quarta-feira, 31 de julho de 2013

E não se atreveram a aproximar-se dele

Quem tem experiência de Deus não pode ser o mesmo. A vida deve ser transformada. Deus manifesta-se e a nossa vida, igual à de Moisés, deveria ser transparência do resplendor de Deus em nós. Senhor Deus, que a nossa vida seja seja somente a imagem e semelhança da tua vida trinitária, que a nossa presença leve a todas as partes graça e consolo.
in Agenda Litúrgica, San Pablo, Bogotá 2013, Trad. Port. José Miguel M. Serrão

terça-feira, 30 de julho de 2013

O Senhor desceu na nuvem, e ficou ali com ele.

As teofanías de Deus são interpretadas pelo povo como a mesma presença de Deus no meio dele. A nuven, o raio, o terramoto, a brisa suave frente a Moisés, a nuvem que pousou sobre a tenda. Um momento para o diálogo, para a intercessão, para a acção de graças e para a súplica, momento para dobrar o joelho.
in Agenda Litúrgica, San Pablo, Bogotá 2013, Trad. José Miguel M. Serrão

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Jesus entrou numa aldeia e Marta recebeu-O em sua casa

in terramagazine.terra.com.br
Marta é a irmã de Maria e de Lázaro de Betânia. Era na casa desta família hospitaleira que Jesus descansava, como relata o Evangelho. Numa dessas passagens de Jesus, parece que Ele terá repreendido Marta, dizendo-lhe: "Marta, Marta! Preocupas-te e andas agitada com muitas coisas: porém, uma coisa só é necessária. Maria escolheu a melhor parte..." (Lc 10, 41-42) Santo Agostinho comenta esta afirmação de Jesus, dizendo que não foi uma repreensão e que Marta não escolheu mal, porém Maria escolheu melhor. A Igreja propõe a memória obrigatória de Santa Marta recordando as solicitudes e atenções que ela teve para com Cristo. Ela é modelo de operosidade para todo o cristão, sem descuidar a escuta atenta da Palavra de Deus.
in Liturgia Diária, Paulus, Lisboa 2013

domingo, 28 de julho de 2013

No Domingo XVII do Tempo Comum

Nestes dias em que o Brasil recebe a abençoada visita do Papa Francisco, a liturgia deste domingo nos fala da oração de intercessão. Vemos nisso uma forte ação da Providência que não é acaso, mas ação dela mesma.
O Papa Francisco sempre ao terminar um encontro, seja pessoal ou seja com grupos, pede para rezarem por ele. Já desde o primeiro dia, ou melhor, desde o primeiro momento de sua eleição e de seu encontro com o povo, o Santo Padre pede que rezem por ele. Decididamente o Papa Francisco acredita na oração de intercessão.
Na primeira leitura da liturgia deste domingo, Abraão intercede junto a Deus por seus conterrâneos. Ele dialoga com o Senhor, suplica, apresenta suas razões, escuta, volta a falar, enfim, a imagem proporcionada pelo Livro do Gênesis nos apresenta dois amigos conversando através de um diálogo espontâneo e sincero.
Outra cena de intercessão nos é falada ao coração pelo relato do Evangelho de Lucas. Nele, os discípulos pedem a Jesus que os ensine a rezar. Jesus dá um passo qualitativo em relação ao relacionamento de Abraão com Deus. Começa dizendo aos discípulos que deverão chamar Deus de Pai, será o relacionamento do filho que conversa com o Pai querido.
Jesus diz que deveremos pedir que o seu Reino, ou seja, os seus planos, seus projetos sejam também nossos e sejam realizados. Deveremos nos comprometer com a nova realidade. Deveremos ser seus cúmplices, parceiros.
Ora, se somos parceiros de Deus, somos aqueles que se tornam propagadores de uma sociedade fraterna, por isso Pai Nosso. Assumimos como nossas as necessidades dos demais, por isso intercedemos. E quando se fala em assumir as necessidades dos demais não se fala só quando alguém nos pede para rezarmos por um problema de saúde, falta de emprego, mas pedimos a Deus pelas necessidades do mundo inteiro, para que todos tenham alimento, moradia, saúde, educação, emprego, enfim. quando se fala ao Pai, se pede por todos os irmãos.
Mas nossa filiação divina e nossa fraternidade ganham voo quando intercedemos ao Pai pelos pecadores, quando pedimos que “perdoe as nossas ofensas do mesmo modo como perdoamos aos que nos ofenderam”. “Filho de peixe, peixinho é”, diz um ditado! Filho de um misericordioso, também é misericordioso! Filho de um Deus perdão, também perdoa!
Por fim o ensinamento de Jesus termina com a sua orientação: “Pedi e recebereis!”
É preciso confiar em Deus, reconhecê-lo como Pai, e Pai querido!
in news.va

sábado, 27 de julho de 2013

Queres que vamos arrancar o joio?

Quando Cristo morreu por todos nós, derramou o Sangue da nova e eterna Aliança, uma Aliança eterna que não pode ser quebrada nem revogada, É em Cristo que deu a vida por nós que se fundamenta a nossa confiança, e nada nos deve fazer abalar esta certeza, nem a maldade que existir no mundo. A parábola que Jesus Conta hoje pode ser lida numa perspectiva social ou pessoal. Podemos pensar numa sociedade constituída por gente boa e gente menos boa. Ou pode referir-se à nossa situação pessoal, pela qual "não fazemos  o que queremos, mas praticamos o mal que não queremos" (Rm 7, 19). A liturgia de hoje convida-nos a analisarmos as nossas atitudes e a sociedade que nos rodeia, não para julgarmos o outro, mas procurando crescer na santidade todos os dias um pouco mais.
in Liturgia Diária, Paulus Editora, Lisboa 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

aos avós...

in profjabiorritmo.blogspot.com

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Porque escrevo...

