sexta-feira, 8 de abril de 2016

Uma grande multidão vinha ao seu encontro

Jesus pergunta-nos hoje: “Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?” E qual a nossa resposta? Somos nós que temos de dar comer a um mundo sedento de fome e de sede de espírito. O cristão é aquele soldado que não tem pátria, mas é lhe confiada uma missão de ir e ser trigo para que muitos possam ser alimentados, esteja onde estiver. Quando vemos cristãos que não estão preparados para esta missão e de braços caídos, bem que Jesus pode perguntar onde é que vai arranjar pão para dar de comer a toda esta gente que vagueia sem um sentido na sua vida, que vagueia num mundo de trevas, de silêncios ruidosos, de gemidos de dor. Onde é que andam esses Cruzados militantes de Jesus Cristo. Onde é que estão os cristãos militantes, prontos para o bom combate da fé? Porventura estamos a tremer de medo perante a asfixia do anticlericalismo, do ateísmo, do relativismo, do capitalismo, do consumismo, do comunismo, do fascismo, do comunitarismo, do panteísmo, do hedonísmo...? Sinceramente e muito francamente se na verdade o bispo vestido de branco que caminhava numa cidade meio em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava no caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns atrás outros os Bispos, os Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois anjos cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com eles regavam as almas que se aproximam de Deus. Se isto é assim, estamos perante uma profecia revelada no terceiro segredo de Fátima, mas que ainda não foi cumprida. São João Paulo II teve a sua interpretação depois do atentado em 1981, mas sinceramente acho que estamos ainda diante de uma profecia já revelada, não compreendida e ainda por realizar, afinal ainda vivemos a Primavera do Cristianismo, caríssimos e caríssimas...

jjmiguel