segunda-feira, 4 de março de 2013

De São João Crisóstomo, bispo

A viúva de Sarepta recebe o profeta Elias com toda a generosidade e esgota toda a sua pobreza em sua honra, embora seja uma estrangeira de Sídon. Ela nunca tinha ouvido o que os profetas dizem acerca do mérito da esmola, e muito menos ainda a palavra de Cristo: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25,35).


Qual será a nossa desculpa se, depois de tais exortações, depois da promessa de tão grandes recompensas, depois da promessa do Reino dos Céus e da sua felicidade, não chegarmos ao mesmo grau de bondade que esta viúva? Uma mulher de Sídon, uma viúva, tendo a seu cargo o cuidado de uma família, ameaçada pela fome e vendo chegar a morte, abre a sua porta para acolher um estranho e dá-lhe a pouca farinha que lhe resta. [...] Mas nós, que fomos instruídos pelos profetas, que ouvimos os ensinamentos de Cristo, que tivemos a possibilidade de reflectir sobre as coisas futuras, que não estamos ameaçados pela fome, que temos muito mais do que esta mulher, seremos desculpados se não ousarmos tocar nos nossos bens para os dar? Negligenciaremos a nossa própria salvação? [...]


Manifestemos portanto para com os pobres uma grande compaixão, a fim de sermos dignos de possuir para sempre as coisas que hão-de vir, pela graça e pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo para com a humanidade.

in evangelhoquotidiano.org