"Tudo isto é por vossa causa, para que uma graça mais abundante multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos para glória  de Deus."

Esta passagem da Escritura confronta-nos com uma questão: vale a pena tanto esforço, tanto tempo perdido, tantas palavras por vezes deitadas ao vento aqui neste meio de comunicação como é a Internet?
Pois, se me permitem, digo "Sim"...
Sinceramente, e perdoem-me o desabafo pessoal, não espero daqui nem protagonismos, nem muito menos tentar mobilizar gente para algum movimento. Desde o inicio que me senti impelido a passar e a fazer passar uma outra mensagem que a minha preocupação é sem dúvida levar todos aqueles que por aqui passam a pelo menos poderem beber um pouco na Fonte, nem que seja umas gotinhas de água.
Na verdade, não estou preocupado com o que se possa dizer ou falar, mas preocupado, isso sim, com o caminho que todos estamos a tomar, por opção nossa.
A comunicação é hoje uma arma poderosíssima. Por ela sobem ou caem do Poder, governos. Por ela formata-se opiniões de massas.
Há tempos alguém me dizia para colocar a Religião em casa. Pois, a essas pessoas respondo directamente. A Religião, a Fé, seja ela qual fôr é para ser vivida e transmitida e na rua se necessário. Neste caso aqui também.
Vivemos sem Deus, porque temos medo de Amar, porque muitas vezes só conhecemos o Amor pelo seu lado mais banal e material. No entanto, é o Amor que nos faz entrar em ascese e em caminho para o Alto, para o Ser.
O Sagrado foi retirado da vida das pessoas e por isso o desregramento em que vivemos. É necessário voltar a colocar-lo no seu devido lugar, sem extremismos, e tudo no maior equilibrio possível. Dificil mas não impossível.

josé miguel

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sobre São Sarbélio Makhluf, presbítero

in evangelhoquotidiano.org
João Makhluf nasceu em Buga-Kafra, povoação do Norte do Líbano, em 1828. Aos 20 anos entra na Ordem Maronita Libanesa, recebendo o nome de Sarbélio. Em 1859 é ordenado sacerdote. Algum tempo depois, Sarbélio obteve licença para viver como eremita, sendo muito procurado para orientação espiritual. Morreu enquanto celebrava a Eucaristia, em Dezembro de 1898.
in Litúrgia Diária, Paulus Editora, Lisboa 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Celebrar o Amor na JMJ 2013

Permanecer no amor de Deus.
Deixar que Deus viva em nós para que como São Paulo possamos dizer: "Já não sou eu vivo, é Cristo que vive em mim."
Vivemos hoje numa sociedade, que cada vez mais rejeita Deus da sua vida, no entanto necessita Dele para a Sua vida. Mas o que nos faz falta neste momento para descobrirmos Deus na nossa vida? - O Amor...
Descobrir o Amor, de certo será meio caminho andado para um mundo melhor.
No entanto, nesta descoberta é necessário cuidado para que não caiamos na banalização deste valor essencial ao ser humano. Se é que neste momento não estaremos já a viver esta mesma banalização.
Deus vive em nós, está em nós, basta abrir-Lhe o coração e saber aceitar. Saber amar, saber perdoar. Com estes dois vectores saberemos que Deus fale em nós com a nossa vida em relação ao Outro. Ao nosso Outro que é diferente, mas igual em nós.
Saber ir ao encontro do Outro.
Inicia hoje a Jornada Mundial da Juventude 2013, no Rio de Janeiro. Iremos celebrar a juventude, iremos celebrar Jesus Cristo e as diversas culturas reunidas em nome do Nosso Mestre e Senhor.
Nestes dias, no Rio de Janeiro celebremos também o Amor...

josé miguel

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Acerca de Maria Madalena

Maria Madalena foi a primeira a ver Jesus Ressuscitado na madrugada de Páscoa. Ela torna-se a figura daquele que acredita contra toda a esperança, porque enquanto os discípulos voltaram para casa, ela permaneceu junto do sepulcro. Maria chora, procura e deixa-se encontrar por Jesus. O Papa Gregório Magno escreve acerca de Maria Madalena que "era Cristo a quem ela procurava externamente e era Ele quem a ensinava interiormente a procurá-lO". Tendo-se deixado encontrar interiormente por Jesus, Maria é impulsionada a anunciar Cristo Ressuscitado. A memória de Santa Maria Madalena deve motivar os cristãos á procura contínua de Cristo, para que, deixando-se encontrar por Ele, sejam anunciadores fidedignos da alegria da ressurreição.
in Litúrgia Diária, Paulus Editora, Lisboa 2013

