A vida é muito mais do que podemos ver e querer abarcar todo o mistério é um acto de pura ignorância e ao mesmo tempo de arrogância. Um acto de ignorância porque quanto mais se quer conhecer, menos se conhece; e de arrogância porque não aceitamos que toda a nossa vida é mistério. O Homem não gosta do mistério, mas viver o mistério é inevitávelmente viver a vida hoje na sua plenitude, o amanhã será sempre um mistério. Não aceito também a expressão “carpe diem” de Horácio, mas aceito que a nossa vida terá de ser um caminho em ordem à procura da nossa plena felicidade. Para isso não podemos viver agarrados a profecias de morte, mas antes a profecias que sejam anúncio da vida e para a vida. Acaso não teremos melhor profeta que Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida para o Pai?


jjmiguel

sábado, 12 de novembro de 2016

Sábado da XXXII Semana do Tempo Comum - Lc. 18, 1-8

No âmbito da sociedade, encontramos, apesar de tantas contradições, uma sede de justiça e de paz mais forte e generalizada um sentido mais vivo do cuidado do homem pela criação e pelo respeito da natureza, uma procura mais aberta da verdade e da tutela da dignidade humana, um empenho crescente, em muitas faixas da população mundial, por uma mais concreta solidariedade internacional e por uma nova ordem planetária, na liberdade e na justiça. Ao mesmo tempo que se desenvolve sempre mais o potencial de energias oferecido pelas ciências e pelas técnicas e se difunde a informação e a cultura, cresce também, a exigência ética, isto é, a exigência do sentido existencial e, consequentemente, de uma objectiva escala de valores que permita estabelecer as possibilidades e os limites do progresso.


Joannes Paulus PP. II

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sexta-feira da XXXII Semana do Tempo Comum - Lc. 17, 26-37

Senhor, que fostes glorificado pela vida e pela morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por Nosso Senhor.


Do Missal Romano

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Quinta-feira da XXXII Semana do Tempo Comum - Lc. 17, 20-25

“O reino de Deus não vem de maneira visível.” Na boca das correntes do ateísmo e do racionalismo do nosso tempo está a pergunta: “Se Deus existe, onde está Ele?” ou “Se Deus existe, porque permite o mal e o sofrimento?” Oh! Gente incrédula, que vedes só o que está à frente dos vossos olhos, mas não sabeis escutar o espírito! Acaso também vereis o Amor? Acaso vereis a Alegria? Acaso vereis a Justiça? Acaso vereis a Paz? A resposta é necessariamente: “Não!” Pois eu digo-vos tudo isso é o reino de Deus, porque o reino de Deus não, não tem limite tenporal, nem muito menos limite espacial! O reino de Deus acontece quando no coração do Homem acontecer o Amor, a Alegria, a Justiça e a Paz e Deus finalmente reinará.


jjmiguel 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Quarta-feira da XXXII Semana do Tempo Comum - Jo. 2, 13-22

“Falava do templo do Seu corpo.” A Igreja hoje convida-nos a celebrarmos a dedicação da Basílica de São João de Latrão, em Roma. A Basílica de São João de Latrão é a catedral de Roma. A diocese de Roma preside e assiste na unidade e na caridade a todas as igrejas a ela unidas. Falar de uma catedral é falar de um templo. Um templo é um espaço sagrado e não um lugar para a confraternização e contar as notícias. Neste templo só há tempo para o diálogo e o silêncio com Deus e nada mais. Por isso devemos respeitar os espaço sagrados, porque são lugares de contacto com tudo aquilo que nos faz religar ao centro da nossa existência. Vivemos hoje uma grande necessidade de silêncios e de encontro connosco próprios e nos espaços sagrados não existe este silêncio, temos que nos perguntar para que servem os templos... As catedrais, igrejas paroquiais, capelas não são certamente lugares para se fazer turismo. São locais de oração, para ir visitar Aquele que deve ser o centro da nossa vida!


jjmiguel