quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Quarta-feira da XVIII Semana do Tempo Comum

“Faça-se como desejas”. Jesus parece estar relutante em atender esta mulher cananeia. Mas ela insistiu, persistiu e não desistiu, e Jesus acabou por atendê-la ao seu pedido. Este trecho evangélico faz-me pensar na nossa falta de oração, ou até na inexistência da nossa fé ao rezarmos. Não podemos continuar a rezar conjuntos de orações devocionais e tradicionais para nos dirigirmos a Deus. A nossa oração tem de ir muito mais além disso. A nossa oração tem de constituir um diálogo, uma relação viva entre nós e Deus. Fazer que Deus também possa participar na nossa vida. Se nos acontece alguma coisa, ou se estamos a passar uma fase menos boa na nossa vida, já parámos para perguntar a Deus o que Ele acha acerca desse assunto? Muito provavelmente, até Lhe perguntamos, o problema é que a resposta muitas vezes não é aquela que queremos ouvir. Mas Deus não é feito à nossa medida, nem feito para escutarmos o que queremos ouvir. Deus é verdade e a verdade de Deus pode não ser a verdade que nós desejamos muitas vezes. Abrir o coração a essa verdade é um exercicio que convirá ao nosso espírito. Possamos abrir o coração a Deus e à Sua verdade, não deixemos que o nosso coração se torne gelo perante o sofrimento e a dor, mas que se torne fogo vivo do Amor de Deus.


jjmiguel