domingo, 21 de julho de 2013

No XVI Domingo do Tempo Comum

O tema da liturgia deste domingo, por coincidência, nesta ocasião em que o Brasil se prepara para receber o Santo Padre Francisco e milhares de jovens oriundos do mundo inteiro, é a hospitalidade.
Tanto na primeira leitura, que fala da visita de Deus a Abraão e Sara, como no Evangelho, que relata a visita de Jesus Cristo a Lázaro, Marta e Maria, Deus vem a nós como qualquer pessoa e deseja ser acolhido.
A primeira leitura versa sobre a tarefa que temos quando fazemos um ato de caridade, de solidariedade a pessoas desconhecidas. Temos dificuldades porque ignoramos quem é a pessoa, não conhecemos seu modo de ser e de agir e nos sentimos inseguros. Por outro lado, temos a alegria de saber que iremos acolher uma pessoa que, com prazer, vem até nós, que confia em nosso amor, em nossa capacidade de acolher. Nessa ocasião nos lembramos das palavras de Jesus: “Quem acolhe um desses pequeninos, me acolhe e quem me acolhe, acolhe o Pai que me enviou.” Abraão não sabia que acolhia Deus, mas só no final teve consciência de que hospedou e serviu o Deus Altíssimo nas pessoas daqueles três homens. Também nós acolhemos essa juventude estrangeira em nome de Jesus, em nome de Deus. Eles estão vindo para um encontro com o Senhor, além de se encontrarem também com o Vigário desse mesmo Senhor, o Papa, Vigário de Jesus Cristo.
Na primeira leitura, três desconhecidos chegaram à tenda de Abraão em um momento inoportuno. Fazia o maior calor do dia e Abraão fazia sua sesta. Todavia, ao vê-los ao longe, ele se levanta e se dirige aos visitantes e lhes dá as boas-vindas. Faz com que se sintam à vontade, traz água para que lavem os pés e vai tomar outras providências para bem recebê-los. Mais tarde, aparece com uma lauta refeição: pão quentinho, carne assada de novilho, coalhada e leite. O texto não cita, mas certamente tâmaras e outras frutas faziam parte da refeição, além de outras bebidas.
Podemos dizer que, com sua generosidade, Abraão providenciou o máximo que ele podia e ofereceu um autêntico banquete do deserto.
Abraão não se senta, permanece de pé. Ele está disponível para servi-los, chama-os de "meu Senhor". Por outro lado, os visitantes se comportam de modo diferente de outras visitas e perguntam pela dona da casa e demonstram saber seu nome. Ao fazerem alusão à sua esterilidade, promete-lhes um filho no espaço de um ano.
Já o relato da visita de Jesus à família de Betânia traz à nossa reflexão a dimensão espiritual que pode conter uma visita e sua acolhida, como a atual visita do Papa Francisco e dos jovens provenientes do mundo inteiro.
Na preparação da casa para acolher esses hóspedes tão ilustres, certamente as donas de casa e seus colaboradores estiveram e estão muito atarefados para que nada falte aos visitantes e para que todos se sintam muito bem acolhidos.
No Evangelho, Marta age do mesmo modo e reclama da irmã porque se sente só nos afazeres domésticos. Certamente existe no coração dela uma pontinha de ciúmes da irmã que está sentada escutando o Senhor.
Jesus não critica Marta por chamar sua irmã para ajudá-la nos afazeres e nem elogia Maria porque, aparentemente, está desligada, não percebendo o "sufoco" da irmã. Marta é censurada por Jesus porque está "preocupada e agitada por muitas coisas"; está dispersa em meio a tantos afazeres. Maria é elogiada porque está na "escuta da Palavra", de Jesus, a Palavra do Pai.
Por outro lado, Marta deveria ter-se envolvido no trabalho somente após ter escutado a Palavra. Isso faria com que ela buscasse o equilíbrio e não caísse na agitação e no excesso de trabalho.
Certamente, Maria viu a reação da irmã e se levantou, colocou o avental e foi trabalhar. Por sua vez, Marta deixou o avental e foi acalmar-se aos pés de Jesus, quando este a censurou.
A acolhida mais importante é a feita à Palavra de Deus. Ela irá nos ensinar a acolher todas as pessoas. Contudo, seremos mais felizes se estivermos no seguimento de Abraão e de Maria, acolhendo a Palavra nos dois sentidos: tanto em escutar o Senhor, a Palavra encarnada, como em servi-la com nossos préstimos, deixando que ela fale através de nossos gestos, acolhendo o Verbo em nós, para oferecê-lo aos outros, como fez Maria de Nazaré.
Do mesmo modo como Maria de Betânia e como Maria de Nazaré, com serenidade, conservemos tudo no silêncio de nosso coração.
Deixemos de lado o oba oba da viagem de Francisco ao Brasil e prestemos atenção em suas homilias, em seus recados falados e não falados. Do mesmo modo, o jovem hóspede que está em nosso lar, nos traz a presença universal da Igreja, o anúncio do Evangelho feito ao mundo inteiro. Como os cristãos do Livro dos Atos dos Apóstolos, ouçamos com carinho e atenção sua palavra e saibamos que sob o teto de nosso lar está um enviado de Deus.
in news.va

sábado, 20 de julho de 2013

"Eis o meu servo a quem Eu escolhi..."

Normalmente associamos a figura de um libertador à imagem de um guerreiro pujante capaz de arrebatar terra e céus, de forma violenta, todos os seus inimigos. Cristo Jesus, que era de condição divina, viveu peregrino nesta Terra como servo, segundo as modalidades da humildade e da mansidão. Ou seja, o nosso libertador, Jesus Cristo, arrancou-nos da Terra onde o pecado nos mantinha aprisionados pelo poder da morte, não pela força, mas pelo exemplo do serviço humilde. À semelhança do Antigo Israel, também em nós fazemos o êxodo das terras do pecado até à Vida Nova, guiados por Cristo, que é o exemplo perfeito do Servo humilde. Como discípulo não é superior ao seu Mestre, todo o cristão que quiser alcançar a vida nova em Cristo tê-lo-á de fazer pela mesma vida da humildade e da mansidão.
in Liturgia Diária, Paulus Editora, 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

"Eu quero misericórdia e não sacrificio."

