quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Será...?

O Norte de África está a ferro e fogo.
As perspectivas sobre estes acontecimentos são múltiplas.
Há uma que me sobressalta, e que tem a ver com a queda de governos despóticos pela subida ao poder de movimentos fundamentalistas político-religiosos.
Tenho curiosidade em ver se de facto estes povos irão ter no seu futuro mais próximo, a chamada democracia e a sua liberdade, como acalentam. Não quero acreditar que andam a agitar as massas populares para outros fins.
Não quero acreditar que estamos perante uma Revolução concertada, levando à subida do poder do Islão. Certo é, que Mubarack alegava que não queria demitir-se tentando evitar a subida ao poder de um movimento radical islâmico. Mas poderá ser um caso isolado...
De uma coisa, eu tenho certa, é que estes senhores da Argélia, Líbia, Tunísia, Egipto, etc teriam que cair mais dia menos dia. Mas para além do Norte de África há mais em África e por todo o Mundo, que invevitavelmente terão que cair. Provavelmente até aqui no nosso rectângulo há ditadores que terão que cair.
No entanto, e no volte-face da moeda, que consequências podemos retirar daqui para o futuro da Europa. Penso que não serão só consequências económicas.
Quando a Europa se vê com um problema real, que é a proliferação do mundo islâmico na sua cultura, as consequências de certo que transbordarão a barreira da economia.
E o problema, não está no facto de termos nas nossas localidades vizinhos muçulmanos, ou de termos nas nossas vilas e cidades Mesquitas. O problema poderá estar na sujeição, e na subordinação do Mundo Ocidental ao Islão. E isso é mais do mesmo...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A História interroga-nos

Uma denúncia lança por terra a Associação Sol.
Crianças portadoras do vírus HIV são vítimas de maus tratos. É este o tratamento que esta sociedade monstruosa dá às futuras gerações.
Em contraste, idosos, morrem sozinhos em suas casas, sem algum apoio. Completamente esquecidos.
O INE dá-nos os números: 620 mil desempregados.
Na Assembleia da República prepara-se uma moção de censura pela mãos do Bloco de Esquerda.
A Direita abster-se-á!
Pelo país, são cortes e mais cortes financeiros. Desde linhas de caminho de ferro a serem extintas, aeroportos que nunca mais são inaugurados, TGV's que nem vê-los. Serviços de Urgência extintos. Os Tribunais que vivem para o mediatismo da Justiça. Sindicatos e pessoas na ruas em protesto. A Imprensa que está pobre e que nos alimenta com esta desgraça toda. Enquanto outros vivem como se nada se passasse.
A VERDADEIRA CRISE, na verdade, dessa ninguém fala e tem vários nomes: Solidão, Alienação Social, Enfraquecimento das relações interpessoais e mais alguns.
Pelo Mundo, a China que surge no expectro como a potência rival dos EUA. Os EUA que já não controlam a sua economia, nem a economia dos outros. O efeito dominó nos países do Médio Oriente, deixando uma antevisão do mundo dentro de alguns anos. No Hemisfério Sul são países emergentes (Angola, Moçambique, Quénia, África do Sul, Brasil, Venezuela, Argentina, Chile, Perú, etc...) que à conta do capital estrangeiro do Hemisfério Norte vão-se desenvolvendo, deixando antever um neo-colonialismo...
A par disto, a Mãe Natureza vai dando sinais de desgaste...
Uma pergunta é feita: o que é que a História nos está a querer dizer?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um esclarecimento

"Várias famílias nobres de Roma - a família Teofilacto, os Crescêncios e os Tusculanos - pretenderam sujeitar o Pontificado na sua própria sede apostólica aos mesmos abusos que os senhores feudais vinham comtendo nas suas "igrejas próprias". Tornaram-se, praticamente, donos do trono pontifício. Neste século sucederam-se os Papa-fantoches: alguns eram indivíduos de baixo nível moral e até adolescentes sem qualquer preparação.
Apesar de todos os atropelos, o Pontificado sobreviveu a todas estas provas, sem dúvida graças à assistência divina, que nunca lhe faltou e que impediu que ele se desviasse, até nas piores crises, um milímetro que fosse da sã doutrina da fé e da moral.
Um senador romano, Teofilacto, está no ínicio desse período conturbadíssimo, em que o Papas chegavam ao trono pontifício lá colocados após lutas sangrentas em que se envolveram os familiares do clã Teofilacto. Alguns desses Papas amasiaram-se com nobres adúlteras e tiveram filhos bastardos, que, por sua vez, chegaram mesmo a herdar o trono pontifício. É o caso, por exemplo, do fruto de uma ligação adúltera de um Papa com uma filha do próprio Teofilacto: Octaviano, jovem devasso, que chegou a ser sagrado Papa aos dezanove anos, tomando o nome de João XII."

