segunda-feira, 11 de julho de 2016

Segunda-feira da XV Semana do Tempo Comum

“Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros”. A Igreja recorda hoje São Bento. Muito mais que o “São Bentinho” como nos diz a devoção estamos a falar do padroeiro da Europa. Falamos de São Bento de Núrsia que foi através dele que hoje temos a Europa neste configuração que hoje todos conhecemos. Foi à sombra de muitos mosteiros que a Europa foi toda ela refundada depois de ter sido abarrotada pelas invasões dos povos do Norte e do Leste. Hoje a Europa esqueceu tudo esta história. Pergunto aos senhores que quiseram e continuam a renegar a identidade cristã europeia o que seria se muitos mosteiros não tivessem guardado e dado muito da cultura que deram o que seria hoje a Europa? Não podemos esquecer as nossas origens, a nossa memória. Uma vergonha aquilo que hoje se passa acerca do ensino da História, em especial nos primeiros anos escolares e depois mais tarde. Conhecer a História é ter a memória presente. Bem sei que são alguns esforços feitos por parte de alguns agentes do ensino para a História não seja apagada. Queremos viver sem memória, queremos viver sem passado, porque talvez o passado nos faça sofrer. Mas normalmente viver agarrado a esse passado também faz mal. Somos convidados a viver e a aprender com o passado e não a viver um passado que já não existe. Somos chamados a viver no nosso presente com a aprendizagem do passado e através dessa aprendizagem no presente, a proteger um futuro, para que possamos ser melhores. Numa altura em que estamos a viver numa Europa que está completamente a ruir, depois do abalo do “Brexit” e demais problemas que assolam a Europa será tempo de soluções. O que está morto, está morto, é tempo de dar solução ao que está vivo e seguir em frente e não ficar aprisionado a grilhões que nos prendem. A Europa precisa urgentemente de reflectir sobre quem foi (com o bom e o mau), quem é e o que poderá vir a ser. Não precisamos de profetas da desgraça, mas profetas da graça e da vida... Assim o foi São Bento de Núrsia que numa Europa totalmente em ruínas, fê-la erguer e a obra nasceu, até hoje...



jjmiguel