No seu significado original, a palavra páscoa significa passagem. Na passagem do Senhor pela terra do Egipto, Deus liberta o povo eleito da escravatura, transformando assim a realidade em que os Hebreus se encontravam. Na passagem de Jesus, que nos relata o Evangelho, também é possível perceber uma transformação, porque a sociedade deixa de estar escravizada pelos sacrifícios impostos pela Lei, para encontrar em Cristo a verdadeira libertação. Como escreve Paulo, "se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu." (2Cor 5, 17) Em cada Eucaristia somos convidados a deixar que Cristo passe pelas nossas vidas, porque só Ele pode transformar a nossa existência, tantas vezes escravizada pelo pecado, numa nova realidade, onde estamos livres para acolher a misericórdia de Deus.
in Litúrgia Diária, Paulus, 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Deus está no meio de nós, acontece em nós.

in sigillum-millitum-christi2.blogspot.com
"Quem sou eu para ir ter com o faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egipto?"

Esta é a pergunta que todos nós colocamos a nós neste chamamento que é a vida. A nossa vida.
Quem somos nós para fazer alguma coisa pela vida do Mundo? No entanto, foi-nos dado esse poder de intervir e participar.
Deus revelou-nos e revela-nos todos os dias o dom da vida que devemos preservar e contemplar.
"Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelastes aos pequeninos."
E esta é uma dimensão que todos esquecemos. Deus revela-se aos pobres, aos marginalizados, aos frágeis. Por vezes na nossa soberba pensamos que Deus se revela por grandes tratados de Teologia ou de Filosofia. Somos muitas vezes confrontados, e quase todos os dias, por gente que sem títulos académicos nos dá a revelar grandes aulas magistrais de Teologia. E ainda bem...
Deus revela-se na nossa pobreza espiritual, na nossa humildade, na nossa simplicidade. Porque Deus é simplicidade, humildade.
Todos temos uma ideia de Deus, como alguém que está acima de nós. Uma visão vertical da Sociedade que foi passada durante muitos anos e séculos e que agora continua.
Deus está no meio de nós, acontece em nós. Nos nossos sofrimentos, nos nossos problemas, nas nossas alegrias. Ele está, Ele vive permanece...
No silêncio do Teu coração, deixa cair esse teu orgulho, esse teu ego e deixa que Ele Te fale... Ele tem algo para te dizer, hoje!

josé miguel

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida!

in palavrasquesaram.blog.terra.com.br
A primeira leitura traz-nos uma mensagem de confiança e esperança em Deus, mesmo nos momentos de maior provação e sofrimento. Os Hebreus, já reduzidos a dura servidão no Egipto, vêem-se em perigo de extinção com o decreto da morte dos meninos. Tudo parece perdido! Um menino, que certa mãe já não pode esconder, é entregue às águas do Nilo, e parece destinado a morrer. Mas sobrevive, pois é descoberto pela filha do faraó, que o leva para a corte e o educa cuidadosamente. Ao crescer, Moisés torna-se defensor dos seus irmãos oprimidos. Parece raiar a esperança, Mas o jovem tem de fugir e refugiar-se em Madian. O Senhor parece ter abandonado o seu povo. Mas a verdade era outra: o nascimento de Moisés foi o começo da libertação. De momento, ninguém sabe nada sobre esse menino salvador. Mas, mais tarde, ele irá revelar-se o chefe e guia preparado por Deus para conduzir o seu povo à liberdade.
Deus pede-nos que, em todas as circunstâncias, tenhamos fé e confiança firmes n´Ele, sempre presente e actuante no meio de nós. No momento oportuno, Deus sabe encontrar solução para as nossas dificuldades, uma solução positiva, porque preparada pelo seu amor. A cruz de Jesus foi o começo de uma vida nova. Em Cristo, tornámo-nos novas criaturas, filhos de Deus, no Filho muito amado. Uma imprevisível surpresa, que jamais ousaríamos esperar, na triste situação em que nos encontrávamos, mas que Deus preparou para nós.
Mas Deus também vem ao nosso encontro quando tudo nos corre bem. É o que revela o evangelho. Jesus dirige-se às cidades «onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres», onde, portanto, tinha resolvido muitos problemas e dificuldades, onde tinha levado imensa alegria com os sinais realizados. Mas essas cidades não se tinham convertido (v. 20). Quando tudo corre bem, com paz, com serenidade, sem contrariedades, havemos de perguntar-nos se estamos a fazer a nossa parte, se estamos a corresponder aos dons de Deus, se os aproveitamos para servir a sua glória, e para vantagem dos nossos irmãos. Fomos perdoados dos nossos pecados? Também nós havemos de perdoar! Fomos salvos por Cristo? Também devemos empenhar-nos na salvação dos nossos irmãos! A dignidade cristã, que provém da nossa inserção em Cristo Jesus, deve levar-nos a ser para os outros aquilo que Cristo foi para nós.
in dehonianos.org

segunda-feira, 15 de julho de 2013

"Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada."

"Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada."

Jesus sabia bem o que dizia quando proferiu estas palavras.
Na verdade, seguir Jesus Cristo na sua radicalidade é difícil, sobretudo quando vivemos em ambientes adversos à Fé.
Actualmente são conhecidos de toda a gente, casos de pessoas que são perseguidos por serem Cristãos. E não falamos dos casos que aparecem nos jornais de perseguição em massa como é o caso do Paquistão ou da Nigéria. Casos de pessoas que são perseguidas exactamente nas suas famílias, ou nos seus ambientes mais próximos, como locais de trabalho. Há casos mesmo de pessoas que lhes é recusado emprego porque são Católicos. Dirão que é um absurdo, em pleno séc. XXI, mas esta é a realidade.
Pegar na Cruz, e seguir o caminho de Cristo, quem disse que era fácil?
As leituras deste dia fazem-nos uma proposta: estamos de facto seguros, como Cristãos, de seguir a Cristo?
Seria importante por isso relembrar o exemplo de tantos e tantas que nos primeiros tempos do Cristianismo morreram, em nome de Cristo, em nome da Cruz, no Coliseu de Roma. 
Hoje, seriamos capaz consumar esse acto?