in VERDETE, Carlos, "História da Igreja", Vol. I, Lisboa, Editora Paulus, pág. 216

Para que não restem dúvidas. A Igreja na sua História teve momentos negros... E qual é a História de qualquer instituição, ou até do próprio indivíduo que não tem momentos negros?
O argumento histórico para aniquilar a Igreja e a Religião, não funciona....
Consigam um outro bem melhor!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Umas semelhanças

"Sucederam-se entre 980 e 1030 umas tantas calamidades que pareciam vir dar razão ao texto de S. João (Ap 20, 7-9). Houve chuvas diluvianas, Invernos particularmente rigorosos, pragas de gafanhotos que acarretaram grandes fomes.
Uma grande parte da Europa é assolada pela fome, em 1032-1033, passando as pessoas a alimentar-se de raízes e de ervas, chegando, em alguns casos, a verificar-se antropofagia. Por outro lado, há populações inteiras dizimadas por epidemias. A tudo isto se juntavam fenómenos nos céus: passagens de cometas, eclipses do Sol, queda de meteoritos... E os próprios acontecimentos políticos pareciam estar de acordo com a profecia apocalíptica: Almançor destruiu Santiago de Compostela e, no Oriente, um Califa inicia uma política anticristã, mandando arrasar o Santo Sepulcro.
O medo espalhou-se pela Europa e em muitas terras formavam-se longas procissões de penitentes e flagelantes. Muitos vendiam tudo quanto possuíam e distribuíam o produto pelos pobres, em contraste com os incrédulos e os mais cínicos que se entregavam a grandes bacanais..."

in VERDETE, Carlos, "História da Igreja", vol I, Lisboa, Editora Paulus, 2009, págs. 219 e 220

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dia Mundial do Doente

Ao longo da sua vida pública, Jesus curou imensos doentes, mostrando que a dignidade e a liberdade humana passam também pelo bem estar físico. Hoje é considerado o Dia Mundial do Doente por associação às muitas curas atribuídas à intercessão de Nossa Senhora de Lourdes e à fonte de água milagrosa existente na gruta de Lourdes (apesar de a Organização Mundial da Saúde, desde 1948, o bdia 7 de Abril como o Dia Mundial da Saúde). Na sua mensagem para a celebração deste ano, o Papa Bento XVI recorda que com este dia «a Igreja tenciona sensibilizar profundamente a comunidade eclesial a respeito da importância do serviço pastoral no vasto mundo da saúde, serviço que faz parte integrante da sua missão, uma vez que se inscreve no sulco da mesma missão salvífica de Cristo, médico divino».

in "Liturgia Diária", Ed. Paulus, pág. 65

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dá que pensar...

Há uns dias recebi para o meu mail este interessante diálogo, que gostaria de partilhar...
Aqui fica...

"Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses, somos pobres...
Esta foi a sua resposta:

Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 23% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 23%, pagais ainda impostos municipais.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos EUA e que não pagamos impostos sobre o ordenados e ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou os vossos 2.080 Euros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, financiados pelo estado (nós) enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos.........."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Finalmente, já se fala...

Deolinda - Parva que sou
Música e letra: Pedro da Silva Martins

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A fractura exposta

O PS e a Esquerda ficaram desorientados depois do desastre que foram estas Eleições Presidenciais.
Note-se com as declarações do Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão.
O que Jorge Lacão disse, de certo que não será só ele a pensar assim no PS.
O Ministro Jorge Lacão pôs a nu uma das "fracturas expostas" do Partido Socialista. E isso dói...
Sobretudo ao Eng. José Sócrates...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma Revolução em União...

Em tempos em que o Cairo vive tempos de autêntica reviravolta social, esperemos que seja para continuar, gostaria de realçar um ponto, que me parece de elevada importância.
No meio de tanta contestação CRISTÃOS e MUÇULMANOS unidos em torno do mesmo fim: a mudança de regime no Egipto.
Poderá ser contraditório quando ainda à pouco tempo estas duas facções religiosas estavavm de costas voltadas...
Afnal, as revoluções não são assim tão negativas, como querem fazer passar...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não havia necessidade...

Falando ainda das Eleições Presidenciais...
O recém-eleito Presidente Cavaco, disse e bem, no dia da sua reeleição que seria bom que a Comunicação Social revelasse os nomes daqueles que fizeram uma campanha ultrajante contra a sua pessoa.
Estou à espera dos nomes...
No entanto, dou razão à Esquerda, quando afirma que foi de mau tom tais declarações. De facto, não havia necessidade de tanto rancor.
Mas este assunto demonstra bem duas coisas:
Há mais vida para além do Poder, enquanto Poder; e a Imprensa atravessa uma colossal crise quer ao nível finaceiro, quer ao nível da sua formação profissional...
Ou estamos todos esquecidos que os jornalistas se formam nas Universidades! E este é o centro do problema. Seria bom uma mão na consciência das Universidades em Portugal!