quarta-feira, 20 de julho de 2011

Tempos interessantes

Vivemos tempos de incerteza na nossa sociedade. É uma constante nestes tempos, e nestes últimos anos.

Mas neste momento tudo parece agudizar-se mais e mais.

A Europa não se entende internamente, Portugal vive um tempo de suspensão face ao novo Governo e às medidas por este já tomadas.

São tempos interessantes estes que neste momento estamos a viver, a ver e a ouvir.

O descalabro financeiro de 2008 reproduz agora os seus efeitos. E tudo permanece inerte...

De facto o mundo nunca mais foi o mesmo desde 2001 com o atentado terrorista às Torres do WTC. Nem poderia ficar igual.

O séc. XX teve o Comunismo, o Socialismo, o Nazismo e o Fascismo, filhos de uma mesma senhora, que dizimaram homens e mulheres inocentes, passando impunes ao longo do tempo.

Destes quatro monstros ficou a mãe deles. E aí está ela em todo o seu esplendor que possuirá as nossas mentes durante o séc. XXI. As mães sempre são temidas e amadas...

Um dos principais objectivos desta mãe concretiza-se: a secularização da sociedade, sem que haja uma resposta pronta e eficaz.

Essa resposta deveria vir da Religião que é colocada à margem. E o mundo vive sedento de espiritualidade.

Tempos de incerteza, mas tempos interessantes de serem reproduzidos pela caneta e pelo papel.

Todos se queixavam do Comunismo, Socialismo, Nazismo e Fascismo, permaneceu o Capitalismo e vemos o que aí está agora.

Famílias e famílias no limiar da pobreza, endividadas porque não conseguem pagar as suas dívidas a um banco. Famílias que vivem o flagelo do desemprego como se de uma praga se tratasse. Passamos numa cidade, vila ou aldeia são casas e mais casas à venda...

Rostos tristes, amargurados com o sofrimento que este sistema lhes causou.

As relações humanas sem ética, nem valores são uma constante nas triviais conversas de café e praças. Mas tudo permanece inerte.

A Política descredibilizada.

A Economia manda na governança da Nações.

Diria alguém: "O capital é o sangue das nações." E com toda a razão, quando perspectivamos o mundo actual.

O que nos resta?

Não nos resta nada.

No entanto, resta-nos Deus, mas até esse queremos rejeitar da nossa vida, apesar de ser a Ele a quem buscamos neste mar agitado.

E em boa verdade, o único que faz sentido nas nossas vidas...


josé miguel