josé miguel

domingo, 14 de julho de 2013

No Domingo XV do Tempo Comum

A Fé não é para vivermos sozinhos, porque não existimos sozinhos no mundo. Caminhamos com os outros na Fé. 
Sabemos que hoje existem muitos e muitas que pensam que viver à sua maneira é uma forma de a viver. Sim, não está em questão a forma como se vive a Fé. Mas de que me vale viver a Fé se depois não tenho o essencial da vida na Fé.
Viver a Fé. Viver a Fé em Jesus Cristo. Como? Vivemos a Fé pelo Amor. Acaso vivemos o Amor sozinhos? Vivemos o Amor com o Outro. Vivemos o Amor com o nosso próximo. "E quem é o meu próximo?" O teu próximo poderá ser exactamente qualquer pessoa que está ao teu lado e que poderá estar a sofrer alguma enfermidade, ou algum problema na vida e que tu pela tua soberba, pelo teu orgulho ou pelo te preconceito pura e simplesmente ignoras.
Depois de termos assistido no séc. XX à emergência de ideologias que defendiam a liberdade, a igualdade e a fratermidade, prometendo um homem mais livre, mais igualitário, mais fraterno, eis que cheguemos ao limiar do séc. XXI e temos um homem mais preso, mais discriminatório, e menos compreensivo e tolerante para com o seu irmão.
É chocante pensar que no mesmo prédio ao nosso lado morrem idosos sozinhos, sem que ninguém se dê conta. É horroroso pensar que jovens são discriminados na escola por serem gordos, por usarem óculos ou por outros motivos. É horroroso ver como muitos sem-abrigo são discriminados. É horroroso ver a perseguição religiosa a Cristãos, Muçulmanos, Budistas, Judeus e demais religiões, culturas e etnias. É horroroso pensar a forma como esta sociedade trata os mais novos e os mais velhos. Entre outros exemplos.
Falamos todos muito bem em Homilias, Cimeiras, Parlamentos, Congressos, mas prática de misericórdia., onde fica?
Viver a Fé com o próximo, espalhando este património que se chama Amor é também uma missão para nós Cristãos. E que missão...

josé miguel

sábado, 13 de julho de 2013

O que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços.

"... o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços."
Somos Cristãos. Esta é a nossa identidade, esta é a nossa Fé.
Proclamar bem alto que Jesus morreu numa Cruz e ressuscitou ao terceiro dia, não deve ser para nós motivo de escândalo, mas motivo de alegria.
Hoje vemo-nos confrontados com algumas mesmas acusações que recebiam os primeiros cristãos. Proclamar e viver Jesus na Cruz e na Ressurreição é na verdade, aos olhos da sociedade, motivo de escândalos mas não podemos temer. Deus está connosco.
Durante este Ano da Fé, saibamos ter este propósito de confiar, colocarmo-nos nas mãos de Deus. Quem melhor sabe de nós do que Ele?
Numa sociedade aos gritos, muitas vezes não conseguimos ouvir as vozes que nos são essenciais à alma e ao coração. Buscamos o silêncio e em Deus poderemos com toda a certeza encontrar.
Ele tem algo para te dizer, no silêncio do teu coração escuta-O e confia. Ele está contigo, para que proclames bem alto que viste e ouviste.

josé miguel

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A vida é importante demais para ser banalizada

"Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos."

Esta é a realidade do ser cristão. Mas não nos amedrontemos, porque Deus está connosco.
Ser sinal de Jesus Cristo muitas vezes poderá ser sinal de contradição no Mundo. De facto, é o próprio Jesus Cristo que diz que veio trazer o fogo à terra.
E em boa verdade, a mensagem da Cruz tem muito que ainda nos confronta, que nos causa revolta.
Muitos de nós ficámos chocados com o filme "A Paixão" de Mel Gibson. Mas esse choque tem um significado especial. Significa que nos confronta com a nossa própria realidade. A realidade do sofrimento, da vida na sua mais pura realidade.
Ser testemunho de Cristo é ir mais além do sofrimento, é acreditar que pelo sofrimento nos vem a vida. Não podemos continuar a acreditar que tudo passa pelo facilitismo e pela superficiliadade das coisas. Muito menos o ser humano poderá ser tratado como "plástico".
A vida é importante demais para ser banalizada, como hoje estamos vindo a assistir.
Por isso, ser cristão hoje, não é continuar fechados na sacristia, ou nas igrejas. Ser cristão hoje é sair da Igreja e ir para a rua. Remar contra a corrente. Ainda que isso nos possa custar algumas coisas importantes. No fim virá a recompensa...

josé miguel

quinta-feira, 11 de julho de 2013

De Paulo VI, papa

Mensageiro da paz, artesão da unidade, mestre da civilização, e principalmente arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no Ocidente – eis os títulos que justificam a fama de São Bento, abade. Numa altura em que o Império Romano estava a chegar ao fim e em que as regiões da Europa se afundavam nas trevas e outras regiões desconheciam ainda a civilização e os valores espirituais, ele permitiu, pelo seu esforço constante e assíduo, que se erguesse sobre este continente a aurora de uma nova era. Foram principalmente ele e os seus filhos que, com a cruz, o livro e a charrua, levaram o progresso cristão às populações que iam do Mediterrâneo à Escandinávia, da Irlanda às planícies da Polónia.


