sábado, 27 de setembro de 2014

Vaidades das vaidades, tudo é vaidade

E enquanto a amendoeira floresce, o gafanhoto se torna pesado e a alcaparra deixa cair os seus frutos, o homem encaminha-se para a sua morada eterna e os carpidores percorrem as ruas. Lembra-te do teu Criador, antes que se rompa o fio de prata e se quebre a lâmpada de ouro, que a bilha se parta junto à fonte e a roldana rebente no poço, que o pó regresse à terra de onde veio e o espírito volte para Deus que o criou. Vaidades das vaidades - diz Coelet - tudo é vaidade.

Do Livro de Coelet
FOTO: corpodepoema.blogspot.com