quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dos Comentários do Bem-aventurado Charles de Foucauld, eremita e missionário no Saara

Maria, minha mãe, hoje é, ao mesmo tempo, uma festa vossa e uma das festas
de Jesus: tal como a Purificação, que é sobretudo a Apresentação de Jesus,
também a Visitação é uma das vossas festas tão doces mas é, acima de tudo,
uma festa de Nosso Senhor, pois é Ele que age em vós e através de vós. A
Visitação é «o amor de Cristo [que] nos urge» (2Co 5,14), é Jesus que, mal
entrou em vós, teve sede de fazer outros santos e outras pessoas felizes.
Pela Anunciação, Ele manifestou-Se e deu-Se a vós, santificou-vos
maravilhosamente. Mas isso não Lhe bastou: no Seu amor pelos homens, quis
de imediato manifestar-Se e dar-Se, através de vós, aos outros homens, quis
santificar outros homens, e fez com que o transportásseis a casa de São
João Baptista. [...]


O que a Virgem santa vai fazer na Visitação não é uma visita à sua prima
para se consolarem e se edificarem mutuamente pela narrativa das maravilhas
que Deus fez nelas; menos ainda é uma visita de caridade material para a
ajudar nos últimos meses da gravidez e no parto. É muito mais do que isso:
ela vai santificar São João, anunciar-lhe a Boa Nova [...], não através de
palavras suas, mas levando-lhe o silêncio de Jesus. [...]


Assim fazem as religiosas e os religiosos votados à contemplação nos países
de missão. [...] Ó minha Mãe, fazei com que sejamos fiéis à nossa missão, à
nossa missão tão bela. Que levemos fielmente até junto dessas pobres almas,
mergulhadas «na sombra da morte» (Lc 1,79), o divino Jesus.

in evangelhoquotidiano.org