Com a cruz, isto é, com a lei de Cristo, firmou e desenvolveu a organização da vida pública e privada. Convém recordar que ensinou aos homens a primazia do culto divino com o Ofício divino, ou seja, a oração litúrgica e assídua. […] Depois, com o livro, ou seja, a cultura: numa altura em que o património humanista corria o risco de se perder, São Bento, conferindo renome e autoridade a tantos mosteiros, salvou a tradição clássica dos antigos com providencial solicitude, transmitindo-a intacta à posteridade e restaurado o amor pelo saber.


E finalmente com a charrua, quer dizer, com a agricultura e outras iniciativas análogas, conseguiu transformar terras desertas e incultas em campos férteis e jardins graciosos. Unindo a oração ao trabalho manual, de acordo com a célebre injunção «Ora et labora» («Reza e trabalha»), enobreceu e elevou o trabalho do homem. Foi por tudo isto que o Papa Pio XII saudou em São Bento o «pai da Europa».
in evangelhoquotidiano.org

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Proclamai que o Reino do Céu está perto.

"Jesus chamou a Si os seus doze discípulos."

No Evangelho estão enunciados os nomes do doze apóstolos que Jesus escolheu para estar junto a Ele. Confiou-lhes a missão de ir anunciar  "que o Reino do Céu está perto." Como Cristãos, somos também discípulos de Jesus, porque Ele nos escolheu com esta missão de proclamar que o Reino do Céu está no meio de nós. Somos chamados com a nossa vida a este testemunho de dizer a todo o Mundo o que vimos e ouvimos da parte do Senhor. Somos chamados a caminhar com Jesus, pelos caminhos da Cruz com vista à ressurreição, sendo sinal de Esperança. Somos chamados a edificar um mundo melhor na Paz e na Justiça. Somos chamados a confessar Cristo na Cruz, e que por esta nos veio a Vida e a Esperança.
Se não estamos a altura desta missão, é porque algo está mal na forma como estamos a viver o que nos designado da parte do Senhor.
Podemos correr risco de acontecer o mesmo como aconteceu aos irmãos de José, como nos vem descrito na primeira leitura: ficarmos aprisionados no nosso pecado, no nosso egoísmo a tudo aquilo que nos prende de Deus.
Cumprir a nossa missão. O mundo sente a falta do testemunho cristão, por isso é hora de nos revestirmos novamente de Cristo e ir, proclamar esta Boa Notícia de Paz e Justiça a todos os homens e mulheres de boa vontade.

josé miguel

terça-feira, 9 de julho de 2013

Dos Sermões do beato John Henry Newman, presbítero

Olhai em volta, meus irmãos […]: porque há tantas mudanças e lutas, tantos partidos e seitas, tantos credos? Porque os homens estão insatisfeitos e inquietos. E porque estão eles inquietos, cada um com o seu salmo, a sua doutrina, a sua língua, a sua revelação, a sua interpretação? Estão inquietos porque não encontraram […]; tudo isso ainda não os levou à presença de Cristo que é «alegria e delícias eternas» (cf Sl 16,11).


Se tivessem sido alimentados pelo pão da vida (Jo 6,35) e provado do favo de mel, os seus olhos ter-se-iam tornado limpos, como os de Jónatas (1Sm 14,27) e teriam reconhecido o Salvador dos homens. Mas, não se tendo apercebido destas coisas invisíveis, têm de continuar a procurar e estão à mercê de rumores longínquos. […]
   

Triste espectáculo: o povo de Cristo errando pelas colinas «como ovelhas sem pastor». Em vez de procurarem nos lugares que Ele sempre frequentou e na morada que Ele estabeleceu, avêm-se com projetos humanos, seguem guias estranhos e deixam-se cativar por opiniões novas, tornando-se joguetes do acaso e do humor do momento, e vítimas da sua própria vontade. Estão cheios de ansiedade, de perplexidade, de inveja e de preocupações, e são agitados e «levados por qualquer vento da doutrina, pela malícia dos homens e a sua astúcia, a extraviarem-se no erro» (Ef 4,14). Tudo isso porque não procuram «um só Senhor, uma só fé, um só baptismo;  um só Deus e Pai de todos» (Ef 4,5-6) para nele encontrarem «descanso para o espírito» (Mt 11,29). 
in evangelhoquotidiano.org

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Acreditar, confiar, ter esperança.

Nos momentos escuros da vida, devemos saber em quem confiar. Como homens e mulheres de fé a nossa confiança deverá estar direccionada para Aquele em quem depositamos a nossa confiança, para Aquele que não nos falha. É verdade, que nem sempre o possamos pedir na oração poderá ser de alguma forma o melhor para nós. Só Deus saberá o que pode ser melhor para nós, porque nos conhece desde inicio da nossa existência.
Por vezes, instala-se a revolta perante tragédias como foi esta da queda do avião da Asiana Airlines em São Francisco, bem como outras que se passam no dominio público assim com na vida privada. Mas esquecemo-nos que o Homem tem liberdade sobre as suas opções.
Se acontece uma tragédia natural, é porque a Mãe-Natureza está a dar algum sinal, que algo está mal. Sendo Deus, a bondade e o amor, como poderá querer o mal dos seus filhos?
Na verdade, estes acontecimentos causam-nos revolta, causam-nos dúvidas acerca da nossa Fé. A Fé é construída pelas dúvidas. Para quem tem certezas acerca da Fé, poderá ser um sinal de preocupação.
"Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada." Acreditar, confiar, ter esperança. Três actos a que somos chamados hoje a reflectir. Porque como Cristãos devemos saber em quem acreditamos - Jesus Cristo.

josé miguel

domingo, 7 de julho de 2013

No Domingo XIV do Tempo Comum

"Vou fazer com que a paz corra para Jerusalém como um rio, e a riqueza das nações, como uma torrente transbordante. Os seus filhinhos serão levados ao colo, e acariciados sobre os seus regaços."

