domingo, 18 de agosto de 2013

No Domingo XX do Tempo Comum

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O Reino de Deus não se constrói sem oposição. Oposição que tem que ver com as estruturas de opressão e injustiça, com a pobreza e a riqueza, com a paz e a guerra, com a fome e a abundância, a vida e a morte. Por isso, anunciá-lo e construi-lo provoca conflito e divisão.

A mensagem de Jesus é como uma espada cortante que se introduz até no mais sagrado: a família, onde um estarão a favor e outros contra à sua mensagem. Ele é o mensageiro de uma paz profunda e definitiva que implica justiça e respeito pelos direitos dos indefesos, e isto cria oposição entre quem beneficia de uma ordem social injusta. O egoísmo recusa a fraternidade e a condição de filhos de Deus. A mensagem de Jesus é de paz, uma paz pela qual Ele sofrerá o baptismo de fogo e será submergido na dor e na morte.

A sua palavra estava a favor da justiça, da responsabilidade, da solidariedade e ia contra os orgulhosos, os corruptos, os violentos, os que abusam do poder. Isto colocava muitos em tensão e suscitava ao mesmo tempo simpatia e oposição. Por isso é comovente ver Jesus expressando sentimentos que o paralisam diante da difícil missão recebida. Vemos um Jesus combativo e angustiado diante do que o esperava.

Há quem prefere ignorar de onde vêm os males, porque isso questiona os seus privilégios. Jesus sabe que o seu anúncio do Reino revela uma realidade nas quais as divisões estão presentes.

Busca eliminá-las defendendo a sua causa: a falta de amor concreto e comprometido. Dá a sua vida lutando contra o mal, por amor, convidando a todos a uma mudança radical.
in "El Domingo", San Pablo, Bogotá 2013, Trad. Port. Ambasciatore Romano