terça-feira, 16 de julho de 2013

Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida!

in palavrasquesaram.blog.terra.com.br
A primeira leitura traz-nos uma mensagem de confiança e esperança em Deus, mesmo nos momentos de maior provação e sofrimento. Os Hebreus, já reduzidos a dura servidão no Egipto, vêem-se em perigo de extinção com o decreto da morte dos meninos. Tudo parece perdido! Um menino, que certa mãe já não pode esconder, é entregue às águas do Nilo, e parece destinado a morrer. Mas sobrevive, pois é descoberto pela filha do faraó, que o leva para a corte e o educa cuidadosamente. Ao crescer, Moisés torna-se defensor dos seus irmãos oprimidos. Parece raiar a esperança, Mas o jovem tem de fugir e refugiar-se em Madian. O Senhor parece ter abandonado o seu povo. Mas a verdade era outra: o nascimento de Moisés foi o começo da libertação. De momento, ninguém sabe nada sobre esse menino salvador. Mas, mais tarde, ele irá revelar-se o chefe e guia preparado por Deus para conduzir o seu povo à liberdade.
Deus pede-nos que, em todas as circunstâncias, tenhamos fé e confiança firmes n´Ele, sempre presente e actuante no meio de nós. No momento oportuno, Deus sabe encontrar solução para as nossas dificuldades, uma solução positiva, porque preparada pelo seu amor. A cruz de Jesus foi o começo de uma vida nova. Em Cristo, tornámo-nos novas criaturas, filhos de Deus, no Filho muito amado. Uma imprevisível surpresa, que jamais ousaríamos esperar, na triste situação em que nos encontrávamos, mas que Deus preparou para nós.
Mas Deus também vem ao nosso encontro quando tudo nos corre bem. É o que revela o evangelho. Jesus dirige-se às cidades «onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres», onde, portanto, tinha resolvido muitos problemas e dificuldades, onde tinha levado imensa alegria com os sinais realizados. Mas essas cidades não se tinham convertido (v. 20). Quando tudo corre bem, com paz, com serenidade, sem contrariedades, havemos de perguntar-nos se estamos a fazer a nossa parte, se estamos a corresponder aos dons de Deus, se os aproveitamos para servir a sua glória, e para vantagem dos nossos irmãos. Fomos perdoados dos nossos pecados? Também nós havemos de perdoar! Fomos salvos por Cristo? Também devemos empenhar-nos na salvação dos nossos irmãos! A dignidade cristã, que provém da nossa inserção em Cristo Jesus, deve levar-nos a ser para os outros aquilo que Cristo foi para nós.
in dehonianos.org