Deus é Paz. A Religião é Paz. Ser testemunho desta Paz.
Três ideias que que ficam das leituras deste Domingo. Se tudo isto fôr o contrário pode ser tudo menos paz.
Vemos acontecer no Mundo hoje muito conflitos pelos quais se utiliza o nome de Deus e da Religião. Se isso assim é, é tudo menos espiritualidade, religiosidade e de modo algum nos pode ligar ao essencial da nossa vida em Fé. Em Religião o fanatismo é pior que pode acontecer. Há um pouco por todas as religiões mundiais levando depois ao que temos actualmente.
Pensemos por exemplo no Islão que desde 2001 tem sido perseguido pelos ataques ao WTC. Somos bombardeados quase todos os dias, muitas vezes com falsa informação acerca do que é o Islão. O quadro é pintado com as cores da política e é a política que está por detrás. Nada daquilo que se diz acerca do Islão é assim como se diz. São meias-verdades, numa óptica de denegrir os seguidores de Maomé e colocar meio-mundo contra meio-mundo. Numa tentativa encapuzada de tentar recriar um espírito de Guerra Santa. É necessário conhecer bem o Islão para se fazer um bom juízo do porquê de algumas tomadas de posição.
Passa-se no Islão, assim como se passa no Judaísmo, Budismo e demais religiões mundiais. Bem como no Cristianismo em que o caso é flagrante, porque temos Cristãos baptizados que pouco ou nada conhecem da sua Religião. Para além de existirem casos de fanatismo que em nada poderão ser sinal da construção da paz.
Por isso, como Cristãos, como homens e muheres de Fé, de Esperança e de Caridade somos chamados tal como os 72 discípulos, a ir e a testemunhar este Deus que é sinal de Paz e de Concórdia entre os Povos. "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!"
Assim seja....

josé miguel

sábado, 6 de julho de 2013

Do Beato João Paulo II, papa

É na Eucaristia que, em primeiro lugar, se exprime de modo sacramental o acto redentor de Cristo Esposo em relação à Igreja Esposa. […] O Concílio Vaticano II renovou na Igreja a consciência da universalidade do sacerdócio. Na Nova Aliança, há um só sacrifício e um só sacerdote: Cristo. Deste único sacerdócio participam todos os baptizados, tanto homens como mulheres, enquanto devem «oferecer-se a si mesmos como vítima viva, santa, agradável a Deus» (cf Rom 12,1), dar em toda parte testemunho de Cristo e, a quem pergunte, dar uma resposta acerca da esperança da vida eterna (cf 1 Pdr 3,15). […] Na Igreja, todos […] participam, não só da missão sacerdotal, mas também da missão profética e real de Cristo Messias.


Esta participação determina, outrossim, a união orgânica da Igreja, como Povo de Deus, com Cristo. Nela se exprime ao mesmo tempo o «grande mistério» da Carta aos Efésios: a Esposa unida ao seu Esposo, unida porque vive a sua vida; unida porque participa na sua tríplice missão […]; unida de maneira a responder com um «dom sincero de si mesma» ao dom inefável do amor do Esposo, Redentor do mundo. Isto diz respeito a toda a Igreja, tanto a mulheres como a homens, e diz respeito obviamente também àqueles que participam do sacerdócio ministerial, que é por natureza um serviço. No âmbito do «grande mistério» de Cristo e da Igreja, todos são chamados a responder – como uma esposa – com o dom da sua vida ao dom inefável do amor de Cristo, o qual, como Redentor do mundo, é o único Esposo da Igreja.
in evangelhoquotidiano.org

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores."

"Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores."
A frase de Jesus hoje no Evangelho traz ao pensamento  a forma como conhecemos e julgamos o Outro. Somos uma sociedade de rótulos e de ideias pré-concebidas. Preferimos ficar pelo nosso cómodo muitas de uma informação pela superfície.
 "Quem é o homem que vem ao nosso encontro, pelo campo?" Uma boa pergunta que nos vem formulada pela primeira leitura do livro do Génesis.
Que conhecemos nós do Outro que é nosso(a) vizinho(a), que é nosso amigo(a), que é namorado(a), esposo(a). Sabemos que existe gente que vive lado a lado por vezes uma vida inteira e pouco se conhecem, isto no caso da vizinhança. Porque no caso de casais, é grave conhecer-se simplesmente a superficialidade da pessoa que se ama, quando o Amor deve ser num todo.
Na verdade, Jesus, não veio para os homens os sãos. Veio para os que frágeis, para os que sofrem, para os que choram, porque serão consolados.
Muitas vezes, como Cristãos, falamos de Cristo a quem já conhece. E quem não conhece a Cristo? Que Cristãos somos se falamos de Cristo a quem já conhece? E porque não falar Dele a quem não conhece. E hoje em dia há muitos de nós, dizendo-se Cristãos que pouco conhecem de Cristo. No entanto, a semente está lá e é preciso regá-la...
A pergunta que se pode colocar é: como falar de Jesus a quem não conhece?
Num tempo em que falamos de Nova Evangelização aqui está o mote para passar do papel para a prática este novo termo.
Deixar que Cristo fale aos pobres, aos marginados da sociedade, aos frágilizados. Ser rosto Dele no meio deste mundo. É um convite aos seguidores da Cruz...

josé miguel

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Basta-nos o testemunho de vida...

