quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Das Dissertações de Santo Agostinho, bispo

Nos «salmos de subida», o salmista aspira a Jerusalém e diz que quer subir. Subir para onde? Desejará ele alcançar o sol, a lua, as estrelas? Não. É no céu que se encontra a Jerusalém eterna, é lá que vivem os anjos, nossos concidadãos (Heb 12,22). Nesta terra estamos exilados, longe deles. Ainda a caminho, no exílio, suspiramos; na cidade estremeceremos de alegria.


Durante a viagem encontramos companheiros que já viram essa cidade e que nos encorajam a correr para ela. Eles inspiraram ao salmista um grito de alegria: «Que alegria, quando me disseram:  'Vamos para a casa do Senhor!'» (Sl 122,1). [...] Iremos para a casa do Senhor: corramos pois, corramos, pois chegaremos à casa do Senhor. Corramos sem nos cansar; lá não haverá lassidão. Corramos para a casa do Senhor e estremeçamos de alegria com aqueles que nos chamaram e que primeiro contemplaram a nossa pátria. Eles gritam de longe aos que os seguem: «Vamos para a casa do Senhor; caminhai, correi!» Os apóstolos viram a casa e chamam-nos: «Caminhai, correi, segui-nos! Vamos para a casa do Senhor!»


E o que responde cada um de nós? «Que alegria, quando me disseram:  'Vamos para a casa do Senhor!'» Regozijei-me com os profetas, regozijei-me com os apóstolos, pois todos eles nos disseram: «Vamos para a casa do Senhor.»

in evangelhoquotidiano.org