sábado, 19 de maio de 2012

Das Cartas de São Fulgêncio de Ruspe, bispo no Norte de África

Em conclusão das nossas orações,dizemos: «Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho» e não «pelo Espírito Santo». Esta prática da Igreja universal
não deixa de ter uma razão. A sua causa é o mistério segundo o qual o homem
Jesus Cristo é o mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5), Sumo Sacerdote
eterno segundo a ordem de Melquisedec, Ele que pelo Seu próprio sangue
entrou no Santo dos santos, não num santuário feito por mão de homem,
figura do verdadeiro, mas no próprio Céu, onde está à direita de Deus e
intercede por nós (Heb 6,20; 9,24).

É a pensar no sacerdócio de Cristo que o apóstolo diz: «Por meio d' Ele
ofereçamos sem cessar a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos
lábios que confessam o Seu nome» (Heb 13,15). É por Ele que oferecemos o
sacrifício de louvor e a oração, porque foi a Sua morte que nos reconciliou
quando éramos inimigos(Rm 5,10). Ele quis sacrificar-Se por nós; é por Ele
que a nossa oferenda pode ser agradável aos olhos de Deus. Eis por que
motivo São Pedro nos adverte nestes termos: «E vós mesmos, como pedras
vivas, entrai na construção de um edifício espiritual por meio de um
sacerdócio santo,cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais que serão
agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1Pe 2,5). É por esta razão que
dizemos a Deus Pai:«Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho».

in evangelhoquotidiano.org