"Deus proverá quanto à vítima para o holocausto, meu filho."
A fé é um acto de confiança. Muitas vezes somos colocados à prova tal como Abraão.
Deste modo, o sofrimento e a tribulação não pode ser visto como o desabar do Mundo, mas uma resistência à nossa Verdade interior - a Fé.
É sobretudo nesses momentos que nos assaltam as dúvidas e as inquietudes, mas também é nesse momentos que somos chamados a fazer prova de Fé.
Afinal,  "porque alimentais esses maus pensamentos nos vossos corações?", pergunta-nos Jesus no Evangelho. "Que é mais fácil dizer: 'Os teus pecados te são perdoados’, ou: 'Levanta-te e anda’?" Duas perguntas que Jesus nos deixa...
Muito frequentemente para acreditarmos que Deus está connosco necessitamos de sinais. Necessitamos de provas dessa presença. Como homens e mulheres de fé, não devíamos de necessitar desses mesmos sinais, porque basta-nos a graça da vida que Ele nos concede todos os dias.
Saber reconhecer todos os dias este facto é já uma prova de Fé.
Para testemunhar a Sua presença não necessitamos de gritar, ou de nos protagonizar bem alto que acreditamos. Basta-nos o testemunho de vida...

josé miguel

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sem a Fé perdemos o sentido

"Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito."
É esta hoje a nossa atitude perante o Divino. Precisamos de tocar para acreditar. Mas desde quando é que tudo se restringe à nossa realidade material?
Neste último século, fomos levados ao som desta frase. E o que temos? Vidas e vidas sem sentido. E no entanto, persistimos no toque material das coisas, sem tocar os bens que estão para lá da nossa realidade física.
Não acreditamos em Deus, mas buscamos uma realidade espiritual que muitas vezes pelas circunstâncias poderá ser deturpada por alguma informação e por quem se pode aproveitar destas ocasiões.
Nós não somos daqui, estamos em peregrinação e por isso convém caminharmos em ordem a algo bem mais digno que a pura matéria.
Renegamos Deus, queremos viver uma fé individual "do como nos convém". Mas a fé é na sua essência para ser partilhada porque "já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus." E esta é a nossa base cristã.
Renegamos Deus, mas chamamos por Ele nos momentos de aflição. O que buscamos?
Hoje quem concebe a religião como luta de religiões, ou é fundamentalista, ou não tem consciência da sua religião. A luta hoje é contra este indiferentismo, esta secularização, este laicismo (que de laicismo não tem nada). Por isso importa uma união de todas as religiões no combate a esta falta de espiritualidade, à falta dos valores que nos dão sentido à vida, e que pura e simplesmente alguém nos quer alienar deles.
E por isso Jesus diz a Tomé:  "Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto." Por isso a Fé, o acreditar em ordem aos bens espirituais deve ser uma graça que devemos viver na nossa vida e fazê-la prevalecer na Política, na Economia e na Sociedade.
Sem a Fé perdemos o sentido...

josé miguel

terça-feira, 2 de julho de 2013

Confia, Ele está contigo!

"Porque temeis, homens de pouca fé?"
Esta é a pergunta que Jesus nos coloca no centro das nossas tribulações e das nossas dificuldades.
Porque tememos se Ele está connosco. Vai connosco nesta barca da vida... O nosso problema é que achamos que está a dormir. Erro nosso. Ele bem sonda os corações.
No entanto, quem está a dormir? Jesus, ou nós próprios?
Preocupamo-nos demasiado quando uma coisa nos basta: a sua graça! Saber agradecer o dom da vida todos os dias. Porque o amanhã à Providência pertence, não temos que nos preocupar.
Olhemos o exemplo de Lot que diante da destruição de Sodoma e Gomorra, confia na Palavra de Deus e segue com sua família para outra terra, sabendo que Deus o acompanhará.
Também na nossa vida por vezes somos levados a tomar algumas decisões sem saber o que nos reserva o futuro. E por isso resta-nos a Fé. Acreditar.
A Fé dá sentido à vida, dá sabor, por isso ainda que possamos dizer que não acreditamos em nada, acreditamos sempre em alguma coisa.
Confia, Ele está contigo!

josé miguel

segunda-feira, 1 de julho de 2013

"As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça."

"Em atenção a esses dez justos, não a destruirei." Deus é perdão e espera que nós sempre possamos pedir perdão. O problema é que nos cansámos de pedir perdão, nas palavras do Papa Francisco. Pedir perdão é um acto de humildade, deixar cair a nossa soberba e o nosso orgulho. Sabemos que existem acontecimentos à luz humana que são imperdoáveis. Mas eis que que Deus que é o perdão elevado ao Infinito perdoa. Em muito a nossa cultura está ainda impregnada da Lei de Talião - "olho por olho, dente por dente". Ultrapassar esta lei é para nós um desafio cada vez mais actual e que cada vez se justifica. Amar os nossos inimigos, porque amar os nossos amigos nada é de extraordinário.
E por isso, seguir Jesus Cristo, torna-se difícil, porque é um longo caminho que temos de fazer de deixar cair em nós muito do nosso pecado."As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça." E a realidade é esta quando se opta radicalmente por Jesus Cristo. No entanto, alegremo-nos porque a nossa recompensa é bem mais poderosa que as superficialidades e futilidades deste mundo. Por isso é incompreensível a falta do perdão no coração dos cristãos.
Seguir Jesus é uma radicalidade de vida se não notemos: "Um dos discípulos disse-lhe: "Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai. Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos." Na verdade Jesus não é insensível à dor da morte. O que estas palavras nos querem dizer é que segui-lO exige um compromisso de vida, de desprendimento e voltarmo-nos para o essencial. E em muitas das vezes isso implica amar e perdoar.

josé miguel