No Domingo XIX do Tempo Comum

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Jesus declara feliz o administrador fiel e prudente a que o seu senhor, quando regresse o encontre cumprindo com a sua responsabilidade. Estará ao mesmo nível do seu senhor e lhe confiará os seus bens. Mas se actua com irresponsabilidade o senhor lhe cortará com ele e lhe assinará a sorte dos infiéis.

O coração humano agarra-se ao seu tesouro. Daí a importância de saber escolher esse tesouro. Muitas vezes o homem não sabe de onde pôr o seu coração e o importante parece ser disfrutar de cada fragmento do seu tempo buscando o mais satisfatório en cada circunstância fugaz, para cair de novo na insatisfação. O homem necessita de pôr o seu coração num tesouro que é inesgotável e que não pode ser arrebatado: o Reino de Deus.

Há que estar sempre vigilantes, preparados e viver com responsabilidade. Não podemos viver numa alegre inconsciência deixando para depois o que é importante e definitivo no presente. A cada um Deus deu pouco ou muito, qualidades e dons aos quais temos que responder. E neste assunto ninguém pode ocupar o nosso lugar. Os projectos, metas e ideais vão-se empobrecendo e perdemos o entusiasmo e a alegria. Há que reavivar a alegria da nossa fé em Deus de modo que seja luz que estimule a nossa vida, que nos anime e que seja motivo de esperança.

Onde encontrar um estímulo capaz de livrar o homem da superficialidade e do vazio interior? No Senhor Jesus, pois só "Ele tem palavras de vida eterna". E como diz Santo Agostinho: "Inquieto estará o meu coração até que não descanse em ti, Senhor".
in "El Domingo", San Pablo, 11/08/2013, Trad. Port. José Miguel M. Serrão