segunda-feira, 1 de julho de 2013

"As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça."

"Em atenção a esses dez justos, não a destruirei." Deus é perdão e espera que nós sempre possamos pedir perdão. O problema é que nos cansámos de pedir perdão, nas palavras do Papa Francisco. Pedir perdão é um acto de humildade, deixar cair a nossa soberba e o nosso orgulho. Sabemos que existem acontecimentos à luz humana que são imperdoáveis. Mas eis que que Deus que é o perdão elevado ao Infinito perdoa. Em muito a nossa cultura está ainda impregnada da Lei de Talião - "olho por olho, dente por dente". Ultrapassar esta lei é para nós um desafio cada vez mais actual e que cada vez se justifica. Amar os nossos inimigos, porque amar os nossos amigos nada é de extraordinário.
E por isso, seguir Jesus Cristo, torna-se difícil, porque é um longo caminho que temos de fazer de deixar cair em nós muito do nosso pecado."As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça." E a realidade é esta quando se opta radicalmente por Jesus Cristo. No entanto, alegremo-nos porque a nossa recompensa é bem mais poderosa que as superficialidades e futilidades deste mundo. Por isso é incompreensível a falta do perdão no coração dos cristãos.
Seguir Jesus é uma radicalidade de vida se não notemos: "Um dos discípulos disse-lhe: "Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai. Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos." Na verdade Jesus não é insensível à dor da morte. O que estas palavras nos querem dizer é que segui-lO exige um compromisso de vida, de desprendimento e voltarmo-nos para o essencial. E em muitas das vezes isso implica amar e perdoar.

josé miguel